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Lula vira ‘amigo de Trump, se aproxima dos EUA e se torna o presidente mais popular da América do Sul

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 31/10/2025 às 15:07
Lula da Silva assume liderança em popularidade entre presidentes da América do Sul e aproxima-se dos EUA após encontro com Trump.
Lula da Silva assume liderança em popularidade entre presidentes da América do Sul e aproxima-se dos EUA após encontro com Trump.
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Lula retoma liderança na América do Sul e amplia visibilidade após encontro com Donald Trump durante viagem internacional. Pesquisa argentina mostra avanço do brasileiro em imagem positiva e reposicionamento diplomático entre os líderes regionais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o líder com maior imagem positiva da América do Sul em outubro, segundo levantamento da CB Consultora Opinión Pública, da Argentina.

O estudo aponta que o brasileiro alcançou 48,8% de imagem positiva e 49,3% de negativa, superando o resultado de setembro, quando aparecia em segundo lugar.

Lula retoma liderança e amplia visibilidade internacional

O levantamento foi divulgado no mesmo período em que Lula se reuniu com Donald Trump durante compromisso internacional em Kuala Lumpur, na Malásia.

O encontro foi registrado pelo fotógrafo oficial do Palácio do Planalto e teve grande repercussão nas redes sociais do presidente, de acordo com monitoramento da empresa Quaest.

Especialistas em comunicação política avaliam que a exposição internacional e o gesto diplomático com o ex-presidente norte-americano contribuíram para aumentar a visibilidade do governo brasileiro em plataformas digitais.

Após a reunião, Lula afirmou estar “otimista com as perspectivas comerciais” entre Brasil e Estados Unidos.

A Casa Branca classificou o diálogo como “produtivo”, sem anunciar medidas concretas sobre tarifas ou acordos bilaterais.

Milei sobe e se consolida na segunda posição

O presidente da Argentina, Javier Milei, registrou 45,9% de imagem positiva em outubro, o que representou um crescimento de 3,4 pontos percentuais em relação a setembro.

Com isso, passou da quinta para a segunda colocação no ranking elaborado pela consultoria argentina.

Segundo a CB Consultora, a variação positiva de Milei foi a mais expressiva entre todos os chefes de Estado avaliados no período.

O uruguaio Yamandú Orsi, no cargo desde março de 2025, caiu do primeiro para o terceiro lugar, com 45,5% de imagem positiva.

O presidente chileno Gabriel Boric manteve a quarta posição, com 43,4%, enquanto o equatoriano Daniel Noboa caiu para o quinto lugar, com 42,9%.

Metodologia da pesquisa CB Consultora

A CB Consultora Opinión Pública ouviu 11.568 pessoas com 18 anos ou mais em dez países da América do Sul.

As entrevistas foram realizadas pela internet entre 18 e 21 de outubro.

A amostra variou de 1.029 a 1.570 entrevistados por país, com margem de erro de até 3,1 pontos percentuais e nível de confiança de 95%, segundo a empresa responsável pelo estudo.

Maduro tem a maior queda do mês

Na parte inferior do ranking, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apresentou a maior queda entre os líderes avaliados, com retração de 5,2 pontos percentuais na imagem positiva.

De acordo com a CB Consultora, oscilações dessa magnitude costumam refletir mudanças no cenário político interno de cada país, mas a pesquisa não detalha as razões específicas da variação.

Fatores que explicam o desempenho de Lula, segundo analistas

Cientistas políticos consultados por veículos argentinos e brasileiros apontam que a melhora de Lula na pesquisa pode estar relacionada a três fatores principais: o aumento de visibilidade internacional, a agenda econômica doméstica e a reaproximação diplomática com os Estados Unidos.

Para o professor Emilio Taddei, da Universidade de Buenos Aires, o gesto de Lula em dialogar com Trump demonstra “um esforço de reposicionamento pragmático do Brasil” no cenário internacional.

Outros analistas observam que a imagem de estabilidade política e a retomada de pautas comerciais também podem ter contribuído para o avanço do presidente brasileiro no ranking.

Os especialistas ressaltam, no entanto, que pesquisas de imagem capturam percepções momentâneas e podem variar conforme o noticiário e o desempenho econômico.

Impacto do encontro com Trump e contexto regional

O encontro de Lula com Trump ocorreu em meio a tratativas entre Brasil e Estados Unidos sobre temas comerciais, incluindo tarifas e acessos de mercado.

Segundo fontes do governo brasileiro, o presidente entregou um documento com argumentos favoráveis à revisão de sobretaxas impostas a produtos nacionais.

A Casa Branca confirmou que os dois líderes se comprometeram a manter o diálogo aberto.

Diplomatas ouvidos pela imprensa afirmam que o gesto público entre Lula e Trump foi interpretado como um sinal de distensão nas relações bilaterais, após um período de pouca interlocução.

Na avaliação de pesquisadores da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Universidade de Brasília (UnB), esse tipo de movimento tende a reforçar a percepção de protagonismo do Brasil em debates regionais, o que pode influenciar a imagem do país no curto prazo.

Tendências na percepção pública e popularidade regional

Estudos de opinião mostram que as taxas de popularidade dos presidentes sul-americanos costumam variar rapidamente diante de fatores econômicos, decisões de governo e crises políticas internas.

De acordo com a CB Consultora, a disputa pela liderança no ranking regional tem se concentrado entre Lula, Orsi e Milei desde o início de 2025, com alternância entre as primeiras posições ao longo dos meses.

A consultoria observa que a popularidade de um governante pode ser afetada por eventos simbólicos e pela presença nas redes sociais, que amplificam a repercussão de agendas internacionais.

Nesse contexto, o encontro de Lula com Trump teria contribuído para elevar o interesse público sobre a atuação do presidente brasileiro no exterior.

Com a nova configuração do ranking, Lula aparece na liderança, Milei se consolida na vice-liderança e Orsi mantém presença no pódio.

A popularidade do presidente brasileiro se manterá estável nos próximos meses ou novos fatores poderão alterar o equilíbrio político regional?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas e também editor do portal CPG. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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