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Mais de 20 milhões de vagas de emprego devem ser criadas até 2030 com a transição climática e o Brasil tem potencial para se destacar, apontam especialistas

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 02/04/2024 às 20:26
A transição climática para uma economia de baixo teor de carbono até 2030 pode gerar 25 milhões de vagas de emprego no mundo. No entanto, o Brasil, com seus recursos em energias renováveis, tem potencial para se destacar nesse cenário.
Foto: DALL E

A transição climática para uma economia de baixo teor de carbono até 2030 pode gerar 25 milhões de vagas de emprego no mundo. No entanto, o Brasil, com seus recursos em energias renováveis, tem potencial para se destacar nesse cenário.

A transição climática, um tema cada vez mais presente nas discussões globais sobre o futuro do planeta, promete trazer mudanças significativas não apenas para o meio ambiente, mas também para a economia e a geração de novas vagas de emprego no setor de energia.

Segundo análise da consultoria americana Boston Consulting Group e do Fórum Econômico Mundial, essa transição poderá aumentar as desigualdades socioeconômicas em diversos países.

De combustíveis fósseis a energias renováveis: 78 milhões de vagas de emprego em jogo

Conforme dados divulgados pela Organização Mundial do Trabalho (OMT), a transição em direção a uma economia de baixo teor de carbono até o ano de 2030 tem o potencial de gerar, aproximadamente, 103 milhões de vagas de emprego adicionais em escala global.

Entretanto, a migração para uma matriz energética renovável também acarretará na diminuição de cerca de 78 milhões de vagas de emprego, resultando em um saldo líquido de, aproximadamente, 25 milhões de novas oportunidades.

Apesar dessas projeções otimistas, especialistas ressaltam a importância de garantir uma transição justa para todos os setores da sociedade.

Esse é um dos maiores desafios enfrentados nesse processo, uma vez que a transição climática pode criar limitações sociais significativas.

Quem é o responsável pelas mudanças climáticas?
Foto: shutterstock

Altos custos, grandes esperanças: O caminho para Energia Limpa

Um dos principais obstáculos identificados é o alto custo envolvido na instalação de infraestruturas para energias limpas.

Além disso, áreas tradicionalmente dependentes de indústrias poluentes, como a exploração de carvão e petróleo, enfrentarão uma redução drástica nos postos de trabalho, o que aumentará o nível de vulnerabilidade socioeconômica em algumas regiões.

No entanto, mesmo com esses desafios, a expectativa é que o mercado verde e seus setores associados criem mais vagas de emprego do que as que serão perdidas.

Estudos indicam que cerca de 36% dessas novas oportunidades exigirão especialização, o que incentivará os profissionais a buscar aprofundamento em conhecimentos e obtenção de títulos relevantes.

O Brasil, por sua vez, apresenta um grande potencial para se destacar nesse cenário de transição climática.

Com recursos abundantes em biocombustíveis, hidrogênio verde e energias renováveis, o país pode atrair investimentos e capital para o desenvolvimento sustentável desse mercado verde.

Isso não apenas impulsionaria a economia, mas também contribuiria para a geração de novas vagas de emprego e a redução das desigualdades socioeconômicas.

Fonte: Exame

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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