A Absolar está otimista com bons números para a energia solar este ano. A fonte deve receber mais de R$ 50 bilhões em investimentos e gerar milhares de novos empregos
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) estima que, neste ano, a fonte de energia solar traga investimentos privados ao Brasil no valor de R$ 50 bilhões e ainda gere mais de 357 mil novos empregos, que estarão espalhados por todas as regiões do país. Os novos investimentos no setor somam as modalidades de geração distribuída, que é feita em telhados, terrenos, fachadas de edifícios, prédios públicos e propriedades rurais, e também de geração centralizada, que é composta pelas grandes usinas de energia solar.
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Grande parte dos investimentos serão voltados para a geração distribuída
A Absolar estima que serão adicionados mais de 11,9 GW de potência instalada em energia solar, um aumento maior que 91,7% sobre a capacidade instalada atual do Brasil, que atualmente está em 13 GW. Do total de investimentos previstos pela Absolar, a geração distribuída deve ter o equivalente a cerca de R$ 40,6 bilhões, gerando vários empregos.
Para a geração própria de energia solar, a entidade estima um crescimento de 105% em relação ao total já instalado no último ano, partindo dos 8,3 GW para 17,2 GW. Esse otimismo é devido à entrada em vigor da lei n° 14.300/22, que institui o marco legal da geração própria de energia solar, minigeração distribuída, microgeração, que deve provocar um grande aumento nos investimentos em novos sistemas no país. Já na área de usinas de grande porte, a expectativa de crescimento é de 67,8%, saindo dos atuais 4,6 GW para 7,8 GW, gerando também diversos empregos.
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Alguns fatores podem atrapalhar o segmento de energia solar
A entidade projeta ainda que o setor de energia solar nacional seja responsável por um aumento líquido na arrecadação dos governos federal, estaduais e municipais, de mais de R$ 15,8 bilhões em 2022. O que pode incomodar o setor é a desarticulação das cadeias de produção, a desvalorização cambial, a incerteza econômica brasileira e a alta demanda global por equipamentos.
Apesar disso, a Absolar acredita que, com a escalada da tarifa de eletricidade, a busca por energia solar descentralizada deve seguir firme no país. De acordo com Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administração da Absolar, é projetado um grande crescimento da energia solar este ano, alavancado pelo alto custo das contas de luz e pelos benefícios ofertados aos consumidores como solução definitiva de garantia de suprimento de eletricidade a preços competitivos.
Saiba mais sobre o marco legal que criará diversos empregos no Brasil
O Governo Federal sancionou o PL que institui o marco legal da geração própria de energia, que estabelece regras para consumidores que produzem sua própria eletricidade através da energia solar, eólica, hidrelétrica e várias outras.
Segundo dados da Absolar, até 2050, benefícios da geração distribuída de energia solar chegarão a R$ 150 bilhões apenas com a redução nas termelétricas. A entrada da fonte solar no mercado brasileiro chegou a taxas maiores que 200% por ano a partir de 2015.