Governo de Lula sinaliza novas parcerias e rebate ameaças de tarifas adicionais de Trump
Equipe econômica liderada por Fernando Haddad confirma negociações com os Estados Unidos. O governo reforça compromisso com frentes comerciais e alianças diversificadas para a economia brasileira. Atualmente, conforme declarado por Fernando Haddad, ministro da Fazenda, na manhã de 8 de julho de 2025, uma equipe técnica do governo negocia acordo bilateral com os Estados Unidos.
Embora o tema tenha ganhado força após declarações de Donald Trump, ex-presidente norte-americano, sobre possíveis tarifas adicionais para países alinhados ao BRICS, Haddad esclareceu que o Brasil mantém diálogo aberto.
Segundo o ministro, “há uma equipe do presidente Lula sentada com o governo americano para tratar do nosso acordo bilateral”.
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Haddad ressaltou que, para além do BRICS, o Brasil busca reforçar vínculos com parceiros estratégicos ao redor do mundo.
Trump pressiona, mas governo brasileiro reage
Enquanto isso, a fala de Donald Trump, publicada em sua rede social Truth Social, em 5 de julho de 2025, reforçou ameaça de acréscimo de 10% em tarifas.
Essas tarifas seriam para países considerados antiamericanos. Contudo, o presidente Lula rebateu a ameaça ao afirmar que o mundo não quer um “imperador”.
Ele destacou que o líder norte-americano não deve “dar palpite” em políticas internas de outros países.
Além disso, o vice-presidente Geraldo Alckmin, em resposta dada em coletiva no mesmo dia, adotou tom conciliador.
Ele enfatizou que “os EUA só têm a ganhar com o Brasil”. Para ele, ampliar o diálogo é fundamental.
Ampliar o diálogo é essencial para expandir o comércio exterior de forma recíproca e equilibrada.
Parcerias globais seguem na pauta econômica
Embora a pressão norte-americana tenha elevado o tom do debate público, Fernando Haddad destacou que o Brasil trabalha para fechar acordos com a União Europeia.
Também negocia com países do Oriente Médio e com nações que não integram o BRICS. Isso evidencia que a diversificação de parcerias é essencial para o crescimento sustentável da economia nacional.
Haddad afirmou que “toda vez que se favorece um grupo econômico isolado, outra parte da economia pode sair prejudicada”.
Por isso, o Brasil, segundo ele, “não pode prescindir de novas parcerias comerciais”. Assim, o país aposta em uma diplomacia multilateral para fortalecer setores produtivos.
IOF volta a ser tema de conciliação
Outro ponto sensível abordado por Haddad nesta segunda-feira, 8 de julho de 2025, foi a chamada “novela” envolvendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Segundo o ministro, a arrecadação, mesmo com o impasse, “veio bem”. Contudo, o governo segue em busca de alternativas para atingir a meta fiscal de 2025.
Na última sexta-feira, 4 de julho de 2025, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu decretos do Executivo e do Legislativo relacionados ao IOF.
Para tentar avançar, Moraes convocou uma audiência de conciliação marcada para 15 de julho de 2025.
Essa reunião contará com representantes do Palácio do Planalto, Senado Federal, Câmara dos Deputados e Procuradoria-Geral da República (PGR).
Expectativas para próximos passos
Mesmo diante das ameaças norte-americanas e das críticas do ex-presidente Trump, o governo Lula se mostra disposto a preservar a credibilidade do Brasil no cenário internacional.
A equipe econômica segue mobilizada para garantir que a balança comercial se mantenha diversificada e estável.
Enquanto isso, os trâmites internos, como o debate sobre o IOF, caminham sob supervisão jurídica.
Nesse contexto, a combinação de acordos bilaterais, respostas firmes às pressões externas e diálogo constante com o setor produtivo é essencial.
Essas medidas buscam blindar a economia brasileira contra oscilações geopolíticas. Assim, fortalecem a posição do país no comércio global.