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Linha 17-Ouro finalmente se mexe em São Paulo depois de 15 anos parada, trens chineses já nos trilhos e promessa de entrega real em 2026

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 30/10/2025 às 18:39
A linha 17-Ouro em São Paulo volta aos trilhos com trens chineses da BYD em testes e renova a aposta no monotrilho como solução de mobilidade urbana.
A linha 17-Ouro em São Paulo volta aos trilhos com trens chineses da BYD em testes e renova a aposta no monotrilho como solução de mobilidade urbana. IMAGEM: ALAMEDA
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Após 15 anos de paralisações, a linha 17-Ouro retoma os trilhos com trens chineses em testes e promessa real de operação em 2026

Depois de mais de uma década de promessas quebradas, a linha 17-Ouro finalmente dá sinais concretos de vida. Projetada para ligar o aeroporto de Congonhas à rede metroviária paulistana, a obra simbolizou o atraso e a ineficiência da mobilidade urbana na capital. Agora, com 83% de avanço físico e trens chineses já em testes, o cenário se transforma em expectativa real de entrega.

O projeto, anunciado para a Copa de 2014, passou por falências, disputas judiciais e reformulações completas. O que seria uma linha de 20 km virou um trecho de 7,7 km com oito estações, entre Morumbi e Congonhas. Em 2025, o primeiro monotrilho fabricado pela chinesa BYD rodou nos trilhos do pátio Água Espraiada, marcando o início dos testes dinâmicos.

Um fantasma que voltou a se mover

Durante anos, as estruturas suspensas da linha 17-Ouro pareciam ruínas urbanas. O projeto virou meme e sinônimo de fracasso.

A reviravolta começou em 2021, com a assinatura de uma parceria público-privada entre o governo estadual e o consórcio Monotrilho Ouro, liderado pela Coesa Engenharia.

A multinacional BYD assumiu o fornecimento dos trens e do sistema automatizado, inaugurando uma nova fase técnica.

Em março de 2025, o primeiro trem percorreu um trecho de 4,5 km, alcançando 15 km/h nos testes noturnos.

Segundo o governo, o pátio de manutenção e controle está praticamente concluído, e os sistemas de energia e sinalização passam por calibrações finais.

Os trilhos agora estão energizados e as estações, em fase de acabamento.

Desafios técnicos e credibilidade em jogo

Apesar do avanço, os desafios são grandes.

A linha 17-Ouro será totalmente automatizada, sem condutor, exigindo alto nível de segurança cibernética e precisão nos sistemas de controle.

Qualquer falha pode comprometer o credenciamento junto à ANTT. Além disso, a integração com as linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda requer compatibilidade total entre tecnologias.

Até o momento, cinco trens chegaram ao Brasil, mas a operação comercial exige 14 composições.

As próximas entregas estão previstas para o segundo semestre de 2025, em lotes escalonados.

A complexidade logística e o histórico de atrasos reforçam a cautela.

A credibilidade institucional é outro obstáculo: o público só acreditará no projeto quando o monotrilho começar a transportar passageiros.

Um símbolo de reabilitação urbana

O renascimento da linha 17-Ouro vai além da mobilidade.

Ele representa a chance de reconstruir a confiança na engenharia pública paulista e de mostrar que obras paradas podem ser retomadas com planejamento.

O governo mantém o cronograma de inauguração para o primeiro semestre de 2026, ligando Congonhas ao Morumbi em menos de 15 minutos.

Se entregue dentro do prazo, a linha poderá marcar uma virada histórica para o transporte sobre trilhos no Brasil, com potencial para inspirar novas PPPs e consolidar o uso do monotrilho em grandes centros urbanos.

A cidade que antes zombava do “metrô fantasma” agora assiste, com ceticismo e esperança, ao retorno do projeto.

E você, acredita que a linha 17-Ouro finalmente será entregue dentro do prazo ou ainda desconfia das promessas de 2026?

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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