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Milhões em prejuízo no agronegócio dos EUA: caça legal a javalis, coiotes, perus selvagens e cervos movimenta fazendas, regula ecossistemas e protege plantações

Escrito por Jefferson Augusto
Publicado em 28/06/2025 às 09:07
Javali sob a mira de um caçador em fazenda americana durante ação de caça legal no agronegócio
Visão realista de um javali em movimento sob a mira, em cenário de fazenda nos Estados Unidos durante ação de caça legal.
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Nos Estados Unidos, a caça legal de animais selvagens como javalis, coiotes, perus e cervos se tornou uma ferramenta fundamental para o agronegócio e a gestão ambiental, diante do crescimento populacional descontrolado dessas espécies e dos impactos econômicos severos nas fazendas e plantações do país.

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O impacto de predadores e pragas na produção rural

Atualmente, estima-se que javalis selvagens causem até 2,5 bilhões de dólares em prejuízos anuais, invadindo lavouras, destruindo cultivos e ameaçando animais domésticos em fazendas. Com uma população de 6 milhões espalhada por 35 estados, esses animais usam o focinho como um arado, deixando campos devastados por onde passam.

Além da destruição agrícola, javalis representam risco à saúde pública e ao setor de suinocultura, pois carregam mais de 30 agentes infecciosos. Para combatê-los, o governo investe mais de 100 milhões de dólares ao ano em programas de controle, permitindo o uso de armadilhas automatizadas, caça com cães e até tours de helicóptero para abate aéreo.

Coiotes também preocupam produtores rurais. Com cerca de 4,7 milhões de indivíduos nos EUA, eles estão presentes em quase todos os estados e atacam rebanhos, especialmente em fazendas com criação de ovelhas, galinhas e gado jovem. Como predadores oportunistas, são caçados com rifles, armadilhas de solo e iscas, em campanhas de manejo populacional rural.

Nos Estados Unidos, a caça desses animais é regulamentada por estado, com exigência de licenças e restrições de temporada. O objetivo é manter o equilíbrio ecológico sem causar extinção, respeitando a legislação ambiental e preservando a produtividade das propriedades rurais.

Os perus selvagens, com população estimada em 7 milhões, também estão na mira dos caçadores. Embora não sejam predadores, causam transtornos urbanos e rurais, atacando plantações, poluindo quintais e até colidindo com veículos. Sua caça é permitida nas estações de outono e primavera, utilizando armadilhas sonoras e técnicas de emboscada.

Outro foco de manejo são os cervos-de-cauda-branca, espécie abundante em florestas e regiões agrícolas. Com 36 milhões de exemplares, sua densidade populacional pode prejudicar o crescimento da vegetação nativa e o rendimento de culturas como milho, soja e feijão, além de facilitar a propagação de doenças.

Tecnologia e táticas modernas em caçadas rurais

As fazendas americanas que convivem com essas ameaças adotam medidas tecnológicas avançadas além da caça legal. Armadilhas eletrônicas com sensores remotos, drones de reconhecimento, câmeras de visão noturna e munição específica para caça de grandes animais são parte do arsenal disponível a fazendeiros e caçadores licenciados.

No caso dos javalis, a prática do “cerco eletrônico” permite capturar até 50 animais de uma só vez. As armadilhas são instaladas próximas a mananciais, plantações e áreas sombreadas, locais preferidos por esses animais noturnos. A carne de javalis capturados é vendida a frigoríficos ou processada nas próprias fazendas.

Cães especializados, como catch dogs e bay dogs, também são usados em perseguições a pé. Os primeiros imobilizam o animal, enquanto os segundos alertam sobre sua localização. É uma técnica antiga, mas ainda muito utilizada em regiões do sul dos EUA.

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DAVI ARAUJO MOREIRA
DAVI ARAUJO MOREIRA
29/06/2025 08:40

Eles estão combatendo um exército de animais!!😂,cara se tiver uma guerra os Estados Unidos passsr por uma doença etc,não vão ter como derrotar esses animais,aqui no Brasil com nosso governo fraco estamos perdendo para 1 milhão de javali,os Estados Unidos não da conta imagina o Brasil.

Jefferson Figueiredo
Jefferson Figueiredo
Em resposta a  DAVI ARAUJO MOREIRA
29/06/2025 09:46

No Brasil é tudo bagunça, o exercito só serve pra pintar meio fio e fazer asfalto. Em alguns lugares no país já temos porcos selvagens que estão dando prejuízos para alguns agricultores. A única solução foi fazer valas grandes para conter eles, pois o porte de armas e munição são proibidas nesse infelizmente.

Jefferson Augusto

Profissional com experiência militar no Exército, Inteligência Setorial e Gestão do Conhecimento no Sebrae-RJ e no Mercado Financeiro por meio de um escritório da XP Investimentos. Trago um olhar único sobre a indústria energética, conectando inovação, defesa e geopolítica. Transformo cenários complexos em conteúdo relevante sobre o futuro do setor de petróleo, gás e energia. Envie uma sugestão de pauta para: jasgolfxp@gmail.com

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