Empresas e governos se mobilizam para entender como IA pode extinguir vagas, transformar funções e desafiar profissionais em vários setores
Desde 2023, enquanto novas tecnologias avançam em ritmo acelerado, uma transformação silenciosa e constante está em curso no mercado de trabalho mundial.
Por isso, o avanço da inteligência artificial (IA) já ameaça até 92 milhões de empregos, conforme estimativa do Fórum Econômico Mundial divulgada em janeiro de 2024.
Além disso, segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mais de 25% das funções correm risco elevado de desaparecer até 2030.
Consequentemente, economias desenvolvidas são especialmente vulneráveis, já que até 60% dos postos podem ser afetados pela automação, segundo relatório da OCDE de junho de 2024.
Por outro lado, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, a adoção de IA avança rapidamente, especialmente em empresas globais como Amazon, Microsoft, Shopify e Duolingo, que, desde 2023, vêm promovendo demissões em massa e reestruturações para incorporar automação em larga escala.
-
Curso superior de Inteligência Artificial (IA) ja existe e tem no Brasil! O curso ja está mais disputado que medicina
-
Chatgpt agora pode mandar você “dar uma pausa” se identificar que você está delirando: entenda a nova atualização de saúde mental da OpenAI
-
Esqueça o ChatGPT: Apple forma equipe especial para desenvolver seu próprio chatbot de IA e criar sistema avançado de busca para Siri, Safari e mais
-
Ilha nas Filipinas será a primeira nação governada 100% por IA, com Marco Aurélio, Churchill e Mandela no comando; entenda o projeto
Estudo internacional aponta que áreas de escritório são as mais ameaçadas
Antes de mais nada, é importante ressaltar que a mudança de cenário não afeta apenas empregos de baixa qualificação.
Assim, funções como programador, analista de dados, contador e redator técnico estão entre as mais ameaçadas, conforme o relatório da OCDE divulgado em junho de 2024.
Além disso, o Fórum Econômico Mundial confirmou que, nas economias avançadas, cargos com alta escolaridade podem ser substituídos com facilidade por sistemas de IA até 2030.
No entanto, profissões ligadas ao esforço físico e à interação direta, como operários, bombeiros e cuidadores, seguem mais protegidas da automação no horizonte de uma década.
Isso ocorre porque, segundo o relatório da OCDE, a tecnologia ainda encontra limitações para replicar tarefas manuais e o contato humano.
Grandes empresas antecipam o futuro do trabalho com IA
De fato, Amazon e Shopify já utilizam IA para reavaliar seus quadros desde o início de 2023.
Aliás, a Amazon anunciou publicamente que pretende reduzir equipes à medida que a IA assuma tarefas repetitivas.
Ainda nesse sentido, a Shopify, a partir de fevereiro de 2024, tornou obrigatório justificar novas contratações, demonstrando que a função não pode ser realizada por inteligência artificial.
Além disso, demissões em massa também atingiram empresas como Microsoft e Duolingo nos primeiros meses de 2024, evidenciando que a transformação não é apenas tecnológica, mas também social e econômica.
Especialistas avaliam cenário: riscos e novas oportunidades surgem com a IA
Por outro lado, apesar dos alertas, o otimismo também está presente entre economistas.
Inclusive, Enzo Weber, do Instituto IAB da Alemanha, declarou em março de 2024 que a IA tende a transformar o trabalho, mais do que simplesmente eliminá-lo.
Desse modo, para Weber, “a tecnologia amplia a eficiência e permite a criação de novas funções”.
Ainda segundo o especialista, estudo de Harvard publicado em maio de 2024 reforça a visão positiva.
Conforme o relatório, a automação pode elevar a produtividade e até aumentar o número de empregos em alguns setores, ao criar demandas por novas habilidades.
Funções protegidas: contato humano e tarefas físicas seguem essenciais
Portanto, mesmo diante da automação acelerada, empregos que exigem habilidades manuais, criatividade ou interação direta permanecem mais seguros.
Entre eles, destacam-se:
- Operários da construção civil
- Cuidadores e profissionais da saúde
- Bombeiros e equipes de resgate
- Técnicos de manutenção e serviços essenciais
Dessa forma, a OCDE estima que 75% das ocupações deverão se adaptar, enquanto apenas um quarto enfrentará risco elevado de extinção, conforme relatório de junho de 2024.
Por isso, a flexibilidade e o aprendizado contínuo tornam-se, portanto, diferenciais indispensáveis.
Desafios e dilemas éticos mobilizam governos e sociedade
Nesse contexto, a discussão sobre a dignidade do trabalho atravessa fronteiras.
Inclusive, em fevereiro de 2024, o papa Leão 14 chamou a atenção mundial para a necessidade de proteger valores humanos diante da revolução da IA.
Por esse motivo, governos e entidades internacionais discutem maneiras de garantir transições justas, com foco em capacitação e segurança social.
Além disso, adaptação e requalificação são palavras de ordem.
Especialistas de Harvard e do Instituto IAB defendem, desde março de 2024, a necessidade de investimentos maciços em educação e treinamento, visando preparar trabalhadores para novas funções.
Rigor editorial e transparência pautam a cobertura
Por fim, todas as informações presentes nesta matéria foram apuradas em fontes como Fórum Econômico Mundial (janeiro de 2024), OCDE (junho de 2024), Instituto IAB (março de 2024) e relatórios acadêmicos de Harvard (maio de 2024).
O objetivo é informar de maneira transparente e precisa, sem promessas exageradas ou especulações não fundamentadas.
O que esperar do futuro do trabalho com a inteligência artificial?
Em resumo, o mercado de trabalho passa por uma reviravolta inédita, com oportunidades e riscos coexistindo a cada nova onda de inovação tecnológica.
A chave para a sobrevivência e o crescimento estará na capacidade de adaptação, na formação contínua e na busca por competências que complementem as máquinas, não apenas as substituam.
Por isso, você acredita que sua profissão está protegida ou terá que se reinventar diante da ascensão da inteligência artificial? Compartilhe sua visão!iante da ascensão da inteligência artificial? Compartilhe sua visão!