Aeronave leve e versátil, o A-29 Super Tucano pode ser a próxima grande aquisição da Marinha para operações de apoio aéreo aproximado. O modelo da Embraer é usado por mais de 15 países e se destaca por operar em terrenos difíceis, com custo baixo e alta precisão.
A Marinha do Brasil está de olho no A-29 Super Tucano, avião turboélice de combate leve, desenvolvido pela Embraer. A possível aquisição tem como foco ampliar o poder de resposta e apoio aéreo às Forças de Operações Especiais (FOpEsp), especialmente em cenários litorâneos, fluviais e de difícil acesso.
Atualmente usado pela Força Aérea Brasileira (FAB) e por mais de 15 países, o Super Tucano é conhecido pela combinação de simplicidade, robustez e poder de fogo. Ele já provou ser eficaz em combate real, em missões que vão de patrulha armada à interceptação de aeronaves irregulares.
A-29 Super Tucano: uma máquina de combate ágil e econômica
O Super Tucano foi projetado para ambientes extremos. Ele conta com o motor Pratt & Whitney PT6A-68C, que entrega 1.600 shp de potência, ideal para voos de baixa altitude e velocidade controlada — perfeitos para missões de apoio aéreo aproximado (CAS).
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Entre os destaques do A-29 estão:
- Velocidade máxima: 590 km/h
- Alcance: até 1.500 km
- Autonomia: mais de 6 horas de voo
- Armamento: metralhadoras 12.7mm, foguetes, bombas guiadas a laser e mísseis ar-superfície
- Sistemas embarcados: FLIR (sensor infravermelho), mira integrada, contramedidas eletrônicas e aviônicos de última geração
Com uma carga útil de 1.550 kg, o avião é altamente configurável e pode operar tanto de pistas pavimentadas quanto de locais improvisados.
Por que a Marinha quer o A-29 Super Tucano?
A ideia é reforçar a capacidade de resposta das tropas de elite da Marinha, como o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais (BtlOpEspFuzNav) e o Grupamento de Mergulhadores de Combate (GruMeC). Em missões em selva, áreas costeiras ou ribeirinhas, o A-29 pode oferecer suporte aéreo direto com precisão e mobilidade.
O avião também pode atuar em:
- Operações contra pirataria e tráfico de drogas, interceptando embarcações rápidas
- Patrulhamento armado em áreas de fronteira marítima
- Ações preventivas em zonas de conflito assimétrico
A integração com drones e sistemas navais é totalmente viável, tornando o A-29 uma peça-chave para operações conjuntas no mar e em terra.
Um modelo já testado e aprovado
O A-29 Super Tucano não é nenhuma aposta no escuro. Ele já foi escolhido por forças aéreas da Colômbia, Afeganistão, Filipinas, Nigéria e mais recentemente Portugal e Panamá. No Panamá, por exemplo, quatro unidades foram adquiridas em 2025 para fortalecer o combate ao narcotráfico e ao crime organizado em áreas de selva.
No Brasil, a FAB possui mais de 60 unidades em operação, e já anunciou um plano de modernização da frota, incluindo atualização de sistemas eletrônicos e sensores de nova geração. Com essas melhorias, o A-29 continuará ativo por pelo menos mais 15 anos.