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Indústria do Brasil avança à 40ª posição no ranking global de produção industrial

Escrito por Eliel Albino
Publicado em 24/10/2024 às 20:53
Indústria do Brasil sobe à 40ª posição em ranking de produção com 116 países
(imagem: reprodução)

Com crescimento de 2,9% no segundo trimestre, o setor de transformação brasileiro ganha força e supera grandes economias globais.

A Indústria do Brasil lançou uma demonstração de sua capacidade de recuperação ao subir para a 40ª posição no Ranking global de produção industrial, que conta com 116 países. O levantamento, divulgado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e baseado em dados da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido), revelou que o país registrou um crescimento de 2,9% no segundo trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. Esse avanço é significativo, considerando que o Brasil ocupou a 70ª posição no ano anterior, uma melhoria de 30 colocações em apenas 12 meses.

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Esse resultado foi impulsionado principalmente pelo dinamismo da indústria de bens consolidados , um setor que se beneficiou da redução da taxa básica de juros (Selic) no início de 2024. A queda nos juros facilitados o crédito, especialmente para o consumo de veículos e imóveis, dois setores que tiveram grande participação no crescimento industrial. Rafael Cagnin , economista-chefe do Iedi, explica que, além desse fator, a recuperação econômica do país também foi reforçada por outros elementos: “Há um ganho real de rendimento das famílias, uma melhoria nas condições de emprego e iniciativas como o reajuste do salário mínimo e ampliação de programas sociais como o Bolsa Família.”

Comparações internacionais: Brasil se destaca na América Latina e além

O desempenho da Indústria do Brasil no segundo trimestre de 2024 não apenas garantiu uma posição de destaque no ranking global, como também superou várias economias de peso. O Brasil se saiu melhor do que economias latino-americanas importantes como Chile (-0,6%, em 71º), México (-1%, em 75º) e Argentina , que apresentou uma queda drástica de 17,1%, ficando na penúltima colocação do ranking. Esse resultado argentino só foi superado pela Palestina, que reduziu uma redução de 28,5% em sua produção industrial, em meio aos conflitos na região.

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Em termos globais, a indústria de transformação brasileira também deixou para trás gigantes como Estados Unidos (-0,1%), Reino Unido (-0,5%), França (-1,5%) e Japão (-2,9). %). Isso demonstra que, apesar das dificuldades enfrentadas nos últimos anos, o Brasil conseguiu retomar o crescimento em um contexto global de desafios econômicos.

O Iedi também destacou as economias que lideraram o ranking de crescimento industrial no segundo trimestre de 2024, como Trinidad e Tobago , que registrou um crescimento impressionante de 82,9%, seguido por Armênia (42,3%), Ruanda (21,5% ). %), Kuwait (16,6%) e Taiwan (15%).

Impactos no PIB e expectativas para o futuro

O crescimento da indústria de transformação é visto como um motor importante para a economia brasileira em 2024. Claudio Considera , coordenador do Núcleo de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Economia (FGV/Ibre), destacou que o setor industrial contribuiu para o crescimento de 2 ,8% do Produto Interno Bruto (PIB) acumulado nos últimos 12 meses, com uma alta de 1,9% somente na indústria de transformação.

“Estamos vendendo uma forte demanda por bens consolidados, o que está sendo impulsionado pela maior oferta de crédito ao consumidor, em função da redução da taxa de juros. Além disso, fatores como a exportação de veículos para a Argentina e o aumento nas exportações de produtos As indústrias vêm ajudando a manter esse ritmo de crescimento”, considera. Ele também ressaltou que os investimentos em máquinas e equipamentos no Brasil têm sido um sinal positivo de confiança no setor.

Apesar dos bons resultados, há incertezas no horizonte. O Banco Central iniciou, em setembro de 2024, um novo ciclo de alta da taxa Selic, o que pode impactar a demanda interna e desacelerar o consumo de bens resolvidos nos próximos meses. Além disso, as negociações comerciais internacionais, particularmente entre os Estados Unidos , Europa e China , colocam a competitividade dos produtos brasileiros em execução, especialmente no mercado internacional.

Indústria brasileira: o caminho para a competitividade global

De acordo com o Iedi, o crescimento da Indústria do Brasil acompanha de perto a média mundial, que foi de 2,5% no segundo trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023. A indústria de transformação brasileira cresceu 2,9%, um desempenho que ainda coloca o país em posição de destaque no cenário global. No acumulado do primeiro semestre de 2024, o Brasil registrou uma alta de 2,3%, em comparação ao crescimento global de 2%.

Rafael Cagnin também alertou para os riscos futuros, apesar dos bons resultados até agora. O aumento na taxa de juros e as barreiras comerciais impostas pelos países ocidentais à China podem intensificar a concorrência com produtos chineses, tanto no mercado doméstico quanto no internacional. “É um cenário desafiador. O novo ciclo de alta dos juros acendeu uma luz amarela para a indústria, e a competição crescente com os produtos chineses pode impactar a competitividade do Brasil. Por agora, 2024 será positivo, mas há fatores que merecem atenção,” concluiu Cagnin.

E você, acha que a indústria brasileira conseguirá manter esse ritmo de crescimento? Quais medidas poderiam garantir sua competitividade no mercado global? Deixe sua opinião nos comentários!

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Eliel Albino

Redator SEO com especialização em petróleo e gás , tecnologia , e temas como política , empregos , economia e cursos. Formado há 6 anos em Processos Gerenciais, Marketing e Publicidade pela Universidade Esucri, em Santa Catarina... Sugestão de pauta encaminhar para elielalbino4@gmail.com

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