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Lenda das picapes: F-250 Super Duty Turbo Diesel 1999, conservada como relíquia, brilha como nova e está à venda por R$ 375 mil

Publicado em 05/05/2025 às 16:16
Ford F-250, Super Duty, Ford, F-250
Créditos: Reprodução/ Collectors Veículos
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Lançada para rivalizar com a Silverado, a Ford F-250 marcou época no Brasil com sua força, versões especiais e durabilidade; raridade de 1999 à venda revela paixão de colecionadores

Lançada no Brasil em 1998, a Ford F-250 chegou com uma missão clara: enfrentar a Chevrolet Silverado na disputa pelo segmento de picapes grandes. Mais moderna que a F-1000, sua antecessora, ela impressionava com cabine espaçosa e maior capacidade de carga. A caçamba, por exemplo, oferecia 1.832 litros, superando em 752 litros o modelo anterior.

A caminhonete foi disponibilizada em três versões: XL, XLT e Super Duty. Esta última, mais voltada ao uso profissional, acabou se tornando uma raridade.

Uma unidade Turbo Diesel 1999 com somente 167 km rodados chama a atenção por seu excelente estado de conservação.

O modelo passou por três donos em 26 anos. O primeiro manteve o veículo guardado por décadas em uma chácara na região metropolitana de Curitiba. O carinho era tanto que ele passava os finais de semana somente admirando a picape.

Versão Super Duty e simplicidade original

A versão Super Duty se destaca por sua simplicidade. Mesmo sem ar-condicionado, vidros elétricos ou airbag, chama a atenção pela robustez. O acabamento interno é básico, com assoalho de borracha em vez do carpete tradicional.

Mas a qualidade dos materiais, como os plásticos bem encaixados e sem rebarbas, é notável. A instrumentação do painel é completa e de fácil leitura.

A picape citada está à venda por R$ 375 mil na loja Collectors Veículos. Seu valor reflete não só o excelente estado de conservação, mas também sua raridade no mercado atual.

Cabine dupla e exigência de CNH especial

A partir de 2003, a F-250 passou a contar com a opção de cabine dupla, recurso inédito na concorrente Silverado. Essa configuração ampliou o apelo da caminhonete para além do transporte de carga, tornando-a mais atraente para famílias.

Com quase um metro a mais de comprimento, a picape atingia 6.243 mm. Para conduzi-la, era necessário possuir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria C. A exigência era motivada pelo Peso Bruto Total (PBT), que ultrapassava as 3,5 toneladas quando somada a carga e o veículo.

A força da picape vinha do motor MWM Sprint Turbo Diesel. Com seis cilindros em linha e 4,2 litros, entregava 180 cv de potência e 51 kgfm de torque, já disponíveis a 1.600 rpm. O câmbio era manual, com cinco marchas.

Chegada da tração 4×4 para uso rural

Em 2006, a Ford apresentou a linha 2007 com uma novidade importante: a tração 4×4. Essa atualização atendia à demanda de fazendeiros e produtores rurais, que buscavam mais capacidade de enfrentamento de terrenos difíceis.

O novo sistema de tração podia ser acionado em velocidades de até 80 km/h. O seletor giratório oferecia três modos: 2WD (tração traseira), 4×4 HIGH (para altas velocidades) e 4×4 LOW (para terrenos mais acidentados).

Com motor MaxPower de 3,9 litros, 203 cv e torque de 56 kgfm a 1.500 rpm, a caminhonete se tornava ainda mais robusta. Sua capacidade de carga era de 1.150 kg, com força de tração de até 5.500 kg.

Fim da produção após 13 anos no Brasil

Mesmo com seu sucesso, a produção da F-250 foi encerrada no Brasil em 2011. A Ford decidiu concentrar esforços na nova Ranger e também enfrentou dificuldades para adequar a F-250 às normas ambientais.

A chegada do diesel S50, com menor teor de enxofre, e o novo Proconve P7 tornaram inviáveis novos investimentos no modelo fabricado em São Bernardo do Campo (SP).

Assim, depois de 13 anos de mercado, a F-250 se despediu dos brasileiros. Sua trajetória, no entanto, continua marcada na memória dos fãs da marca e dos apaixonados por picapes grandes.

Modelos especiais da F-250

Além das versões convencionais, a F-250 também ganhou variações curiosas produzidas pela empresa Tropical Cabines, do Paraná. Entre elas, a Tropiclassic, uma espécie de sedã baseada na picape, e a Tropicampo, uma cabine dupla com chassi normal ou alongado.

Outro destaque foi a Tropivan, uma station wagon com interior luxuoso e capacidade para até oito ocupantes. Essas versões mostravam a versatilidade do projeto e ampliavam ainda mais a presença da F-250 em diferentes públicos.

Mesmo fora de linha, a F-250 ainda é lembrada como símbolo de força e durabilidade. Seu legado segue vivo nas estradas, fazendas e memórias de quem teve a chance de dirigi-la.

Com informações de Autoo.

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Romário Pereira de Carvalho

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