Maior condomínio do mundo abriga 30 mil moradores em Hangzhou, na China. Com 67 andares e 1,6 milhão de m², o Regent International funciona como uma cidade vertical.
Em Hangzhou, na China, ergue-se um dos projetos mais ambiciosos do urbanismo moderno: o Regent International Center, considerado o maior condomínio residencial do mundo. Com 67 andares e impressionantes 1,6 milhão de metros quadrados de área construída, o megacomplexo abriga cerca de 30 mil moradores, número que supera a população de milhares de cidades brasileiras.
Mais do que um simples edifício, o Regent foi projetado para funcionar como uma cidade vertical autossuficiente, reunindo em um único espaço escolas, restaurantes, academias, lojas, mercados, áreas de lazer e até espaços administrativos. É o retrato do desafio habitacional da China, país que concentra algumas das maiores densidades urbanas do planeta.
Regent International Center– dimensões que impressionam
Para entender a grandiosidade do Regent International Center, basta observar alguns números:
-
Minas Gerais autoriza construção de duas pontes de concreto de 96 metros no Alto Paranaíba e 80 metros na Zona da Mata
-
O primeiro arranha-céu do Brasil nasceu com 12 andares, terminou com 30 e foi chamado de ‘loucura’: para provar a segurança, o dono Giuseppe Martinelli se mudou com a família para a cobertura e transformou o prédio em símbolo de São Paulo
-
Com R$ 4,04 bilhões, Linha 4-Amarela ganhará 3,3 km, duas estações e seis trens, mas obra pode levar até 64 meses para ser entregue
-
Linha 2-Verde: por que as obras foram suspensas e o que isso muda para você?
- 67 andares de altura, um verdadeiro arranha-céu habitacional.
- 1,6 milhão de m² de área construída, equivalente a mais de 220 campos de futebol.
- 30 mil moradores, população maior que cidades brasileiras como Canela (RS) ou Trancoso (BA).
- Capacidade de abrigar até 7.000 famílias, considerando a divisão dos apartamentos.
- Estrutura urbana interna, com escolas, restaurantes, farmácias, supermercados, academias, salões de beleza e até áreas administrativas.
Com essas proporções, o Regent não é apenas o maior condomínio do mundo: ele é um microcosmo urbano comprimido em um único edifício.
Em 07 de setembro desse ano, um dos nossos redatores inclusive escreveu um conteúdo relatando segundo suas pesquisas como é a experieencia de viver no maior prédio residencial do mundo 👇
O desafio habitacional chinês de viver no maior condomínio residencial do mundo
A China enfrenta um desafio sem precedentes na história moderna: como abrigar mais de 1,4 bilhão de habitantes em grandes centros urbanos sem expandir indefinidamente os limites das cidades.
Em megacidades como Hangzhou, Pequim e Xangai, o valor do solo é altíssimo, e a única solução viável é crescer para cima. O Regent International Center é um exemplo extremo dessa lógica: em vez de construir bairros horizontais, os engenheiros chineses ergueram uma cidade inteira dentro de um prédio.
Segundo urbanistas chineses, o projeto reduz o tempo de deslocamento, concentra serviços essenciais e permite que milhares de pessoas vivam, trabalhem e estudem sem precisar sair do complexo.
Comparações com o Brasil
Para o público brasileiro, a dimensão do Regent pode ser melhor compreendida por comparações diretas:
- O condomínio abriga mais pessoas do que 5 vezes a população de Fernando de Noronha (PE).
- Sua área construída é quase o dobro da do Terminal Tietê (SP), a maior rodoviária da América Latina.
- Se fosse uma cidade independente, teria mais habitantes que municípios como Gramado (RS), Lençóis (BA) ou Bonito (MS), conhecidos destinos turísticos nacionais.
Enquanto no Brasil o maior condomínio residencial está na Zona Oeste de São Paulo, com cerca de 22 mil apartamentos, o Regent concentra menos unidades, mas com uma escala urbana ainda mais monumental.
A vida dentro do Regent
Viver no maior condomínio do mundo é como morar em uma cidade que nunca dorme. Os 30 mil moradores têm acesso a praticamente tudo sem precisar sair do prédio:
- Educação: há escolas de ensino básico para as crianças que moram no complexo.
- Comércio: supermercados, lojas de roupas, farmácias e até redes de fast food funcionam dentro da estrutura.
- Saúde: postos de atendimento básico e farmácias garantem acesso rápido a cuidados médicos.
- Lazer: academias, piscinas, praças internas e áreas de convivência oferecem qualidade de vida em meio à verticalização.
- Segurança: o condomínio possui sistemas modernos de monitoramento, portarias automatizadas e vigilância 24 horas.
Essa infraestrutura reforça a ideia de autossuficiência urbana, reduzindo a dependência dos moradores de serviços externos.
Impactos sociais e urbanísticos
Projetos como o Regent International Center levantam debates importantes sobre o futuro das cidades. Para os defensores, trata-se de uma solução inteligente diante da explosão populacional e do aumento no preço da terra.
Já para os críticos, viver em um ambiente tão densamente verticalizado pode gerar problemas sociais, psicológicos e até logísticos.
Ainda assim, o modelo está se tornando cada vez mais comum em metrópoles asiáticas. Em cidades onde o espaço é escasso e caro, o futuro pode estar em cidades verticais semelhantes ao Regent.
O futuro da habitação vertical
O Regent International Center é mais do que um prédio — é um laboratório urbano que mostra para onde o mundo pode caminhar. À medida que as cidades crescem e a população mundial ultrapassa os 8 bilhões de pessoas, soluções como essa podem se tornar inevitáveis.
Se hoje o Brasil se impressiona com condomínios gigantes em São Paulo e Goiânia, a China já testa o limite da verticalização urbana, transformando arranha-céus em verdadeiras metrópoles encapsuladas.
O Regent International Center não é apenas o maior condomínio residencial do mundo — é um símbolo das contradições da vida moderna. Um espaço onde 30 mil pessoas vivem, estudam, consomem e trabalham sem sair de dentro de um arranha-céu de 67 andares.
Com 1,6 milhão de m² de área construída, ele não é apenas um prédio: é uma cidade vertical, um experimento urbano que mostra tanto a engenhosidade quanto os desafios do futuro das metrópoles globais.