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Métodos Construtivos – Entenda sua importância agora

Escrito por Adalberto Schwartz
Publicado em 02/07/2025 às 09:00
Construção de edifícios com estruturas de concreto e guindaste ao fundo durante o pôr do sol.
Edifícios em fase de construção utilizando estruturas de concreto e alvenaria, acompanhados por guindaste de torre.
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Descubra como os métodos construtivos evoluíram ao longo do tempo e por que são fundamentais para garantir construções seguras, eficientes e sustentáveis.

A construção civil é uma das atividades mais antigas da humanidade.

Desde os tempos remotos, o ser humano buscou formas de se proteger das intempéries, criar abrigo e organizar espaços de convivência.

Nesse contexto, surgem os métodos construtivos, que são um conjunto de técnicas e processos para definir como uma edificação será construída.

Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), as primeiras técnicas construtivas conhecidas datam de mais de 10 mil anos atrás, na pré-história, quando o homem passou a utilizar pedras e barro para montar seus abrigos.

Isso mostra que desde cedo, o homem já buscava soluções técnicas para erguer construções resistentes.

Na antiguidade, povos como os egípcios, gregos e romanos desenvolveram métodos construtivos específicos, de acordo com os recursos disponíveis em seus ambientes.

O Museu Egípcio do Cairo destaca que, por volta de 2.600 a.C., os egípcios dominavam o uso de blocos de pedra maciça, permitindo a construção das pirâmides, estruturas que até hoje impressionam pela durabilidade.

Por outro lado, conforme a Fundação Museu Romano, os romanos, a partir do século I a.C., revolucionaram a construção com o uso do concreto primitivo, argamassa, além dos arcos e abóbadas.

Essas inovações aumentaram significativamente a resistência e a complexidade das edificações, consolidando métodos que influenciam a engenharia até hoje.

Durante a Idade Média, entre os séculos V e XV, a construção assumiu um caráter religioso e defensivo.

O Instituto Europeu de História da Construção explica que as catedrais góticas e castelos medievais utilizaram métodos que priorizavam pedra talhada e estruturas elevadas, com o uso inicial de andaimes de madeira.

Naquela época, os conhecimentos eram passados empiricamente entre artesãos, e as obras demoravam anos para serem concluídas, evidenciando a importância da paciência e técnica.

O impacto da Revolução Industrial nos métodos construtivos

Infográfico ilustrando o impacto da Revolução Industrial nos métodos construtivos, com linha do tempo, ícones de materiais, máquinas, planejamento e urbanização.

Entretanto, a Revolução Industrial, ocorrida entre 1760 e 1840, trouxe uma grande transformação nos métodos construtivos.

Conforme o Museu da Ciência e da Indústria do Reino Unido, esse período marcou o surgimento da produção em larga escala de materiais como aço e cimento, que permitiram construções mais altas, resistentes e rápidas.

Como consequência, começaram a surgir prédios com estruturas metálicas e fundações profundas, consolidando a engenharia moderna como um campo técnico e científico, e deixando para trás a exclusividade da construção artesanal.

Nos séculos XX e XXI, os métodos construtivos se diversificaram ainda mais.

O Conselho Brasileiro do Concreto (CBC) informa que o concreto armado passou a ser amplamente utilizado no Brasil a partir da década de 1920, permitindo construções seguras, flexíveis e econômicas.

Além disso, novas tecnologias como drywall, steel frame e wood frame ganharam espaço.

Esses métodos industrializados oferecem soluções rápidas, sustentáveis e econômicas, além de reduzir resíduos e impactos ambientais.

Segundo o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), desde o início dos anos 2000, ferramentas digitais como o Building Information Modeling (BIM) vêm revolucionando a forma de projetar e executar obras, aumentando a precisão, economia de recursos e colaboração entre profissionais.

Dessa forma, os avanços tecnológicos facilitam a escolha dos métodos construtivos adequados, otimizando prazos e custos para cada projeto.

