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Marina Silva critica contradição quanto aos combustíveis fósseis e comenta sobre exploração da Petrobras na Foz do Amazonas

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 17/05/2023 às 23:38
A ministra do Meio Ambiente Marina Silva destacou que o mundo ainda não consegue dispensar os combustíveis fósseis. O licenciamento do Ibama para a exploração da Petrobras na Foz do Amazonas segue sendo um grande debate no Brasil.
Foto: CPG

A ministra do Meio Ambiente Marina Silva destacou que o mundo ainda não consegue dispensar os combustíveis fósseis. O licenciamento do Ibama para a exploração da Petrobras na Foz do Amazonas segue sendo um grande debate no Brasil.

Nesta quarta-feira, (17/05), a atual ministra do Meio Ambiente do Governo Lula, Marina Silva, deu sua opinião quanto ao projeto de exploração da Foz do Amazonas, em desenvolvimento pela Petrobras. Segundo ela, a decisão final quanto ao licenciamento ainda cabe ao Ibama. Ela ainda criticou a contradição atual quanto aos combustíveis fósseis, afirmando que o mundo ainda não consegue dispensar esse produto na corrida pela descarbonização.

Ministra do Meio Ambiente Marina Silva afirma que licenciamento da Petrobras na Foz do Amazonas só depende do Ibama 

Em entrevista à GloboNews na quarta-feira, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que o mundo ainda não pode prescindir dos combustíveis fósseis.

Segundo a ministra, o mercado global atual vive em uma constante contradição, uma vez que busca a descarbonização dos setores, mas não quer abdicar dos combustíveis fósseis.

Ela citou o exemplo da China, que está se esforçando para abandonar o carvão, mas ainda depende muito do combustível.

“Essa é uma contradição que existe no mundo porque as coisas não mudam da noite para o dia”, disse Silva.

O debate sobre o cenário da descarbonização atual aconteceu quando Marina Silva foi questionada sobre o licenciamento do Ibama para a exploração da Petrobras na Foz do Amazonas.

Segundo ela, a decisão sobre a concessão ou não à Petrobras de licença para explorar petróleo na região será tomada exclusivamente pelo órgão. Silva disse que o Ministério do Meio Ambiente não vai interferir no processo decisório.“

“Não estamos aqui para tornar as coisas difíceis ou fáceis”, disse ela. “Estamos aqui para cumprir a lei.”

Os comentários de Marina Silva sobre os combustíveis fósseis chegam em um momento em que o mundo enfrenta uma crise energética crescente.

A ministra ressaltou que o procedimento de obtenção de licença para o projeto é complicado e que a campanha de exploração está planejada para uma área extremamente delicada.

A sensibilidade mencionada certamente está presente no parecer técnico emitido pelos funcionários do Ibama. Isso será devidamente considerado, conforme a ministra.

Ela ainda reforçou que, ao lidar com a agenda ambiental, não se trata de criar obstáculos ou facilitar as coisas, mas sim de enfrentar os desafios com responsabilidade.

Equipe técnica do Ibama muda entendimento sobre licenciamento da Petrobras para exploração na Foz do Amazonas

Assim como Marina Silva, diversos outros especialistas ambientais do cenário brasileiro debatem os impactos ambientais da exploração da Petrobras na Foz do Amazonas.

Em paralelo a isso, os técnicos do Ibama recomendaram o indeferimento e o arquivamento do pedido de licença de perfuração na Foz do Amazonas, localizada no litoral do Amapá.

Essa recomendação foi feita sem que a Petrobras tivesse a oportunidade de realizar uma Avaliação Pré-Operacional (APO), um procedimento que simula a resposta a uma possível emergência na região, como um vazamento de óleo.

Segundo a equipe do órgão ambientalista, seria necessário a realização de tal teste para garantir a segurança nas operações na região.

“A decisão do Ibama sobre a concessão da licença operacional deve ocorrer após a realização da APO. No momento, a Petrobras aguarda o agendamento do exercício pelo Ibama”, comentou a petroleira estatal em comunicado.

Agora, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva e os demais representantes da luta ambiental brasileira seguem aguardando os próximos passos do Ibama quanto à exploração da Foz do Amazonas pela Petrobras.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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