Honda prepara versão elétrica da Shine 100 com bateria removível e preço acessível. Modelo pode estrear como a moto elétrica mais barata da marca, focada em mobilidade urbana e economia
A Honda registrou no Brasil documentos que revelam o desenvolvimento de uma moto elétrica baseada na Shine 100 — modelo conhecido internacionalmente pelo seu baixíssimo custo. A nova versão elétrica foi projetada com baterias removíveis e poderá ser a Honda moto mais barata com propulsão elétrica caso seja lançada oficialmente, mirando mercados emergentes com forte demanda por mobilidade acessível.
O projeto chama atenção por utilizar o chassi da Shine 100 original a combustão, agora adaptado para receber um motor elétrico compacto e bateria removível da Honda, o que pode acelerar sua produção e reduzir drasticamente o preço final. Especula-se que a proposta tem potencial para transformar o segmento de entrada no setor de duas rodas elétricas, principalmente em países como Índia e Brasil.
A origem da Shine 100 e seu sucesso na Índia
Lançada em 2023, a Honda Shine 100 é considerada a moto mais barata da marca em todo o mundo. Com motor monocilíndrico de 99 cm³, potência de 7,3 cavalos e torque de 0,8 kgf·m, o modelo foi projetado para atender ao segmento de entrada com foco em custo-benefício.
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Na Índia, é vendida por cerca de 64.900 rúpias — valor equivalente a R$ 3.800 na conversão direta. Seu conjunto mecânico simples e eficiente, com partida elétrica, câmbio de 4 marchas e rodas de liga leve, oferece desempenho suficiente para deslocamentos urbanos e baixos custos de manutenção.
A Shine 100 é coberta por garantia de até 10 anos no país, reforçando seu apelo junto ao consumidor de baixa renda.
Moto elétrica barata da Honda pode usar estrutura da Shine 100
Os documentos de patente registrados recentemente no Brasil mostram que a nova versão elétrica da Shine 100 manterá grande parte da estrutura original do modelo a combustão. O quadro tubular e o visual minimalista são preservados, com algumas alterações importantes para acomodar o novo sistema de propulsão elétrica.
O motor a combustão é substituído por um propulsor elétrico integrado à roda traseira, dispensando a transmissão tradicional por corrente. No lugar do tanque de combustível, a moto abriga duas baterias de íons de lítio — ambas removíveis, posicionadas lateralmente no chassi.
Além disso, o projeto contempla um sistema de ventilação passiva entre as baterias, responsável por resfriar a unidade de controle eletrônico. Isso mantém a temperatura do sistema sob controle sem necessidade de radiadores ou sistemas ativos, o que reduz custos e facilita a manutenção.
A importância da bateria removível da Honda
Um dos pontos centrais da nova Shine elétrica é o uso da bateria removível da Honda, também chamada de “Honda Mobile Power Pack e:”. Esse tipo de solução já está em operação em cidades indianas, especialmente em scooters como o Honda Activa elétrica.
Em vez de esperar horas pela recarga, o usuário pode simplesmente substituir as baterias descarregadas por outras já carregadas em estações automatizadas. Essa tecnologia — conhecida como Power Pack Exchanger — permite que o condutor troque rapidamente os módulos e continue seu trajeto sem interrupções prolongadas.
Ao adotar esse formato, a Shine 100 elétrica se encaixa perfeitamente em ambientes urbanos densos e de alta rotatividade, como centros comerciais, delivery urbano e deslocamentos curtos. A autonomia esperada com as duas baterias, com base nas scooters atuais, deve girar em torno de 70 a 100 km, o suficiente para trajetos diários.
Preço estimado e estratégia de mercado
Embora a Honda ainda não tenha divulgado preços oficiais, especialistas estimam que a versão elétrica da Shine poderá custar abaixo dos US$ 5.000 — o equivalente a R$ 25.000 em valores aproximados. Se confirmada, essa faixa posicionaria o modelo entre as motos elétricas baratas mais acessíveis da categoria urbana.
A estratégia é clara: oferecer um veículo simples, leve, eficiente e de manutenção barata, com forte apelo nos mercados emergentes. A Shine 100 elétrica seria ideal para países da Ásia, África e América Latina, onde o uso de motos é predominante e os custos com combustível e manutenção têm grande peso no orçamento familiar.
No Brasil, a moto mais barata da Honda atualmente é a Pop 110i, que custa em torno de R$ 9.010. Uma versão elétrica da Shine poderia disputar esse espaço se tiver isenção de impostos e incentivos governamentais voltados à eletrificação.
Shine 100 elétrica e seu impacto no segmento de entrada
A possível chegada da Shine 100 elétrica pode marcar um ponto de inflexão para o mercado global de motos de entrada. Até hoje, a maioria das motos elétricas ainda tem preços elevados ou foco em nichos específicos, como scooters urbanos premium ou motocicletas de alto desempenho.
Com o uso de componentes simples, aproveitamento de estrutura existente e a popularização da bateria removível da Honda, o novo modelo pode acelerar a transição energética em regiões que dependem das motos como principal meio de transporte.
Além disso, a proposta ajuda a reduzir a emissão de gases poluentes e os custos com combustível. Ao permitir trocas rápidas de bateria, elimina-se o problema de recarga lenta e aumenta-se a produtividade em serviços de entrega, logística e transporte pessoal urbano.
Comparação com modelos atuais
Para entender melhor o impacto da Shine elétrica, veja como ela se compara a outros modelos populares:
Modelo | Propulsão | Preço estimado | Categoria |
Shine 100 (Índia) | Gasolina 99 cm³ | ~R$ 3.800 | Urbana econômica |
Pop 110i (Brasil) | Gasolina 110 cm³ | ~R$ 9.010 | Urbana acessível |
Shine 100 elétrica | Elétrica com baterias removíveis | ~R$ 25.000* | Moto elétrica barata (estimada) |
* Valor não confirmado oficialmente, baseado em projeções de mercado e estratégia da Honda para mercados emergentes.
O que esperar da moto barata elétrica da Honda?
A criação de uma versão elétrica da Shine 100 reflete a tendência crescente de adaptação da indústria para atender à demanda por mobilidade urbana sustentável, prática e econômica. Ao utilizar baterias intercambiáveis e uma base mecânica consolidada, a Honda pode atingir novos patamares de popularização da mobilidade elétrica.
A viabilidade de um modelo com essa proposta depende de políticas públicas, infraestrutura de recarga (ou troca), incentivos fiscais e percepção do consumidor. Se bem posicionada, a Shine elétrica pode conquistar não só mercados em desenvolvimento, mas também consumidores que buscam economia e praticidade em regiões urbanas.
Acompanhando o avanço dos registros e da homologação no Brasil, há uma expectativa real de que a Honda moto mais barata chegue aos concessionários nacionais — e com a vantagem de já estar adaptada à nossa realidade econômica e urbana.