País entra na corrida global por minerais críticos e mira potencial geológico na Paraíba, Bahia e Rio Grande do Sul
O Brasil deu um passo importante no cenário mineral em outubro de 2025, com o início de novos projetos voltados a minerais críticos. Assim, o país passa a integrar a corrida global por titânio, rutilo, zircão e terras raras, que são elementos essenciais para tecnologias avançadas e cadeias industriais sustentáveis.
Esses projetos estão concentrados na Paraíba, Bahia e Rio Grande do Sul, regiões que possuem grande potencial geológico e infraestrutura favorável à mineração responsável. Além disso, o avanço reforça a posição estratégica do Brasil como fornecedor de insumos valiosos para a transição energética global.
Projetos estratégicos reforçam o potencial mineral brasileiro
Os novos empreendimentos seguem em fase inicial, sem exploração direta, mas com foco em estudos geológicos e técnicos. Dessa forma, as empresas envolvidas buscam avaliar o potencial mineral antes de iniciar a extração.
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Na Bahia, o projeto Alcobaça ocupa 55 km² e mira depósitos de titânio e terras raras. Esse tipo de ocorrência geológica é semelhante à área onde foi feito um investimento de US$ 27,5 milhões em 2024. Assim, o estado volta ao mapa da mineração global.
Por outro lado, na Paraíba, o foco é o rutilo em rocha dura, mineral rico em dióxido de titânio, usado em ligas metálicas, pigmentos industriais e materiais refratários. Portanto, o projeto tem alto potencial de valor agregado e aplicações industriais diversificadas.
Pureza e tecnologia impulsionam o mercado mineral
Os testes laboratoriais realizados em 2025 apontaram amostras com até 94% de pureza, o que indica alta qualidade mineral e viabilidade econômica significativa. Assim, o Brasil pode se consolidar como referência em minerais premium, com destaque no mercado global de titânio e terras raras.
A área paraibana está localizada na província geológica de Borborema, que já abriga operações da Tronox, uma das líderes mundiais na produção de dióxido de titânio. Por isso, a proximidade com infraestrutura existente reduz custos e acelera o processo de desenvolvimento.
Além disso, técnicos do setor afirmam que a combinação entre pureza elevada e logística favorável cria uma vantagem competitiva para o Brasil na disputa mundial por minerais estratégicos.
Sul do Brasil entra na rota dos minerais pesados
No Rio Grande do Sul, o novo projeto cobre 234 km² e apresenta características semelhantes às do South Atlantic Project, que já opera na região. Desse modo, o modelo exploratório segue um padrão técnico comprovado, voltado à extração de ilmenita, rutilo e zircão.
As primeiras etapas incluem revisão de dados históricos, pesquisas com radar de penetração no solo e perfurações rasas. Assim, a equipe poderá identificar áreas promissoras e estimar os primeiros recursos minerais medidos.
Por consequência, o Sul reforça seu papel como nova fronteira da mineração brasileira, com baixo impacto ambiental e foco em sustentabilidade.
Perspectivas e avanços sustentáveis
Os três projetos demonstram que o Brasil avança na exploração responsável de minerais críticos e, ao mesmo tempo, atrai novos investidores internacionais. Além disso, o país fortalece sua imagem de fornecedor confiável em um mercado global cada vez mais competitivo.
O foco das operações está em baixo custo, transparência e segurança ambiental. Dessa forma, cada etapa será conduzida com rigor técnico, assegurando viabilidade econômica e responsabilidade social.
De acordo com dados oficiais de outubro de 2025, as iniciativas seguem protocolos internacionais de sustentabilidade e priorizam parcerias locais e geração de empregos. Assim, o país se consolida como um dos principais polos de minerais críticos do hemisfério Sul.
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O que você acha: o Brasil deve acelerar a exploração de minerais críticos para competir com os grandes mercados ou manter um ritmo sustentável para proteger seus recursos naturais?