Pacote de financiamentos do Novo PAC prevê 100 ônibus elétricos, 64 km de faixas exclusivas, 66 km de ciclovias e obras de drenagem para beneficiar 65 mil moradores em Belo Horizonte.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou nesta terça-feira (16), no Palácio do Planalto, contratos de financiamento que somam R$ 770 milhões para obras de mobilidade urbana e drenagem em Belo Horizonte. O encontro contou com a presença do prefeito Álvaro Damião, de ministros e de representantes do governo federal. Segundo Lula, os projetos integram o Novo PAC, programa que concentra investimentos em infraestrutura em todo o Brasil.
Frota elétrica: um marco para a capital mineira
Um dos contratos prevê a aquisição de 100 ônibus elétricos, além da instalação de 50 carregadores e a adaptação de garagens. O investimento de R$ 317 milhões, financiado pelo Fundo Clima – BNDES, marca a primeira vez que o PAC financia a renovação de frotas com foco em sustentabilidade.
Durante a cerimônia, Lula também assinou a portaria para a compra de 20 ônibus adicionais, avaliados em R$ 15,4 milhões.
O presidente destacou a importância do transporte limpo para uma cidade com 2,5 milhões de habitantes e uma ampla região metropolitana:
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“Nós estamos atendendo a uma das principais necessidades de Belo Horizonte, levando em conta não só a capital, mas os impactos na mobilidade das cidades vizinhas.”
Mobilidade urbana com faixas e ciclovias
Outro contrato, no valor de R$ 139,5 milhões, prevê a implantação de 64,3 km de faixas exclusivas para ônibus e 66,8 km de ciclovias, além da instalação de cinco bicicletários e 800 paraciclos.
A medida deve favorecer tanto o transporte coletivo quanto o incentivo à mobilidade ativa, ampliando as opções de deslocamento para os moradores.
O terceiro contrato trata das obras de drenagem no Ribeirão do Onça, que irão beneficiar mais de 65 mil moradores em áreas vulneráveis. Com investimentos de R$ 313,5 milhões, a intervenção busca reduzir alagamentos e melhorar a infraestrutura de saneamento em regiões afetadas por enchentes.
Um PAC republicano
Lula aproveitou a cerimônia para defender o caráter republicano do Novo PAC:
“A gente não faz distinção de que partido pertence o prefeito ou governador. Isso é o que menos nos interessa. O que importa é saber se o projeto é viável, sério e de interesse social.”
O ministro das Cidades, Jader Filho, reforçou que as obras irão transformar a qualidade de vida na capital mineira:
“É a primeira vez que o PAC estimula a renovação de frotas. Temos geração de emprego na indústria da metalurgia e compromisso com o meio ambiente.”
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, destacou o impacto na vida cotidiana, especialmente para mulheres que enfrentam longos deslocamentos diários:
“Diminuir horas no trânsito significa aumentar horas de convivência com a família. Mobilidade também é um direito humano.”
O olhar de Belo Horizonte
O prefeito Álvaro Damião agradeceu ao governo federal pelos investimentos e ressaltou os benefícios sociais do transporte público:
“Quando investimos em ônibus elétricos e mobilidade, estamos investindo naquela senhora simples que precisa chegar em casa mais rápido para ter tempo com a família.”
Expansão do metrô e novos investimentos
Durante o encontro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, lembrou de outro projeto estratégico: a expansão do metrô de Belo Horizonte até Contagem, com R$ 1 bilhão em investimentos.
O projeto prevê a implantação de 3,6 km de trilhos e duas novas estações — Parque São João e Beatriz — a partir da Estação Novo Eldorado.
Além disso, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que o PAC já destinou R$ 137 bilhões para Minas Gerais em áreas como segurança, educação, cultura, sustentabilidade e infraestrutura.
Um passo para o futuro de BH
Com a soma dos contratos e projetos, Belo Horizonte se torna protagonista de uma agenda que une sustentabilidade, mobilidade moderna e inclusão social.
Os investimentos em ônibus elétricos, ciclovias, drenagem e metrô refletem a tentativa de alinhar a capital mineira às cidades inteligentes do futuro, reduzindo desigualdades e melhorando a qualidade de vida da população.