Jovem de Santa Catarina cria geladeira movida a energia solar para suprir as necessidades das famílias de baixa renda da África que não possuem acesso à rede de energia elétrica.
Um jovem morador de Joinville, em Santa Catarina, criou uma geladeira movida a energia solar, que já está sendo disponibilizada em um modelo pré-pago por assinatura, tornando viável o acesso de geladeiras para várias famílias africanas. Por mais difícil que pareça, possuir uma geladeira para manter os alimentos frescos ou possuir água gelada ainda é uma realidade distante para diversas pessoas do mundo e um exemplo disso, são as populações que vivem em regiões mais isoladas e sem acesso à energia elétrica, como é o caso de algumas comunidades da África Subsaariana.
Entenda como surgiu a ideia da geladeira movida a energia solar
O brasileiro André Morriesen, morador de Santa Catarina, conheceu o cenário africano de perto quando visitou o Quênia, país no leste do continente africano. Após a viagem, Morriesen decidiu criar um projeto que pudesse contribuir com que essas comunidades tivessem acesso à comida e à qualidade de vida melhores através da criação de refrigeradores abastecidos através da energia solar.
Sendo assim, o eletrodoméstico pode funcionar sem a necessidade da rede de energia elétrica. A pesquisa para que o projeto fosse elaborado, recebeu o nome de Youmma e teve início em 2016, com entrevistas em campo, validação de mercado e construção de protótipos. A Nidec Global Appliance, sediada em Joinville, Santa Catarina, é a empresa responsável pelo avanço e fabricação da geladeira movida a energia solar.
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A empresa já deu início ao projeto-piloto com cerca de 1.500 unidades da geladeira Nilo 100. Cada unidade tem capacidade de 100 litros e foram instaladas na Uganda e no Quênia. A instalação foi feita por meio de um modelo pré-pago por assinatura disponibilizado pela empresa M-KOPA.
Contribuição da geladeira movida a energia solar para as famílias africanas
O produto desenvolvido pela empresa de Santa Catarina contribui com a redução do desperdício de alimentos e ajuda com o armazenamento de medicamentos com segurança, permitindo com que lojas consigam manter os produtos frescos por mais tempo.
Além disso, as famílias de baixa renda africanas, conseguem economizar e melhorar alguns pontos da qualidade de vida, como a redução do tempo de idas ao mercado.
De acordo com o morador de Santa Catarina, André Morriesen ao jornal O Município Joinville, a quantia que será economizada com o uso da geladeira movida a energia solar pode mudar a vida de várias pessoas da região, onde a renda média por dia é de aproximadamente 2 US$ per capita ou cerca de 10 US$ por família. De acordo com o catarinense, durante o projeto-piloto, diversas famílias que participaram, relataram uma média de 50% de economia na renda familiar.
Saiba como funciona o dispositivo
Para que a geladeira funcione, é necessária a instalação de um painel solar no telhado das casas. O funcionamento do compressor é ativado através de um sistema de crédito pago através de SMS, que fica disponível por 24 horas.
Os clientes podem negociar as formas de pagamento e após um período de tempo estipulado, os usuários passam a ser proprietários da geladeira, sendo descartada a necessidade de fazer depósitos para que ela funcione.
A energia solar que é gerada pelo painel permite que o refrigerador funcione por até 36 horas sem a luz do sol. De acordo com Morriesen, além do Quênia e Uganda, o projeto também será instalado na Nigéria, Senegal, Tanzânia e Costa do Marfim.