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Influenza aviária em aves no Ceará aciona plano emergencial!

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 24/07/2025 às 21:11
Caso de influenza aviária em Quixeramobim ativa plano emergencial. O que muda para as aves, produtores e como a biossegurança é aplicada?
Foto Divulgação Agro Estadão.
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Caso de influenza aviária em Quixeramobim ativa plano emergencial. O que muda para as aves, produtores e como a biossegurança é aplicada?

Confirmado um foco de influenza aviária do tipo H5N1 em aves de subsistência na zona rural de Quixeramobim, no Ceará.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) ativou imediatamente o Plano Nacional de Contingência, com medidas rígidas de biossegurança.

A ação visa conter a disseminação do vírus e proteger a sanidade das aves em toda a região. A carne de frango e os ovos seguem seguros para consumo.

Foco de influenza aviária no Ceará aciona resposta emergencial de biossegurança

Um foco de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) foi confirmado no município de Quixeramobim, no Ceará, no dia 17 de julho de 2025. O caso ocorreu em uma propriedade com aves de subsistência, após análises realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Campinas.

Imediatamente após a confirmação, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) ativou o Plano Nacional de Contingência para Influenza Aviária. A medida visa controlar o avanço da doença e reforçar a biossegurança na região.

Como o vírus da influenza aviária chegou às aves de subsistência

A investigação aponta que o foco da gripe aviária surgiu em um ambiente onde aves domésticas tinham acesso a uma fonte de água compartilhada com aves silvestres.

Esse contato direto é um dos principais vetores de transmissão do vírus H5N1, responsável por surtos em várias partes do mundo.

Esse tipo de situação exige monitoramento constante, mesmo em criações de pequeno porte. A interação entre animais domésticos e silvestres é considerada um dos pontos críticos no controle da influenza aviária.

Ações de controle e contenção: o que foi feito

A propriedade afetada foi imediatamente interditada pelo Serviço Veterinário Oficial do Ceará. Em seguida, foram iniciadas ações coordenadas de contenção, eutanásia de todas as aves da propriedade, incluindo as assintomáticas. Barreiras sanitárias instaladas ao redor da área contaminada.

Desinfecção completa de veículos e pessoas que tiveram acesso ao local. Enterro das carcaças e materiais em valas sanitárias específicas.

Investigação epidemiológica em um raio de 10 km da ocorrência.Orientação técnica aos moradores sobre práticas de biossegurança.

Sete auditores fiscais, um agente da Adagri e representantes da Prefeitura de Quixeramobim participaram da operação. O esforço conjunto incluiu apoio da Superintendência Federal de Agricultura no Ceará (SFA-CE).

Influenza aviária não afeta o consumo de carne e ovos

Mesmo com a confirmação do foco, os órgãos de saúde reforçam que não há risco no consumo de carne de frango ou ovos. O vírus da influenza aviária não é transmitido por alimentos preparados adequadamente.

Segundo o MAPA, produtos de origem animal inspecionados e armazenados de forma correta são seguros para o consumo humano.

O alerta se mantém para as práticas no campo, e não para a comercialização de alimentos legalizados.

O impacto da influenza aviária na produção e exportação

A gripe aviária é uma doença de notificação obrigatória, e um foco em aves domésticas, mesmo de subsistência, representa uma preocupação sanitária nacional.

Isso ocorre porque o vírus pode atingir grandes granjas comerciais, afetando a produção em larga escala e, por consequência, as exportações brasileiras.

Até julho de 2025, o Brasil contabilizou 181 casos da doença, sendo a maioria em aves silvestres. Casos em criações de subsistência, como este em Quixeramobim, ainda são menos frequentes, mas exigem resposta imediata para evitar o alastramento do vírus.

A importância da biossegurança também nas pequenas criações

Este episódio reforça a necessidade de implementar medidas básicas de biossegurança mesmo em pequenas propriedades rurais. Entre elas estão o isolamento das aves de qualquer contato externo.

Restrição do acesso de pessoas não autorizadas às criações. Cuidados com a alimentação, uso de bebedouros seguros e controle de resíduos. Monitoramento contínuo da saúde dos animais.

Segundo o MAPA, “quando produtores de subsistência compreendem seu papel dentro do sistema de defesa sanitária, toda a cadeia produtiva sai ganhando”.

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia. Apaixonada por leitura, escrita e música.

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