Com mais de mil árvores e 300 mil metros quadrados de área construída, o ‘Sky Garden’ da China transforma um antigo distrito industrial de Xangai em uma montanha viva e redefine o equilíbrio entre natureza, arquitetura e urbanismo sustentável.
Projetado pelo arquiteto britânico Thomas Heatherwick, o Tian’an Qianshu Shopping Mall, conhecido como ‘Sky Garden’ da China, rompe os limites da arquitetura tradicional ao integrar vegetação e estrutura em um único organismo. Localizado no distrito de Putuo, em Xangai, o edifício de 300 mil m² foi concebido como uma colina artificial coberta por plantas e árvores que crescem em centenas de colunas estruturais.
Cada uma dessas colunas atua como um vaso de grande porte, com sistemas de irrigação e drenagem embutidos. O resultado é uma construção que literalmente respira, filtrando o ar, reduzindo o calor e criando um ecossistema urbano funcional. O conceito nasceu do desejo de fazer um prédio que se comportasse como uma paisagem viva, onde o visitante não apenas consome, mas experimenta o ambiente como parte de uma floresta vertical.
A engenharia que sustenta o verde

O projeto ocupa um terreno de quase 59 mil metros quadrados, com uma área construída total de 300 mil metros quadrados.
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O complexo reúne mais de 90 lojas, 63 restaurantes e amplos espaços de convivência distribuídos entre subsolos, pavimentos de varejo e terraços panorâmicos.
A infraestrutura verde inclui mais de 1.000 árvores e 250 mil plantas menores de 46 espécies diferentes, estrategicamente posicionadas para criar sombreamento e biodiversidade.
A fachada atua como um sistema ecológico ativo. As plantas reduzem ruídos urbanos, equilibram a umidade e absorvem parte das emissões de carbono.
O ‘Sky Garden’ da China funciona como um microclima integrado, com ventilação natural e manutenção automatizada, evidenciando como a engenharia ambiental e a estética podem coexistir de forma precisa e funcional.
Revitalização urbana e transformação social

O ‘Sky Garden’ da China nasceu de um projeto de revitalização do entorno do Suzhou Creek, região antes ocupada por fábricas desativadas.
A proposta foi transformar uma zona industrial abandonada em um novo polo de cultura, comércio e lazer.
A arquitetura converteu o espaço em um ícone de regeneração urbana, promovendo a convivência entre natureza e densidade populacional.
A visita ao complexo é uma experiência sensorial.
São 400 degraus que levam o público por jardins suspensos, varandas panorâmicas e passarelas verdes, com vista para o horizonte de Xangai.
O espaço se tornou ponto turístico e símbolo da capacidade da cidade de adaptar-se ao século XXI sem perder sua identidade visual e ambiental.
A segunda fase e o futuro do projeto
A segunda fase do empreendimento está em andamento e prevê uma nova torre com 19 andares, que abrigará hotel, escritórios e áreas residenciais.
A expansão consolidará o conjunto como um dos maiores complexos verdes da Ásia, somando arquitetura de alta densidade e sustentabilidade aplicada.
Thomas Heatherwick, também responsável por marcos urbanos em Londres e Cingapura, defende que o ‘Sky Garden’ da China representa um novo modelo de urbanismo global.
Para o arquiteto, a cidade do futuro não deve apenas abrigar pessoas, mas também cultivar vida.
O projeto demonstra que é possível incorporar o verde sem sacrificar funcionalidade, economia ou escala urbana.
O ‘Sky Garden’ da China é mais do que um shopping de última geração.
É um manifesto de arquitetura bioclimática, um exemplo de como as grandes metrópoles podem crescer de forma inteligente, preservando a qualidade do ar, a beleza e o contato humano com o verde.
Você acredita que obras como o ‘Sky Garden’ da China podem redefinir o modo como vivemos nas cidades do futuro?


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