Crescimento do Bitcoin transformou investimento modesto em fortuna milionária, mesmo após dedução de taxas e impostos
O mercado de criptomoedas foi sacudido em julho de 2025 por mais um recorde histórico do Bitcoin, que ultrapassou US$ 123.091,61 na cotação global, conforme apuração do Coin Market Cap no dia 14 de julho.
O desempenho, que veio durante a chamada Crypto Week, chamou atenção de investidores em todo o mundo, especialmente no Brasil.
Esse novo patamar foi atingido em meio ao aumento da aversão ao risco, provocado por decisões políticas recentes.
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Apesar desse cenário, o otimismo persistiu entre analistas e investidores.
Tudo se manteve sustentado pela expectativa de mudanças regulatórias nos Estados Unidos.
Regulamentação e otimismo embalam o Bitcoin
De acordo com fontes do setor financeiro internacional, em julho de 2025, o Congresso dos Estados Unidos analisou três propostas centrais para o universo cripto.
A primeira é a lei GENIUS, focada em stablecoins.
A segunda é a lei Clarity, sobre competências regulatórias.
Por fim, a lei Anti-CBDC Surveillance, que limita a implementação do dólar digital oficial.
Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil, avaliou que o Bitcoin poderia se manter em patamar elevado.
Ele acredita em forte impulso de alta entre US$ 120 mil e US$ 130 mil.
Já Andre Franco, CEO da Boost Research, destacou que os desdobramentos da Crypto Week deveriam ditar o tom dos negócios.
Segundo ele, esse fator influencia possíveis novos anúncios de tarifas.
Ou seja, mesmo diante de incertezas globais, o mercado seguiu focado nos desdobramentos regulatórios.
Os reflexos imediatos sobre os preços das criptomoedas, sobretudo do Bitcoin, continuaram sendo acompanhados de perto.
Como R$ 10 mil investidos em Bitcoin em 2015 se transformaram em milhões
A valorização do Bitcoin ao longo da última década despertou curiosidade de investidores e especialistas.
Segundo cálculo solicitado pela equipe do InfoMoney à Vault Capital, consultoria com foco em criptoativos, uma aplicação de R$ 10 mil em Bitcoin feita em 14 de julho de 2015 teria se convertido em uma verdadeira fortuna dez anos depois.
Na data do aporte, o Bitcoin era cotado a R$ 900,68 no mercado brasileiro.
Esse mercado ainda era pouco explorado por grandes investidores.
Em 14 de julho de 2025, a cotação chegava a impressionantes R$ 701.827,20.
O avanço acumulado no período foi de 77.917%.
O investimento inicial seria suficiente para adquirir aproximadamente 11,1 Bitcoins.
Ou seja, ao final de uma década, essa posição chegaria ao valor de R$ 7,78 milhões.
Descontos, taxas e impostos: como o investidor chegaria ao valor líquido
Apesar do número impressionante, o valor disponível para saque não corresponderia ao montante bruto.
Igor Carneiro, CEO da Vault Capital, detalhou que a simulação considera todos os custos operacionais comuns em operações internacionais.
Ela também considera a tributação obrigatória.
Primeiramente, a movimentação da quantia exige transação via exchange estrangeira.
Essas instituições costumam cobrar 0,10% de taxa sobre o valor negociado.
Em seguida, a remessa para uma conta bancária nacional exige declaração ao Imposto de Renda, como prevê a legislação brasileira.
A alíquota sobre ganhos de capital nesse caso, segundo Carneiro, chega a 17,5%.
Assim, considerando a tributação, a obrigatoriedade da emissão da DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) implicaria em um desconto de R$ 1,36 milhão no valor final.
Portanto, o montante líquido resultante da operação, já descontados todos os encargos, seria de R$ 6.417.667,51.
Isso representa uma multiplicação de 641 vezes sobre o valor inicial.
Estratégia de liquidação evita grandes oscilações e protege o patrimônio
Outro ponto destacado por especialistas, como Igor Carneiro, é a necessidade de cautela na liquidação de valores elevados em Bitcoin.
Para evitar oscilações bruscas no mercado, recomenda-se que a venda dos ativos seja feita em etapas.
O ideal é usar ordens pequenas e bem distribuídas ao longo do tempo.
O saque integral poderia acionar sistemas de monitoramento de exchanges, conhecidos como bots de rastreamento.
Esses sistemas alertariam para o volume atípico.
Esse alerta poderia causar queda momentânea no preço do Bitcoin.
Portanto, a recomendação é agir de maneira estratégica.
Assim, é possível garantir a máxima rentabilidade sem perturbar o equilíbrio do mercado.
Principais aprendizados e impactos para o investidor brasileiro
Investir R$ 10 mil em Bitcoin há dez anos teria se traduzido, em julho de 2025, em R$ 6,41 milhões líquidos.
A valorização recorde reforça o protagonismo do Bitcoin entre as criptomoedas.
O cenário ressalta a importância do planejamento tributário e operacional.
A situação reforça a necessidade de acompanhar de perto a regulamentação e as tendências globais.
Essas tendências podem alterar rapidamente o valor dos criptoativos.
A cautela na venda dos ativos pode garantir maior segurança.
Dessa forma, evita-se problemas com a volatilidade.
A simulação, apurada junto a Vault Capital (CEO Igor Carneiro), Bitget Brasil (country manager Guilherme Prado), Boost Research (CEO Andre Franco), Coin Market Cap e InfoMoney, mostra que o Bitcoin segue surpreendendo e recompensando quem acreditou no potencial da tecnologia.
Todos os dados apresentados são de julho de 2025.
As informações foram apuradas junto às fontes nominais do setor.
E você, teria coragem de investir em um ativo tão volátil e incerto?
Acompanhe as próximas movimentações do Bitcoin e compartilhe sua opinião sobre o futuro das criptomoedas!