Métodos tradicionais e industrializados: diferenças e aplicações

Infográfico comparando métodos tradicionais e industrializados na construção civil, com ilustrações de alvenaria estrutural e construção modular, destacando vantagens e desvantagens.

Atualmente, a alvenaria estrutural, método convencional conhecido no Brasil, ainda domina construções residenciais e comerciais.

Porém, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) alerta que esse método tradicional demanda mais tempo, maior consumo de água e energia, além de gerar resíduos consideráveis.

Por outro lado, métodos industrializados como pré-moldado, modular e steel frame aceleram as obras, garantindo qualidade padronizada e reduzindo desperdícios.

Segundo a Associação Brasileira do Mercado de Steel Frame (ABEST), o steel frame é leve e versátil, ideal para áreas sujeitas a terremotos ou com terrenos difíceis.

A preocupação ambiental tem crescido, e a construção civil busca alternativas sustentáveis.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) destaca o uso de materiais reciclados, reaproveitamento de água, energia solar e telhados verdes como práticas essenciais para reduzir impactos ambientais.

Além disso, o avanço em técnicas sustentáveis está ligado à economia circular, que incentiva reaproveitamento e redução de desperdício.

Materiais ecológicos, como blocos de terra comprimida e madeiras certificadas, ganham espaço, exigindo dos profissionais conhecimento tanto dos métodos tradicionais quanto dos sustentáveis.

Os métodos construtivos impactam ainda a segurança, conforto térmico e acústico, durabilidade da edificação e valorização do imóvel.

A Associação Internacional de Construção Sustentável (ISCA) aponta que construções bem planejadas reduzem custos de manutenção e aumentam a eficiência energética.

Ainda segundo a ISCA, tecnologias como construção a seco e impressão 3D abrem novos caminhos para o setor, com soluções inovadoras para antigos desafios.

A importância social e ambiental dos métodos construtivos

Infográfico com três ícones mostrando a importância social e ambiental dos métodos construtivos

Os métodos construtivos refletem a forma como uma sociedade cria seus espaços, organiza cidades e enfrenta desafios como o crescimento urbano, déficit habitacional e mudanças climáticas.

Portanto, optar por métodos inteligentes e sustentáveis é essencial para um futuro equilibrado.

As escolhas feitas no planejamento influenciam diretamente a qualidade de vida dos ocupantes.

Escolher materiais e técnicas adequados garante ambientes com temperatura agradável, menos ruído e maior proteção contra intempéries.

Isso evidencia a ligação dos métodos construtivos ao bem-estar e saúde das comunidades.

Compreender os métodos construtivos e seu impacto na qualidade e eficiência das edificações é fundamental, mesmo para quem não atua na área técnica.

Cada casa, prédio, ponte ou escola resulta de decisões técnicas, seleção de materiais e execução cuidadosa.

Em resumo, os métodos construtivos representam o coração da construção civil.

Desde os tempos antigos até hoje, evoluíram para atender às necessidades da sociedade e acompanhar transformações tecnológicas e ambientais.

Portanto, entender sua importância é fundamental para garantir construções mais seguras, duráveis e sustentáveis.

Ao valorizarmos esse conhecimento, abrimos espaço para um futuro em que engenharia e arquitetura caminham lado a lado com inovação e respeito ao meio ambiente.

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Quais os métodos construtivos aceitos pela CAIXA nos financiamentos para CONSTRUÇÃO? | Fabricio Bragatto

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Adalberto Schwartz

Adalberto Schwartz é engenheiro de energia e analista técnico com mais de 20 anos de experiência no setor de petróleo, gás, energias renováveis e infraestrutura energética. Formado em Engenharia de Energia em 2003, com especialização em transição energética e exploração offshore, construiu uma carreira sólida atuando em projetos de usinas, plataformas e soluções de baixo carbono. Desde 2015, atua como comunicador técnico, produzindo conteúdos jornalísticos e análises aprofundadas sobre o cenário energético global. Seus textos unem racionalidade técnica, dados confiáveis e linguagem acessível, sendo referência para profissionais do setor, investidores e interessados em geopolítica da energia.

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