A taxa Selic é um dos principais instrumentos da política monetária para controle da inflação e regulação do crédito. Diante das incertezas econômicas, analistas do mercado financeiro projetam uma alta para 14,25% ao ano, influenciando investimentos e o custo do dinheiro no país.
O Comitê de Política Monetária (Copom) decide na quarta-feira (19) o futuro da Selic, que pode subir de 13,25% para 14,25% ao ano. Sendo a quinta alta seguida da taxa Selic.
A expectativa do mercado é de mais um ajuste nos juros básicos, o quinto consecutivo. Se confirmada, a Selic atingirá 14,25% ao ano.
O Copom não indicou se essa será a última elevação do ciclo. Segundo o Banco Central, as decisões futuras dependerão do comportamento da inflação.
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Os analistas acreditam que os juros podem chegar a 15% ao final de 2025. A necessidade de manter a Selic elevada tem como objetivo conter a alta dos preços.
Projeções de longo prazo para a Selic
As previsões para os anos seguintes seguem estáveis. O mercado espera uma queda gradual da taxa de juros. A Selic deve recuar para 12,5% ao ano em 2026. Em 2027, a taxa pode cair para 10,5% e atingir 10% ao ano em 2028.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Com os preços em alta, os juros elevados limitam o consumo e ajudam a reduzir a pressão inflacionária.
Inflação segue acima da meta
Apesar da leve queda na projeção para 2025, a inflação continua acima do teto da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN). O objetivo é manter o índice no intervalo de 1,5% a 4,5% ao ano.
O IPCA (Indicador Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) teve alta de 1,31% em fevereiro, a maior variação para o mês em 22 anos.
Mesmo assim, os analistas reduziram a expectativa para o fechamento do ano. Há uma semana, a previsão era de 5,68%. Agora, caiu para 5,66%.
Previsões futuras da inflação
Para este mês de março, a projeção do IPCA é de 0,56%, indicando uma desaceleração em relação a fevereiro.
No último mês, a alta foi impulsionada pelo aumento das contas de energia elétrica. Em janeiro, o chamado “bônus Itaipu” ajudou a reduzir as tarifas temporariamente.
Para 2026, a inflação esperada subiu de 4,4% para 4,48%. Já para 2028, a previsão foi ajustada de 3,75% para 3,78%. A projeção para 2027 permanece em 4% há quatro semanas.
O cenário econômico ainda exige atenção. A inflação segue acima da meta, e o Banco Central continua usando os juros elevados para controlar os preços.
O Copom decidirá nesta quarta-feira sobre a Selic, enquanto os analistas acompanham os impactos no consumo e no crescimento da economia.