Com cortes nas recompensas e aumento dos custos, mineradoras continuam em operação e revelam novas estratégias para manter o negócio lucrativo.
A mineração de Bitcoin está passando por uma fase desafiadora em 2025.
Desde abril, após o quarto halving da história da criptomoeda, a recompensa por bloco caiu pela metade. Mineradoras que antes recebiam cerca de US$ 406 mil por bloco agora recebem apenas US$ 203 mil, conforme dados da Glassnode.
Apesar dessa redução expressiva, algumas empresas continuam lucrando com a atividade, adotando táticas que reforçam a eficiência e reduzem custos.
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O impacto do halving de abril de 2025
O evento conhecido como halving aconteceu no dia 20 de abril de 2025.
Com isso, a remuneração por bloco minerado caiu de 6,25 para 3,125 Bitcoins. Esse é um processo que ocorre a cada 210 mil blocos e que, embora previsível, representa sempre um divisor de águas para o setor.
Conforme especialistas alertam, os custos de mineração não caíram na mesma proporção, tornando a atividade menos rentável para empresas com menor estrutura tecnológica.
Apesar disso, companhias com acesso a energia mais barata e com equipamentos modernos seguem competitivas.
Empresas que mantêm lucros com estratégias de adaptação
Ainda que o cenário tenha mudado, algumas mineradoras seguem se destacando por sua capacidade de adaptação.
- A Marathon Digital Holdings, por exemplo, investiu em sistemas que permitem desligar temporariamente suas operações quando o custo excede a receita.
- A CleanSpark, por outro lado, apostou em infraestruturas híbridas, utilizando energia solar para reduzir despesas operacionais.
Essas abordagens mostram como o setor está migrando para modelos mais sustentáveis e dinâmicos, com foco em eficiência energética e controle de perdas.
Uso de energia renovável se torna vantagem competitiva
Com o aumento global dos preços da energia, mineradoras buscam novas alternativas.
Muitas delas estão migrando para fontes renováveis, como solar e eólica, sobretudo em regiões com incentivos fiscais e climáticos favoráveis.
Essa tendência ganhou força principalmente após o relatório divulgado pela Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index, que destacou, em maio de 2025, que mais de 52% da mineração global já utiliza fontes limpas.
Além disso, o uso de energia renovável tem sido apontado como uma forma de atrair investidores preocupados com a pegada ambiental da atividade.
Bitcoin valoriza mesmo com dificuldades do setor
Mesmo com os desafios enfrentados pelos mineradores, o Bitcoin continua valorizado.
No início de maio de 2025, a criptomoeda atingiu a marca de US$ 109.481,83, seu maior valor histórico até agora. Esse aumento inesperado se deve, segundo analistas, à redução da oferta após o halving e à retomada de confiança em ativos descentralizados.
A valorização ajuda a compensar a queda nas recompensas, o que representa um fôlego para quem consegue manter baixos custos de operação.
Riscos e desigualdade entre mineradoras
Apesar do cenário positivo para algumas empresas, muitas mineradoras menores estão sendo pressionadas a sair do mercado.
A ausência de acesso a equipamentos eficientes, somada ao aumento nos custos com energia, coloca pequenas operações em risco de falência.
Essa consolidação pode ampliar a concentração do poder de mineração nas mãos de poucos players, o que representa uma preocupação para a descentralização do ecossistema do Bitcoin.
Conforme alertado por analistas da Hashrate Index, em maio de 2025, essa concentração poderá afetar diretamente a segurança da rede no médio prazo.
Qual o futuro da mineração de Bitcoin?
O que se vê, portanto, é uma mudança no perfil da mineração.
Empresas resilientes, com infraestrutura tecnológica sólida e acesso à energia limpa, são as que conseguem se manter lucrativas mesmo em um cenário adverso.
Com o próximo halving previsto para 2028, o setor precisará acelerar sua transição para modelos mais inteligentes, a fim de garantir a continuidade da atividade.
A mineração continuará sendo viável, mas apenas para quem conseguir se adaptar com rapidez e estratégia.
O setor de mineração de Bitcoin se encontra em uma encruzilhada. A queda nas recompensas força as empresas a inovar ou sair do mercado. Ao mesmo tempo, o valor da criptomoeda continua atraente. Assim, o que está em jogo é a capacidade de adaptação de cada mineradora para se manter relevante.
E você, acredita que a mineração vai se tornar exclusiva das grandes corporações ou ainda haverá espaço para operações independentes?