Estiagem e ajustes feitos em outras unidades da federação fizeram a consultoria AgRural reduzir as estimativas para as colheitas das safras de soja, e de milho do Rio Grande do Sul, entre o final de 2022 e o início de 2023. A AgRural não anunciou detalhamentos, mas por volta de 15 de dezembro havia prometido safra nacional em recorde, com alcance superior a 153 milhões de toneladas.
No Rio Grande do Sul, aonde as colheitas ainda não foram iniciadas, o setor se preocupa com a previsão de precipitações, e o tempo quente e seco é um dos fatores preocupantes. Entretanto, ainda não houve registros de quebra de safra no estado gaúcho, é necessário que essas condições se modifiquem, para não afetarem para baixo o potencial produtivo.
Mesmo com as condições climáticas adversas, outras consultorias ainda apostam numa colheita superior a 150 milhões de toneladas, apesar das perdas no Rio Grande do Sul. Isso porque, a estiagem, fruto do fenômeno climático La Niña, está castigando menos do que no ano passado. Os grãos do estado estão em fase de enchimento, e as chuvas estão acima da média no estado. Assim, acredita-se que o solo terá sua umidade recuperada e que, nesta reta final, as lavouras possam retomar o desenvolvimento.
Os estados que já começaram a colheita da soja foram o Mato Grosso e Rondônia. Com tempo fechado, e muita chuva, os trabalhos foram bem afetados, entretanto, na última quinta-feira (12), a notícia é de que 0,6% da área cultivada no Brasil a colheita já foi realizada. Uma área 1,2% superior ao mesmo período do ano anterior, mesmo havendo atraso na média de cinco anos para o hectare de área plantada, 2,38% versus 3,55%. As informações foram repassadas pelo Imea, Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária. Na região Sul os trabalhos de colheita ainda não se iniciaram.
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No mesmo período, 12 de janeiro, foi mensurada que a colheita do milho chegou a 4,% da área cultivada na porção centro-sul brasileiro. No ano passado, no mesmo período, a colheita chegou em 6,3%. A colheita está começando pela região noroeste do Rio Grande do Sul, e a AgRural também reduziu as estimativas para a oleaginosa. Cortes são esperados ainda para este mês.