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Japão quer cortar trajeto de 1 hora para 15 minutos com 100 táxis aéreos elétricos sobrevoando Tóquio até 2027

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 07/08/2025 às 11:52
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ANA e startup americana Joby Aviation anunciam serviço com aeronaves eVTOL entre aeroportos e o centro de Tóquio

O Japão pode se tornar o primeiro país do mundo a lançar um serviço regular de táxi aéreo elétrico. A companhia aérea ANA anunciou uma joint venture com a americana Joby Aviation para iniciar operações comerciais com aeronaves eVTOL (decolagem e pouso vertical) já em 2027. O plano prevê mais de 100 unidades da aeronave circulando entre os aeroportos de Narita e Haneda e o centro de Tóquio, reduzindo trajetos que hoje duram mais de uma hora para apenas 15 minutos.

A aeronave será capaz de transportar um piloto e quatro passageiros, com velocidade máxima de 320 km/h e zero emissões operacionais, segundo nota oficial citada pela AFP. A estreia pública do projeto está marcada para a Expo de Osaka, em outubro, onde a Joby Aviation fará uma demonstração de voo da tecnologia.

Quem está por trás do projeto?

A iniciativa é liderada pela ANA (All Nippon Airways), maior companhia aérea do Japão, e a Joby Aviation, startup californiana especializada em mobilidade aérea elétrica. A parceria prevê não apenas a operação de aeronaves, mas a criação de infraestrutura de voos urbanos, como helipontos, hubs de recarga e integração com transportes públicos.

A aeronave da Joby já passou por testes bem-sucedidos nos Emirados Árabes Unidos e foi certificada nos Estados Unidos para voos de demonstração. Segundo o CEO da empresa, JoeBen Bevirt, o Japão é um “cenário ideal para redefinir o futuro da mobilidade aérea”, por combinar inovação tecnológica, tradição e densidade urbana.

Onde o serviço será implementado primeiro?

A primeira rota será entre Narita, Haneda e o centro de Tóquio, locais de grande fluxo de passageiros. Atualmente, esse deslocamento leva em média uma hora de trem ou carro — mas com o táxi aéreo elétrico, o tempo cairá para 15 minutos.

Em fases futuras, a ANA pretende ampliar os destinos para outras cidades e centros comerciais, criando um ecossistema de mobilidade aérea urbana (UAM). Ainda não foram divulgados os preços, mas a empresa afirma que pretende tornar o serviço acessível para o público geral, e não apenas para executivos.

Por que o táxi aéreo elétrico promete revolucionar o transporte?

A aeronave eVTOL da Joby combina a verticalidade de um helicóptero com a velocidade e estabilidade de um avião, sem emissão de poluentes e com ruído reduzido. Isso a torna ideal para operação em áreas urbanas densas, como Tóquio, onde o espaço para pistas é limitado e os níveis de poluição e barulho são críticos.

Outro diferencial é a autonomia: os modelos em desenvolvimento terão capacidade para operar de forma contínua por até 160 km por carga, com recarga rápida entre voos.

Quais os riscos e obstáculos para o projeto?

Apesar do entusiasmo, o mercado de táxi aéreo elétrico enfrenta incertezas. A concorrente Volocopter, que planejava estrear em Paris nas Olimpíadas de 2024, entrou com pedido de insolvência em dezembro. Outras empresas, como a Lilium, também enfrentaram dificuldades com certificações e investimentos.

A ANA e a Joby apostam em uma abordagem mais cautelosa, com foco em infraestrutura sólida, apoio regulatório e operação segura. O governo japonês está apoiando a mobilidade aérea urbana como parte de sua estratégia de inovação tecnológica e sustentabilidade.

Você acredita que o táxi aéreo elétrico vai virar realidade nas grandes cidades? Pagaria por um voo de 15 minutos em vez de enfrentar horas no trânsito? Deixe sua opinião nos comentários — queremos saber como você vê o futuro da mobilidade.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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