Equipada com motor central integrado à bateria e transmissão por correia, a nova moto elétrica da Honda atinge picos de 70 cv e entrega a força de uma 750 cilindradas
O mercado de motos elétricas está prestes a ser sacudido por um lançamento de peso. A Honda, líder mundial em vendas de motocicletas, confirmou que no dia 2 de setembro de 2025 apresentará oficialmente seu primeiro modelo elétrico de grande porte. Inspirada no conceito EV Fun exibido no EICMA 2024, a nova moto inaugura uma nova era para a fabricante japonesa, que agora entra de vez na disputa pela mobilidade sem combustíveis fósseis.
O anúncio tem gerado grande expectativa, não apenas pelo nome de peso envolvido, mas porque desta vez não se trata de um simples scooter urbano ou uma solução leve para o dia a dia. Estamos falando de uma motocicleta elétrica com porte e desempenho equivalentes ao de uma 750 cilindradas a combustão — algo que pode mudar o equilíbrio de forças em um segmento ainda em transformação.
Uma arquitetura voltada para competir com as grandes
Embora a Honda ainda mantenha em sigilo boa parte das especificações finais, os primeiros dados divulgados e o teaser de julho já permitem traçar o perfil do modelo. A motocicleta contará com um motor central integrado à bateria fixa, transmissão por correia dentada e um sofisticado braço oscilante monobraço. A potência contínua estimada gira em torno de 48 cavalos, com picos que podem atingir os 70 cv.
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A proposta vai além da estética: o sistema de transmissão coaxial entre o motor e a suspensão traseira foi projetado para garantir uma pilotagem mais suave, silenciosa e sem vibrações, além de praticamente eliminar a necessidade de manutenção. Ainda assim, não está descartada a adoção de um braço oscilante tradicional de dois lados na versão final, como forma de conter custos.
Design afiado e espírito naked: o conceito continua presente
Apesar de o visual definitivo ainda estar parcialmente camuflado, os traços principais permanecem fiéis ao conceito original. A moto apresenta um desenho frontal agressivo, com linhas marcantes, tanque elevado e silhueta inspirada nas nakeds modernas. Muitos já comparam seu estilo à linha LiveWire S2, mas com aquele toque refinado que só a Honda sabe entregar.
O mais importante: essa não será uma adaptação de baixo custo para mercados locais, tampouco uma evolução da Wuyang E-VO vendida exclusivamente na China. A Honda deixou claro que este será seu modelo elétrico de referência, projetado para atuar no mercado global e marcar presença em um nicho que ainda oferece muito espaço para crescimento.
Sem preço anunciado, mas com uma missão bem definida
Até o momento, a fabricante japonesa não revelou dados como autonomia — que se estima em torno de 100 km por carga — nem peso ou faixa de preço. No entanto, a estratégia de comunicação indica que a prioridade está em mostrar robustez tecnológica antes de entrar na briga por vendas. Para a Honda, esta moto não é apenas mais um modelo: é o início de uma linha elétrica de alta performance que deve evoluir rapidamente nos próximos anos.
A apresentação oficial marcada para setembro será decisiva para sabermos o quanto do protótipo original foi mantido na versão de produção. Mas uma coisa já está certa: a Honda não pretende ficar para trás na corrida elétrica. E com esse lançamento, ela pode não apenas entrar no jogo — mas assumir a liderança da partida.



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