Saiba como a indústria brasileira usa em energia renovável mais de 64%, impulsionando sustentabilidade e inovação no setor industrial do país.
A indústria brasileira usa em energia renovável mais de 64% do seu consumo total, consolidando assim um papel de destaque na transição energética mundial.
Este número, registrado em 2024 pelo Balanço Energético Nacional (BEN) 2025, elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Demonstra que o país vem avançando de forma consistente no uso de fontes limpas e sustentáveis em processos produtivos.
Historicamente, a matriz energética da indústria brasileira passou por diversas transformações. Durante grande parte do século XX, a dependência de combustíveis fósseis, como carvão mineral, óleo combustível e gás natural, predominava na produção industrial.
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No entanto, o Brasil sempre se destacou por ter uma forte base agrícola, o que, consequentemente, facilitou a incorporação de fontes renováveis. Como o bagaço de cana-de-açúcar, na produção de energia.
Assim, o aproveitamento dos resíduos da agroindústria permitiu que o país construísse uma matriz industrial mais limpa e eficiente.
Além disso, o crescimento do uso de energia renovável na indústria não surgiu de forma repentina. Mas resulta de décadas de investimento em pesquisa, políticas públicas e incentivos à sustentabilidade.
O Balanço Energético Nacional indica que, em 2024, a eletricidade representou 22% do consumo industrial. Sendo que 88,2% dessa eletricidade veio de fontes limpas, como hidrelétricas, energia solar e eólica.
Da mesma forma, o bagaço da cana-de-açúcar forneceu 21,3% do uso energético da indústria, reforçando assim a relevância das fontes renováveis de origem agrícola.
Portanto, estes dados indicam que a indústria brasileira usa em energia renovável de forma estratégica e consistente, mostrando claramente uma prioridade para a sustentabilidade.
Além disso, essa tendência também se reflete na adoção de tecnologias mais eficientes, que, consequentemente, reduzem perdas energéticas durante os processos produtivos e aumentam a competitividade das empresas no mercado nacional e internacional.
Diversidade da matriz energética industrial
Ademais, outras fontes renováveis e não renováveis compõem a matriz energética industrial, mostrando uma diversidade importante.
O licor preto, utilizado na cogeração de energia, representou 9% do consumo, enquanto a lenha contribuiu com 8,8%.
Por outro lado, combustíveis fósseis como carvão mineral (11,9%), gás natural (9,4%) e óleo combustível (1,3%) ainda possuem participação, mas em proporções menores em comparação com décadas passadas.
Da mesma forma, o carvão vegetal, derivado de manejo sustentável, forneceu 4%, evidenciando, portanto, a busca por alternativas de baixo impacto ambiental.
O crescimento do consumo de energia renovável aparece também em setores estratégicos da indústria.
A mineração e pelotização, por exemplo, aumentou 8,4% no consumo de energia, enquanto o setor de papel e celulose cresceu 4,6%, e os metais não-ferrosos, 3,2%.
Consequentemente, esses números demonstram que, mesmo em segmentos intensivos em energia, a indústria brasileira mantém uma proporção elevada de fontes limpas, contribuindo para a redução de emissões de carbono e o fortalecimento da economia verde.
Além disso, a importância da indústria brasileira usar em energia renovável vai além da questão ambiental.
Trata-se, portanto, também de uma estratégia econômica e social.
A adoção de fontes limpas reduz a dependência de combustíveis importados, diminui custos operacionais a longo prazo e gera oportunidades de emprego em setores ligados à energia sustentável.
Igualmente, fortalece a posição do Brasil no cenário internacional como líder em práticas industriais sustentáveis, oferecendo um modelo de desenvolvimento alinhado com a descarbonização global.
Balanço Energético Nacional e planejamento estratégico
Além disso, o Balanço Energético Nacional, publicado anualmente desde 2004, funciona como principal referência para acompanhar o setor energético.
