A cidade de Jaborandi, em São Paulo, lança a Jaborandi Power, primeira empresa pública de energia solar do Brasil, com expectativa de economizar R$ 700 mil por ano e impulsionar a formação técnica de jovens.
O município de Jaborandi (SP), na região de Barretos, se tornou referência nacional ao criar a primeira empresa pública de energia solar do Brasil, conforme noticiado nesta terça, 30. Batizada de Jaborandi Power, a iniciativa surge como marco para o setor de energias renováveis e reforça a aposta em sustentabilidade aliada à economia para os cofres públicos.
A legislação que dá sustentação ao projeto está no artigo 75, inciso IX, da Lei nº 14.133/2021, permitindo que a empresa seja contratada diretamente por órgãos públicos por meio de dispensa de licitação. Esse modelo jurídico abre caminho para uma gestão mais ágil e eficiente.
Estrutura da Jaborandi Power e seus objetivos
O projeto, idealizado e planejado pelo prefeito Silvio Vaz de Almeida, resultou na criação do Centro Tecnológico Jaborandi Power. O espaço tem como missão principal gerar energia limpa e sustentável, mas também carrega uma proposta de transformação social.
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O centro contará com um programa de capacitação técnica voltado para jovens da região, oferecendo cursos na área de tecnologia fotovoltaica. A expectativa é que essa formação ajude a preparar mão de obra qualificada para um setor em franca expansão no Brasil.
Primeiras instalações e impacto econômico
Na prática, a Jaborandi Power já começou a funcionar. A primeira etapa incluiu a instalação de painéis solares em três pontos estratégicos da cidade: o Hospital Municipal, o Recinto de Eventos e a Escola Olinto.
O investimento inicial foi de R$ 900 mil, com recursos próprios da prefeitura. A economia prevista chega a R$ 700 mil por ano em despesas com energia elétrica. Esse valor poderá ser reinvestido em saúde, educação e em novos projetos para a população local.
Além do benefício financeiro, a criação da Jaborandi Power coloca o município no centro das discussões sobre energia solar e inovação pública. O projeto combina preservação ambiental, geração de renda e inclusão social, reforçando o papel das cidades de pequeno porte na construção de um futuro energético mais sustentável.