Transformação digital acelera medições em tempo real, aumenta confiabilidade e fortalece decisões estratégicas em setores como automotivo, aeroespacial, óleo e gás e bens de consumo.
Uma transformação industrial de grande impacto tecnológico está em curso no Brasil, atraindo atenção de empresas e especialistas.
Com a consolidação da Indústria 4.0, que integra automação, inteligência artificial, big data e conectividade, a metrologia conectada emerge como ferramenta central. Esse avanço, que conecta instrumentos de medição a softwares e análises em tempo real, está mudando o papel da qualidade e ampliando a rastreabilidade em cadeias produtivas.
Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados em 2023, 84% das companhias brasileiras já reconhecem a digitalização como prioridade até 2030. Entretanto, apenas 38% possuem processos de integração de dados em estágio avançado, o que mostra um caminho desafiador, mas cheio de oportunidades.
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Do registro manual à inteligência digital
Antes, dados de qualidade eram coletados manualmente, o que aumentava falhas e atrasos.
Hoje, entretanto, sistemas sem fio e softwares de Controle Estatístico de Processos (CEP) permitem que informações sejam vinculadas automaticamente a lotes específicos.
Além disso, esses dados são disponibilizados em plataformas digitais, o que acelera a análise.
De acordo com Marcos Vinícius Bernabé, gerente da Starrett, a digitalização amplia a confiabilidade das medições, reduz custos de erros e acelera decisões.
Já Thaísa Gorla Lemos, gerente de qualidade da Starrett, em 2024, reforça que a integração em tempo real elimina falhas de digitação.
Consequentemente, análises estatísticas ajudam a prever falhas e antecipar ações preventivas, fortalecendo a produtividade.
Impactos na indústria e nas decisões
O impacto da metrologia conectada já é sentido em setores estratégicos.
Assim, montadoras de veículos, fabricantes de aeronaves, empresas de óleo e gás, indústrias eletroeletrônicas e de bens de consumo utilizam a tecnologia.
Portanto, padrões de qualidade rígidos são atendidos, e a competitividade global é preservada.
Além disso, decisões que antes dependiam de relatórios históricos agora podem ser tomadas em tempo real.
Logo, ajustes imediatos nas linhas de produção elevam eficiência e reduzem perdas.
Consequentemente, eficiência e rastreabilidade tornam-se vantagens estratégicas.
Barreiras culturais e evolução da qualidade
Apesar do avanço, especialistas alertam que ainda há desafios.
Segundo Thaísa (2024), as barreiras mais críticas estão na cultura organizacional.
Assim, empresas precisam engajar equipes, promover treinamentos e garantir infraestrutura digital, como redes estáveis, computadores e tablets.
Por outro lado, o papel do gerente de qualidade também passa por mudanças.
Além de supervisionar processos, ele deve dominar estatística, big data e computação em nuvem.
Portanto, interpretar dados de forma estratégica se torna essencial.
Com isso, manutenção preventiva e produtividade ganham destaque.
Benefícios estratégicos da digitalização
- Decisões rápidas e assertivas baseadas em dados em tempo real.
- Rastreabilidade por lote, que assegura confiabilidade e conformidade regulatória.
- Redução de retrabalho e eliminação de erros de digitação.
- Bases de dados robustas, que fortalecem estratégias de longo prazo.
- Competitividade ampliada em cadeias globais.
Projeções e futuro da metrologia no Brasil
Segundo relatório da Deloitte, publicado em 2024, os investimentos digitais da indústria devem crescer 23% até 2029.
Esse avanço será impulsionado pela busca por produtividade, sustentabilidade e integração global.
Embora o Brasil ainda esteja em estágio inicial, a expectativa é de que a metrologia conectada ganhe espaço rapidamente como diferencial competitivo.
Assim, para Bernabé (2024), gestores precisam agir como facilitadores.
Além disso, disseminar a cultura digital será crucial para garantir a modernização industrial.
O que a indústria brasileira deve priorizar?
A metrologia conectada deixou de ser apenas uma ferramenta técnica.
Portanto, ela se tornou um pilar estratégico da competitividade industrial.
Com mercados exigindo qualidade, rastreabilidade e eficiência, digitalizar processos significa reduzir custos e preparar o Brasil para competir em igualdade com líderes internacionais.
O desafio, entretanto, é cultural e estratégico.
Assim, empresas podem escolher entre investir rapidamente para ganhar espaço global ou adotar um processo mais gradual para garantir adesão sustentável.
E para você, qual deve ser a prioridade da indústria brasileira: acelerar a digitalização para competir agora ou investir em uma transição mais lenta e estruturada para garantir sustentabilidade no futuro?