Ele apresenta estatísticas detalhadas sobre oferta, conversão, distribuição e consumo de energia no país, incluindo dados de extração de recursos primários, importação e exportação.
Por meio do BEN, o governo e empresas do setor energético conseguem planejar políticas públicas, investimentos estratégicos e ações de inovação tecnológica, garantindo, portanto, que o crescimento industrial caminhe junto com a sustentabilidade.
Para ampliar o entendimento da sociedade sobre a evolução energética do Brasil, o MME lançou a série “Energia do Brasil”.
A iniciativa apresenta informações de forma acessível, com conteúdos explicativos e infográficos que detalham avanços na descarbonização da matriz energética, no uso de fontes renováveis na indústria e no setor residencial, na eletrificação do transporte e na expansão de biocombustíveis, energia solar e eólica.
Assim, esta comunicação ajuda cidadãos, gestores e estudantes a compreenderem o papel transformador da energia limpa na economia nacional.
Além disso, a trajetória histórica do país evidencia que o uso de energia renovável na indústria não é apenas uma tendência, mas sim uma característica consolidada do desenvolvimento brasileiro.
Desde os primeiros investimentos em hidrelétricas e aproveitamento de biomassa até a expansão da energia solar e eólica, o Brasil mostrou capacidade de alinhar crescimento econômico com responsabilidade ambiental.
Hoje, o país se destaca por utilizar tecnologias modernas, como cogeração a partir de resíduos agrícolas e biomassa, que aumentam a eficiência energética e reduzem impactos ambientais.
Integração entre setores e inovação tecnológica
A indústria brasileira usar em energia renovável mais de 64% também evidencia a integração entre setores produtivos e energéticos.
Empresas de diferentes ramos, como siderurgia, papel e celulose, mineração e química, implementam soluções de eficiência energética e adotam fontes limpas em larga escala.
Assim, esse movimento fortalece a competitividade da indústria e contribui para o cumprimento de metas nacionais e internacionais de redução de gases de efeito estufa.
Além disso, o avanço da energia renovável no setor industrial brasileiro mostra a importância da inovação tecnológica.
Novos métodos de conversão energética, como aproveitamento de resíduos sólidos, uso de biogás e investimento em sistemas de energia solar fotovoltaica, reduzem custos e aumentam a segurança energética.
Portanto, esses esforços permitem que a indústria continue liderando o caminho da transição energética, consolidando a matriz limpa como diferencial competitivo do país.
Adicionalmente, a expansão das energias renováveis gera impactos positivos em regiões menos industrializadas, promovendo descentralização energética.
Pequenas e médias empresas aproveitam tecnologias como painéis solares e microgeração de biogás, tornando-se parte da transição energética sem depender exclusivamente de grandes fornecedores de energia.
Dessa forma, esse cenário amplia oportunidades de desenvolvimento local e fortalece a economia regional.
Além disso, o cenário futuro da indústria brasileira indica que a tendência de crescimento do uso de fontes renováveis deve se intensificar.
Com o aumento da eficiência tecnológica, o incentivo à economia circular e o desenvolvimento de políticas públicas de fomento à energia limpa, a proporção de energia renovável no setor industrial deve ultrapassar novos patamares, reforçando, assim, o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e a liderança global em energias limpas.
Compromisso com sustentabilidade e desenvolvimento
Em resumo, o dado de que a indústria brasileira usa em energia renovável mais de 64% em 2024 representa décadas de investimentos, inovação tecnológica, políticas públicas eficazes e conscientização ambiental.
Portanto, o país construiu uma trajetória sólida na utilização de fontes limpas, consolidando-se como referência na transição energética global.
Esta liderança mostra que é possível conciliar desenvolvimento industrial com sustentabilidade, garantindo benefícios econômicos, sociais e ambientais de longo prazo.
O compromisso com a energia renovável é, portanto, uma marca da indústria brasileira, que segue na vanguarda da inovação e do respeito ao meio ambiente, servindo como exemplo para o mundo.