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IBGE revela as únicas seis cidades do Brasil onde a maioria dos trabalhadores chega ao emprego em até cinco minutos

Publicado em 09/10/2025 às 10:38
O IBGE revela em 2025 as cidades do Brasil onde os trabalhadores têm o menor tempo de deslocamento até o emprego e mais qualidade de vida.
O IBGE revela em 2025 as cidades do Brasil onde os trabalhadores têm o menor tempo de deslocamento até o emprego e mais qualidade de vida.
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Novo levantamento mostra que Galinhos (RN), Poço Dantas (PB) e outras quatro cidades pequenas têm o deslocamento mais curto do país, enquanto capitais concentram as jornadas mais longas.

De acordo com o portal do G1, em apenas seis cidades do Brasil, a maioria dos trabalhadores consegue chegar ao emprego em até cinco minutos. O dado, revelado pelo Censo Demográfico 2022 do IBGE, destaca um retrato raro no país: municípios pequenos, de território compacto e forte economia local, onde morar e trabalhar no mesmo lugar ainda é uma realidade cotidiana.

Essas cidades são Galinhos (RN), Poço Dantas (PB), Montauri, Muliterno e Nova Candelária (RS) e Figueirópolis D’Oeste (MT). Em Galinhos e Poço Dantas, 58% dos moradores empregados percorrem menos de cinco minutos até o trabalho. Em Montauri, o índice é de 56%, e nas demais, de 51%.

Onde o trabalho e a casa ainda se misturam

Esses municípios têm em comum o tamanho reduzido e uma vida comunitária concentrada. Nenhum deles passa de 4 mil habitantes, e todos figuram entre os menores territórios de seus estados.

O espaço urbano compacto e a economia baseada em comércio local, agricultura e serviços públicos explicam a curta distância entre casa e trabalho.

Segundo o IBGE, os dados consideram apenas quem se desloca ao menos três vezes por semana até o trabalho principal, e o tempo contabilizado é o percurso direto entre a residência e o local de emprego, sem incluir paradas intermediárias, como levar filhos à escola ou fazer compras.

A pesquisa reforça uma tendência de interiorização da qualidade de vida: em pequenas cidades, o tempo gasto no trânsito é mínimo, o que melhora o equilíbrio entre rotina profissional e pessoal.

Realidade oposta nas capitais brasileiras

Enquanto em Galinhos mais da metade da população empregada leva cinco minutos até o trabalho, nas capitais o cenário é o oposto.

Apenas Palmas (TO) se destaca, com 11% dos trabalhadores morando a até cinco minutos do emprego.

Em cidades como São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro, esse índice cai para 4%, refletindo a concentração urbana e a distância entre as áreas residenciais e os polos de emprego.

Em Goiânia, Florianópolis, Fortaleza e Vitória, a proporção não ultrapassa 8%, mesmo com investimentos recentes em mobilidade urbana.

A desigualdade geográfica se evidencia também nos casos extremos: Serranópolis de Minas (MG) lidera o ranking das cidades com maior tempo médio de deslocamento, onde 20% dos trabalhadores levam mais de quatro horas para chegar ao emprego.

A rotina do trabalhador médio no país

O levantamento mostra que 57% dos trabalhadores brasileiros levam até meia hora para chegar ao trabalho um avanço em relação a 2010, quando o percentual era de 52%. Outros 20% gastam entre 30 minutos e uma hora, e 10% enfrentam jornadas diárias de 1 a 2 horas de deslocamento.

Ao todo, 1,3 milhão de pessoas no país passam mais de duas horas no trajeto, proporção idêntica à registrada no censo anterior.

Esse dado revela que, mesmo com avanços tecnológicos e novos modelos de trabalho híbrido, o transporte ainda é um gargalo estrutural nas grandes regiões metropolitanas.

Quando distância significa qualidade de vida

Nos pequenos municípios que lideram o ranking, o tempo de deslocamento curto está ligado a fatores de proximidade e coesão social.

A economia é mais distribuída, e boa parte dos moradores trabalha no próprio bairro ou mesmo em casa.

Especialistas apontam que essa configuração contribui para menor estresse, mais tempo livre e maior sensação de pertencimento comunitário.

No entanto, o mesmo modelo é difícil de reproduzir em grandes centros urbanos, onde a expansão desordenada e o custo do solo empurram a moradia para longe do trabalho.

Enquanto seis pequenas cidades do Brasil preservam o privilégio de viver e trabalhar a poucos minutos de distância, milhões de brasileiros ainda enfrentam horas de deslocamento todos os dias. Você acredita que é possível resgatar essa qualidade de vida nas grandes cidades? Ou acha que o crescimento urbano inevitavelmente afasta o trabalhador do seu emprego?

Deixe sua opinião nos comentários sua experiência pode revelar o verdadeiro retrato do trânsito e do trabalho no Brasil de hoje.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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