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Lula defende exploração de petróleo na Margem Equatorial e investimentos em combustíveis renováveis

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 13/09/2023 às 18:10
Em entrevista após a cúpula do G20, o presidente Lula defendeu enfaticamente o direito do Brasil de explorar petróleo na Margem Equatorial. Ele ainda destacou a necessidade dos investimentos em combustíveis renováveis.
Foto: Ricardo Stuckert

Em entrevista após a cúpula do G20, o presidente Lula defendeu enfaticamente o direito do Brasil de explorar petróleo na Margem Equatorial. Ele ainda destacou a necessidade dos investimentos em combustíveis renováveis.

Em uma entrevista após a cúpula do G20, no último domingo, (10/09), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o direito do Brasil quanto à exploração de petróleo na Margem Equatorial, ressaltando sua soberania, apesar de contradições com sua defesa internacional da redução de combustíveis fósseis. Ele também promoveu o uso de combustíveis renováveis e celebrou o papel do Brasil na mediação das discussões globais, enquanto abordava a guerra na Ucrânia e a necessidade de negociações diretas entre Rússia e Ucrânia.

Veja: Lula defende que Brasil possa pesquisar petróleo na Margem Equatorial

Fonte: Jovem Pan News

Presidente Lula reforça posicionamento sobre a exploração da de petróleo na Margem Equatorial

Em uma entrevista coletiva após o encerramento da cúpula do G20, o presidente Lula fez declarações contundentes abordando questões cruciais relacionadas à exploração de petróleo e ao uso de combustíveis renováveis no Brasil.

Lula defendeu veementemente o direito do Brasil de pesquisar e explorar petróleo e gás na região da Margem Equatorial, situada no extremo norte do país.

Ele enfatizou que essa é uma questão de interesse soberano e, caso se descubram riquezas significativas, a decisão de explorá-las caberá ao Estado brasileiro.

Essa afirmação de Lula contrasta com sua postura em foros internacionais, onde ele prega a redução do uso de combustíveis fósseis e o investimento em fontes renováveis de energia, destacando a necessidade de combater as mudanças climáticas.

A exploração na Margem Equatorial é objeto de disputas fervorosas entre os setores ambiental e energético do governo.

Enquanto a bacia da Foz do Amazonas é vista como uma possível solução para a renovação das reservas brasileiras, a questão enfrenta forte resistência por parte do Ministério do Meio Ambiente, liderado pela Ministra Marina Silva, uma das principais críticas da possibilidade de exploração de petróleo na região.

Em paralelo ao tema, Lula também promoveu o uso de combustíveis renováveis como uma medida eficaz para combater as mudanças climáticas, apesar de sua defesa da exploração de petróleo na Margem Equatorial.

Ele celebrou o lançamento da Aliança Global de Biocombustíveis, liderada pelo Brasil, Índia e Estados Unidos, e ressaltou a importância dos biocombustíveis na redução das emissões de poluentes e derivados de petróleo.

Lula destaca papel do Brasil no cenário geopolítico e energético mundial

Após destacar o uso de combustíveis renováveis no cenário global atual, Lula comemorou o sucesso do G20 em emitir um comunicado conjunto, mesmo diante das divergências em relação à guerra na Ucrânia.

Ele destacou o papel ativo do Brasil na mediação do documento e ressaltou a importância do país nas discussões políticas internacionais.

O presidente também abordou a questão da guerra na Ucrânia e a diferença de abordagem entre o Brasil e outros países.

Enquanto o governo brasileiro defende negociações diretas entre Rússia e Ucrânia, europeus e americanos insistem em precondições antes do início das conversações.

Lula finalizou a entrevista destacando o papel central do Brasil na geopolítica internacional e a crescente necessidade do país nas discussões políticas globais.

Ele enfatizou a importância da diplomacia brasileira nesse contexto e sua missão bem-sucedida de recolocar o país no cenário geopolítico mundial.

Assim, a entrevista de Lula após o G20 reflete a complexidade das políticas energéticas e ambientais do Brasil, destacando a importância de um debate equilibrado sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial e o compromisso com fontes renováveis para enfrentar as mudanças climáticas em um mundo que busca pela cooperação internacional.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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