MEC anuncia ampliação inédita de cursos tecnológicos em universidades federais com foco em inovação, sustentabilidade e novas demandas do mercado de trabalho. As vagas serão ofertadas via Sisu e baseadas nas notas do Enem 2025.
O Ministério da Educação anunciou a criação de 5 mil vagas em novos cursos de graduação nas áreas de biotecnologia, engenharia, robótica e inteligência artificial em universidades e institutos federais.
As vagas serão ofertadas por meio do Sisu, com base nas notas do Enem 2025, e a previsão é que os cursos comecem já no primeiro semestre de 2026.
O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Camilo Santana, na abertura da 5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica (SNEPT), em Brasília.
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A medida integra o Programa Universidades Inovadoras e Sustentáveis, desenvolvido em parceria com os ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, da Ciência, Tecnologia e Inovação, e do Meio Ambiente.
Cursos em áreas estratégicas de inovação
Durante o evento, o ministro destacou que a iniciativa busca alinhar o ensino superior às transformações do mercado de trabalho.
Segundo ele, as novas graduações foram pensadas para preparar estudantes em setores de alta complexidade tecnológica, com foco nas áreas Stem — ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
“É um momento em que o mundo inteiro discute o novo mundo do trabalho, as novas tecnologias e a inteligência artificial. As universidades estão oferecendo agora um novo programa de Stem, nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, com novos cursos em biotecnologia, engenharia e robótica”, afirmou Santana.
O MEC informou que cada universidade federal e instituto definirá quais cursos serão abertos e quantas vagas serão destinadas a cada campus, conforme sua estrutura e capacidade de atendimento.
Fortalecimento da inovação nas universidades
Além das novas vagas, o ministério lançou o edital do Programa Acelera NIT Brasil, criado para fortalecer os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) das universidades federais.
A proposta é estimular o empreendedorismo, a pesquisa aplicada e a sustentabilidade nas instituições públicas de ensino superior.
O Acelera NIT Brasil oferecerá apoio técnico e financeiro aos núcleos responsáveis por transformar resultados de pesquisa em produtos, serviços e soluções tecnológicas.
A expectativa é que o programa acelere o desenvolvimento de parques tecnológicos, startups acadêmicas e centros de inovação dentro das universidades.
Revisão das normas das fundações de apoio
Outra medida anunciada por Santana foi a criação de um grupo de trabalho com reitores e gestores das federais para revisar as regras que regulam a atuação das fundações de apoio.
Essas entidades são responsáveis por administrar projetos de ensino, pesquisa e extensão e, segundo o ministro, precisam estar “adaptadas à nova modernidade” para dar mais agilidade à gestão universitária.
A revisão pretende atualizar a legislação para facilitar parcerias entre universidades, setor produtivo e órgãos públicos, reduzindo entraves administrativos e ampliando a autonomia na execução de projetos de inovação.
Evento discute educação e novas tecnologias
A SNEPT 2025, que ocorre de 7 a 9 de outubro em Brasília, reúne professores, pesquisadores e representantes da indústria para debater o futuro da educação profissional e tecnológica no Brasil.
O evento deste ano acontece junto ao Festival Curicaca, promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, reforçando a integração entre academia, governo e empresas.
Painéis, oficinas e mostras tecnológicas apresentam experiências e protótipos de inovação nas redes federal e estadual de ensino, com foco em sustentabilidade, automação e inteligência artificial.
Como se inscrever nos novos cursos
Os interessados deverão realizar o Enem 2025, previsto para o segundo semestre do próximo ano, e usar a nota obtida para concorrer às vagas pelo Sisu 2026, sistema que unifica o processo seletivo das instituições públicas.
O edital com o cronograma e os cursos participantes será divulgado pelo MEC no fim de 2025, quando também será possível consultar a lista de universidades e a distribuição das vagas.


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