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IPVA para carros híbridos e elétricos: confira as regras de isenção do benefício em 2025 para diferentes estados brasileiros

Escrito por Rannyson Moura
Publicado em 12/09/2025 às 08:13
A isenção de IPVA para carros híbridos e elétricos em 2025 varia entre os estados brasileiros. Enquanto alguns oferecem desconto parcial, outros garantem isenção total do imposto para estimular a eletrificação da frota. Fonte: Quatro Rodas/Canva
A isenção de IPVA para carros híbridos e elétricos em 2025 varia entre os estados brasileiros. Enquanto alguns oferecem desconto parcial, outros garantem isenção total do imposto para estimular a eletrificação da frota. Fonte: Quatro Rodas/Canva
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A isenção de IPVA para carros híbridos e elétricos em 2025 varia entre os estados brasileiros. Enquanto alguns oferecem desconto parcial, outros garantem isenção total do imposto para estimular a eletrificação da frota.

O mercado de carros híbridos e elétricos vem ganhando espaço no Brasil, impulsionado não apenas pelo interesse dos consumidores em veículos mais sustentáveis, mas também por políticas de incentivo tributário. Entre elas, destaca-se a isenção de IPVA para carros híbridos e elétricos, medida que reduz o custo de propriedade e pode influenciar diretamente a decisão de compra, conforme noticiado nesta quinta-feira, 11 de setembro.

Contudo, o benefício não é uniforme em todo o país. Cada estado possui regras próprias e legislações específicas. Em alguns locais, há isenção total, enquanto em outros os motoristas recebem apenas descontos parciais. Já em certas regiões, não há qualquer vantagem em relação aos veículos a combustão.

Estados que oferecem isenção total de IPVA

Entre os exemplos mais atrativos para proprietários de veículos eletrificados estão os estados que concedem isenção completa do imposto.

  • Alagoas: concede isenção no primeiro ano. A partir do segundo, os elétricos passam a pagar alíquota de 0,5% e, no terceiro ano, 1%. Já os híbridos começam com 0,75% e dobram no ano seguinte.
  • Amapá: garante isenção integral até 2026 por lei estadual.
  • Distrito Federal: oferece isenção total e sem restrições, contemplando todos os modelos de híbridos e elétricos.
  • Minas Gerais: o benefício é restrito a veículos produzidos no estado. Atualmente, abrange apenas híbridos-leves da Fiat, como Pulse e Fastback.
  • Pernambuco: aplica a isenção apenas para carros 100% elétricos.
  • Rio Grande do Sul: concede a vantagem para elétricos desde 1996.
  • São Paulo: possui uma regra bastante específica. Apenas os híbridos flex podem ser contemplados, desde que cumpram critérios técnicos: motor elétrico com potência mínima de 54 cv (40 kW) e sistema de tensão de pelo menos 150 volts. Na prática, somente o Toyota Corolla e o Corolla Cross se enquadram. Os carros totalmente elétricos não são beneficiados no estado. Porém, na capital paulista, tanto híbridos quanto elétricos são isentos do rodízio municipal. Além disso, a prefeitura oferece restituição de 50% do valor do IPVA pago para elétricos.

Estados que optaram por descontos parciais

Em outras regiões, a regra é menos generosa, mas ainda assim representa uma economia para quem aposta em veículos eletrificados.

  • Amazonas: concede desconto de 1 ponto percentual. Elétricos pagam 3% de IPVA, enquanto os carros a combustão arcam com 4%.
  • Bahia: oferece isenção apenas para elétricos cujo valor não ultrapasse R$ 300 mil. Híbridos ficam de fora.
  • Maranhão: elétricos comprados dentro do estado são isentos. Já os híbridos pagam alíquota de 2,5%.
  • Mato Grosso do Sul: concede desconto de 70% tanto para híbridos quanto para elétricos.
  • Piauí: define que elétricos paguem 1% do valor venal. Não há benefício para híbridos.
  • Rio de Janeiro: os elétricos pagam 1% e os híbridos 1,5%, frente aos 4% aplicados aos carros convencionais.

