1. Início
  2. / Legislação Trabalhista
  3. / IBGE confirma: carne bovina acumula inflação pesada e cortes como acém e peito sobem mais de 25%
Tempo de leitura 2 min de leitura Comentários 0 comentários

IBGE confirma: carne bovina acumula inflação pesada e cortes como acém e peito sobem mais de 25%

Escrito por Noel Budeguer
Publicado em 15/09/2025 às 10:24
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

Preço da carne bovina dispara no Brasil: entenda por que não há previsão de queda e como isso afeta seu bolso

O brasileiro vai precisar preparar o bolso: o preço da carne bovina segue em trajetória de alta e não há previsão de alívio no curto prazo.

Mesmo após uma leve queda registrada em agosto, os fatores que pressionam o mercado indicam que o aumento deve continuar, tanto pelo avanço das exportações quanto pelo consumo interno elevado.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve redução de 0,43% no valor médio da carne no mês de agosto.

No entanto, esse recuo não foi suficiente para impactar o consumidor final, que já enfrenta uma inflação acumulada de 22,17% nos cortes bovinos.

Por que a carne vai continuar subindo

O IBGE aponta três motivos principais para a escalada nos preços. O primeiro é o ritmo acelerado das exportações, que retira grande parte da produção do mercado interno.

O segundo é o consumo dentro do Brasil, que permanece alto mesmo com valores elevados.

Por fim, há uma tendência de redução no número de bois abatidos até 2027, o que deve pressionar ainda mais a oferta.

Essa combinação cria um cenário desafiador para os consumidores, que já enfrentam dificuldades para manter a carne bovina no cardápio semanal.

Especialistas do setor afirmam que, sem mudanças significativas no ritmo de exportação ou no volume de abates, o preço deve continuar crescendo ao longo dos próximos anos.

Inflação por corte de carne

Alguns cortes apresentaram aumentos acima da média e se tornaram ainda menos acessíveis. Entre os destaques estão:

  • Acém: 29,1%
  • Alcatra: 23,5%
  • Capa de filé: 21,4%
  • Picanha: 12,1%
  • Fígado: 15,6%
  • Cupim: 17,2%
  • Filé-mignon: 19,1%
  • Lagarto redondo: 19,8%
  • Contrafilé: 21,4%
  • Chã de dentro: 21,7%
  • Costela: 23,6%
  • Lagarto comum: 23%
  • Músculo: 24,6%
  • Paleta: 24%
  • Patinho: 22,1%
  • Peito: 27,4%

Na prática, cortes populares como acém, peito e músculo estão entre os que mais subiram, afetando diretamente a mesa da classe média e das famílias de menor renda.

Já cortes nobres, como picanha e filé-mignon, também sofreram reajustes, mas em menor intensidade.

Impacto no consumo das famílias

Com a carne cada vez mais cara, muitos consumidores têm buscado alternativas, como frango, ovos e carne suína, para equilibrar o orçamento.

Ainda assim, a carne bovina segue sendo um dos itens mais procurados nos lares brasileiros, especialmente em datas comemorativas e finais de semana.

O cenário mostra que, mesmo com pequenas variações mensais, a tendência de alta não deve ser revertida em breve.

Para especialistas, a carne bovina continuará sendo um dos principais fatores de pressão no custo de vida do brasileiro até, pelo menos, o final da década.

Aplicativo CPG Click Petroleo e Gas
Menos Anúncios, interação com usuários, Noticias/Vagas Personalizadas, Sorteios e muitos mais!
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Noel Budeguer

Sou jornalista argentino, baseado no Rio de Janeiro, especializado em temas militares, tecnologia, energia e geopolítica. Busco traduzir assuntos complexos em conteúdos acessíveis, com rigor jornalístico e foco no impacto social e econômico.

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x