O Honda City usado combina desempenho equilibrado, conforto de sedã médio e confiabilidade mecânica, mantendo forte presença no mercado de seminovos pela durabilidade e baixo custo de manutenção.
Atualizado entre 2015 e 2021, o Honda City de segunda geração combina o conhecido 1.5 i-VTEC flex com câmbio CVT e um interior amplo para a categoria.
Com 2,60 m de entre-eixos e porta-malas de 536 litros, atende bem o uso familiar e manteve a reputação de baixo consumo e robustez.
No mercado de usados, a LX CVT concentra a maior procura, enquanto a EXL ganha pontos por segurança extra.
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A ausência de controle de estabilidade até o fim da geração, porém, segue como principal ressalva.
Evolução do Honda City entre 2015 e 2021
O City 2015 deixou de ser o “mini-Civic” e cresceu em acabamento e equipamentos.
A versão DX mantinha o foco no preço: câmbio manual de cinco marchas, rodas de aço aro 15 e acabamento simples, sem cromados externos.
Para quem prioriza conforto diário, a LX CVT se firmou como a configuração mais equilibrada, já com direção elétrica, ar-condicionado, sistema de áudio com Bluetooth e rodas de liga leve aro 16.
Acima dela, EX e EXL agregavam o CVT com modo Sport e sete marchas virtuais, com trocas pelas borboletas no volante, além de piloto automático, ar digital, câmera de ré e faróis de neblina.
A EXL trazia bancos e volante em couro e central multimídia mais completa.
A linha 2016 elevou a segurança da EXL com seis airbags (frontais, laterais e de cortina), tornando essa versão a mais indicada para quem prioriza proteção passiva.
Em 2018, o sedã passou por reestilização: nova grade, para-choques e lanternas, luzes diurnas de LED em todas as versões e, na EX, inclusão de airbags laterais.
A EXL recebeu faróis full-LED para alto e baixo.
Naquele mesmo ano, a Honda criou o City Personal, opção automática simplificada voltada ao público PcD, que substituiu o antigo DX CVT e permaneceu na gama até 2022.
Motor, câmbio e consumo
Em todas as versões, o City usa o veterano 1.5 i-VTEC FlexOne, com 115/116 cv e 15,2/15,3 kgfm (gasolina/etanol).
O conjunto casa bem com o CVT, favorecendo consumo e suavidade no trânsito urbano.
Na prática, a simulação de sete marchas e o modo Sport ajudam nas retomadas, mas o acerto privilegia eficiência, não desempenho esportivo.
Um detalhe técnico importante dessa geração é o fim do reservatório auxiliar de gasolina para partida a frio: o sistema passou a aquecer o combustível nos injetores, dispensando o subtanque.
Espaço e conforto de sedã médio
A cabine acomoda bem cinco adultos, com bom espaço para pernas e cabeça, e três encostos de cabeça no banco traseiro.
Itens como cintos de três pontos para todos e Isofix para cadeirinhas tornaram o City uma escolha natural de famílias e motoristas de aplicativo.
O porta-malas de 536 litros é um trunfo do modelo e supera rivais diretos.
Segurança e ausência de controle de estabilidade
O pacote de segurança evoluiu ao longo do ciclo, com expansão do número de airbags nas versões superiores.
Ainda assim, o City não recebeu controle de estabilidade (VSA/ESP) até 2021, algo que rivais passaram a oferecer na mesma época.
Para quem busca o conjunto mais completo dessa geração, a EXL 2016+ é a referência por trazer seis airbags; a EX 2018+ já conta com bolsas laterais, ampliando a proteção.
Manutenção e pontos de atenção
O City é reconhecido por confiabilidade, mas há rotinas de cuidado que fazem diferença no usado.
No cabeçote, a marca usa tuchos sólidos.
A folga de válvulas deve ser inspecionada a cada 40.000 km.
Desgaste ou desajuste podem afetar desempenho, consumo e ruído; por isso, peça comprovação do serviço no histórico.
O histórico de conservação merece atenção, sobretudo em carros que rodaram como aplicativo.
Verifique se a quilometragem declarada conversa com o estado de estofamento, pedais e volante, e com as ordens de serviço de revisões.
No câmbio CVT, o fluido HCF-2 requer substituição periódica.
Em geral, a manutenção programada prevê troca a cada 40.000 km; vibrações, trancos ou perda de tração costumam indicar fluido degradado e possível patinagem da correia entre as polias.
Priorize oficinas que sigam o procedimento correto e usem o fluido especificado.
A suspensão melhorou face à primeira geração, porém vazamentos ou coifas danificadas nos amortecedores e buchas/batentes cansados são sinais de descuido.
Ruídos de pancadas secas em pisos irregulares pedem inspeção.
Em rodas e pneus, atenção às 16 polegadas com pneus 185/55 das versões LX, EX e EXL.
O flanco baixo (cerca de 10 cm) sofre em vias esburacadas e pode gerar bolhas e amassados em rodas de liga.
Cheque estepe, alinhamento e histórico de reparos.
Versões e perfil do comprador
Para orçamento justo, a DX manual cumpre o básico e pode ser boa porta de entrada — desde que o estado geral compense a simplicidade do acabamento.
Quem quer comodidade e menor consumo no uso urbano tende a preferir a LX CVT, solução mais difundida e com boa liquidez na revenda.
Já EX e EXL agradam a quem valoriza mais tecnologia a bordo e condução com paddle shifters, além do pacote de segurança superior na EXL.
Valores e custo de reposição
No mercado, as cotações variam conforme ano, versão, estado e região.
Levantamentos da KBB Brasil indicam maior procura por LX CVT, EX e EXL, com preços proporcionais ao conteúdo e à quilometragem.
Em peças, há ampla oferta paralela que reduz custos em itens de carroceria, freios e suspensão, enquanto componentes originais preservam padrão de encaixe e durabilidade.
A decisão entre original e paralelo deve considerar procedência, garantia e a finalidade do carro.
O que melhorou nessa geração
Além do desenho mais atual, o City trocou a antiga automática de quatro marchas pelo CVT, ganhou mais eficiência e aboliu o subtanque de partida a frio.
Na prática, o funcionamento ficou mais suave e econômico, preservando a dirigibilidade que sempre foi marca do modelo.
Concorrentes diretos
Quem busca foco absoluto em praticidade, economia e confiabilidade pode considerar o Toyota Etios Sedan.
Sem tanta ênfase em estilo, o compacto entrega um dos maiores porta-malas da classe e conjunto mecânico simples, eficiente e durável.
A voz do dono
“Além de econômico, o City é extremamente confiável: mesmo após anos de uso diário nunca quebrou nada. Outro fator importante é a dirigibilidade: tem boa estabilidade sem prejudicar o conforto.”
De outro lado, há relatos sobre limitações: “O que eu odeio: a altura livre do solo é reduzida; raspa em lombadas e valetas. Acabamento e nível de equipamentos também deixam a desejar: a concorrência já oferece mais por menos.”
Diante desse histórico, qual versão do City usado mais combina com o seu perfil — a LX pela racionalidade, a EX/EXL pelo pacote completo ou a DX pela economia de compra?