Situações específicas e projetos em andamento

Além dos estados que já possuem políticas consolidadas, alguns casos chamam atenção pela particularidade ou pelo caráter experimental das medidas.

  • Paraná: surpreendeu ao restringir a isenção apenas a veículos movidos a hidrogênio. Como essa tecnologia ainda não é comercializada em escala no Brasil, a medida, na prática, não tem aplicação imediata.
  • Tocantins: discute um projeto de lei que pode garantir isenção para elétricos comprados até 2026.

Estados sem qualquer benefício para carros híbridos e elétricos

Apesar da expansão do mercado, ainda existem unidades da federação que não oferecem vantagens fiscais para quem escolhe veículos eletrificados. É o caso de Acre, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe. Nestes estados, os carros híbridos e elétricos são tributados da mesma forma que os veículos a combustão.

Mudanças entre 2024 e 2025

A comparação entre os dois anos revela avanços importantes. Em 2025, estados como Amapá, Bahia, Amazonas, Piauí e Tocantins passaram a oferecer algum tipo de benefício, ampliando o mapa de incentivos. Em contrapartida, no Rio de Janeiro, a alíquota dos elétricos aumentou de 0,5% para 1%, o que reduziu a vantagem para os consumidores.

Em São Paulo, a mudança mais relevante foi a inclusão dos híbridos flex dentro de critérios técnicos específicos, enquanto a prefeitura manteve a devolução de 50% do IPVA para elétricos. Minas Gerais também expandiu o alcance da isenção, que antes era apenas para elétricos fabricados localmente e agora abrange híbridos-leves da Fiat.

O que se observa é uma grande disparidade entre os estados. Enquanto algumas regiões oferecem isenção integral como estratégia para acelerar a adoção da mobilidade elétrica, outras sequer apresentam planos nesse sentido. Essa ausência de padronização reflete a falta de uma política nacional robusta que incentive de forma homogênea os carros híbridos e elétricos.

Essa diferença impacta não apenas os motoristas, mas também o mercado automotivo. A localização geográfica pode definir se um consumidor terá ou não vantagem fiscal, o que influencia a distribuição de vendas no território brasileiro.

Reflexo direto no bolso do consumidor

Para os motoristas, a isenção do IPVA pode representar economia significativa. Em estados como o Distrito Federal e o Amapá, por exemplo, o benefício é integral. Já em locais como o Mato Grosso do Sul, onde o desconto chega a 70%, a redução é expressiva e pode estimular a compra de veículos híbridos e elétricos.

No entanto, em estados que não oferecem incentivo, o preço final pode se tornar um impeditivo para muitos consumidores. O valor do IPVA, geralmente calculado com base no preço venal do veículo, costuma ser mais alto nos eletrificados, já que esses modelos têm custo de aquisição superior em comparação aos carros tradicionais.

O avanço da eletrificação no Brasil depende não apenas do interesse das montadoras e da oferta de modelos acessíveis, mas também de políticas públicas consistentes. A falta de uma regra unificada para o IPVA de carros híbridos e elétricos evidencia que a transição energética ainda carece de maior articulação em âmbito nacional.

Enquanto alguns estados lideram com políticas agressivas de incentivo, outros permanecem parados, o que cria um cenário de desigualdade. Nesse contexto, a decisão de compra do consumidor pode estar mais relacionada ao CEP do que ao desejo de contribuir para a redução de emissões.

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Rannyson Moura

Graduado em Publicidade e Propaganda pela UERN; mestre em Comunicação Social pela UFMG e doutorando em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG. Atua como redator freelancer desde 2019, com textos publicados em sites como Baixaki, MinhaSérie e Letras.mus.br. Academicamente, tem trabalhos publicados em livros e apresentados em eventos da área. Entre os temas de pesquisa, destaca-se o interesse pelo mercado editorial a partir de um olhar que considera diferentes marcadores sociais.

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