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Método simples ensina a evitar dívidas e guardar dinheiro

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 05/08/2025 às 09:08
guardar dinheiro
Foto: Reprodução
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Método divide o orçamento em percentuais para investir cedo, manter equilíbrio entre gastos e evitar dívidas mesmo com aumento da renda.

Um dos maiores desafios financeiros é conseguir guardar dinheiro.

O problema, segundo especialistas em finanças, está na falta de entendimento sobre renda ativa e renda passiva, e no hábito de gastar antes de investir.

Por que mesmo quem ganha muito pode se endividar

É compreensível que um trabalhador com salário mínimo não consiga poupar, especialmente com o custo de vida crescente.

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O preço de alimentos como ovos e carne sobe acima da inflação, e a moradia nas grandes cidades é cara.

No entanto, o que chama atenção é que pessoas que ganham mais de um salário mínimo também tenham essa dificuldade de guardar dinheiro.

Dados mostram que quase três quartos das famílias brasileiras têm dívidas.

Uma das razões é confundir ativos com passivos, como explica Robert Kiyosaki em Pai Rico, Pai Pobre: ricos compram ativos, a classe média compra passivos pensando que são ativos, e os pobres têm apenas despesas.

O erro de aumentar o padrão de vida antes da hora

Um exemplo comum é trocar um carro simples por um mais caro sem aumentar a renda passiva. O veículo novo traz custos maiores com IPVA, combustível, manutenção e seguro.

Mesmo sendo contabilmente um ativo, ele retira mais dinheiro do bolso e é sustentado apenas pela renda ativa — o dinheiro vindo do trabalho.

O ideal é aumentar o padrão de vida apenas quando a renda passiva — vinda de investimentos ou de um negócio — puder cobrir essas novas despesas.

Como construir renda passiva

A renda passiva não depende diretamente do trabalho.

Pode vir de aplicações financeiras ou de empresas próprias com equipes estruturadas.

Essa é a base para, no futuro, adquirir bens de maior valor sem comprometer o orçamento.

O erro de muitos é não investir, por acreditarem que a poupança perde para a inflação, e gastar com itens que elevam o custo mensal. Quando a renda ativa diminui, manter esse padrão se torna insustentável.

O Método dos Percentuais

Uma proposta de organização do orçamento divide a renda em fatias específicas. A primeira, de 15%, é destinada à liberdade financeira.

Esse valor vai diretamente para investimentos assim que o dinheiro entra na conta.

Mesmo que a quantia inicial pareça pequena, o efeito dos juros compostos ao longo dos anos pode superar, com folga, aportes maiores feitos mais tarde.

Simulações mostram que quem começa cedo, mesmo investindo pouco, acumula mais no longo prazo do que quem espera para ter valores maiores.

Onde investir esses 15%

A carteira deve ser diversificada, com ativos no Brasil e no exterior, reduzindo riscos políticos e cambiais.

Para quem não sabe investir, existem dois caminhos: aprender por conta própria ou pagar por cursos e mentoria para acelerar o aprendizado e evitar erros que custam caro.

Reserva de emergência

A segunda fatia, de 10%, vai para a reserva de emergência, que deve cobrir de 3 a 12 meses de renda, dependendo da estabilidade do trabalho. Profissionais com renda variável precisam de reservas maiores.

Como levar anos para acumular o valor ideal, o processo não deve impedir o investimento em outras áreas.

Seguros de vida e contra doenças graves podem complementar essa proteção, oferecendo recursos em situações que afetem a capacidade de trabalho.

Onde aplicar a reserva

A reserva deve ter alta liquidez e segurança, ainda que com menor rentabilidade.

Opções incluem Tesouro Selic e CDBs de liquidez diária de bancos confiáveis.

A escolha equilibra acesso rápido ao dinheiro e proteção do capital.

Necessidades básicas: A maior parcela do orçamento

A maior parte do orçamento, 55%, cobre necessidades básicas, como moradia, transporte, alimentação e vestuário. É possível reduzir gastos nessas áreas, mas não cortá-los totalmente.

Transporte e moradia costumam ser os maiores vilões. Morar próximo ao trabalho, por exemplo, pode aumentar o custo do aluguel, mas reduzir gastos com transporte e economizar tempo.

Carros mais modestos também ajudam a evitar despesas excessivas.

Outros 10% são destinados ao lazer. Viagens, hobbies, jantares e passeios fazem parte de uma vida equilibrada. Mesmo distante das prioridades financeiras, essa parcela evita a sensação de privação e ajuda a manter a motivação no planejamento.

Educação como investimento

Os últimos 10% do orçamento são reservados para educação. Cursos, livros e treinamentos podem trazer retorno financeiro no futuro, especialmente se forem voltados para a área profissional ou para educação financeira.

Para quem não faz cursos formais, juntar os valores de educação e lazer pode permitir experiências de aprendizado em viagens com caráter cultural.

Investindo 25% da renda

Somando os 15% da liberdade financeira e os 10% da educação, é possível investir 25% da renda.

Essa porcentagem, mantida ao longo dos anos, pode gerar um patrimônio capaz de sustentar o custo de vida apenas com renda passiva.

Nesse estágio, o trabalho deixa de ser uma obrigação e se torna uma escolha, permitindo abandonar atividades indesejadas e dedicar-se ao que realmente importa.

O Ciclo que Garante Resultados

O mais importante no método é manter o ciclo: receber, investir e viver com o que sobra, sem fazer dívidas.

A disciplina em respeitar os percentuais e priorizar o investimento constrói uma base sólida para enfrentar imprevistos e alcançar a liberdade financeira.

Mesmo que cada caso exija ajustes, a lógica de separar antes de gastar, investir cedo e manter um padrão de vida abaixo da renda ativa continua sendo o caminho mais seguro para evitar o endividamento e acumular patrimônio.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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