Homem encontra pedra verde de 500 quilates ao cavar o quintal nos EUA; descoberta confirmada pela CBS19 está sob análise e pode valer milhões.
Em novembro de 2024, uma cena improvável no interior dos Estados Unidos ganhou as manchetes da imprensa internacional e despertou o interesse da comunidade científica. Um homem identificado apenas como Arturo, morador do estado do Texas, escavava o quintal de casa quando encontrou uma pedra verde translúcida de 500 quilates, o equivalente a cerca de 100 gramas e, segundo estimativas preliminares, poderia valer mais de US$ 2 milhões, caso fosse confirmada como uma gema natural rara. A história foi revelada pela emissora CBS19, que acompanha as análises conduzidas por especialistas em universidades locais.
Desde então, a descoberta vem intrigando geólogos, gemólogos e colecionadores. A pedra, de coloração verde intensa e brilho vítreo, está sendo submetida a testes laboratoriais para determinar sua origem — se é um cristal natural, um vidro vulcânico ou escória industrial formada há mais de um século. Ainda assim, o episódio virou notícia global, reacendendo o fascínio popular por descobertas acidentais de tesouros enterrados.
O acaso que virou notícia
Segundo a reportagem da CBS19, Arturo realizava uma escavação para instalar um novo sistema de drenagem quando percebeu um brilho incomum no solo.
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“Achei que fosse uma garrafa antiga, mas quando limpei vi que refletia a luz de um jeito diferente”, contou o morador.
O artefato foi retirado intacto e apresentava cerca de 10 centímetros de diâmetro, com estrutura interna cristalina e coloração verde uniforme, características que levaram um joalheiro local a sugerir que poderia se tratar de uma gema de alto valor.

As imagens da pedra viralizaram rapidamente, e a história foi confirmada por autoridades locais e cientistas da região. O achado foi encaminhado a uma equipe de mineralogistas e gemologistas para análise detalhada, já que o Texas não é conhecido por abrigar jazidas de pedras preciosas com esse perfil.
Mistério geológico: o que pode ser a pedra de 500 quilates
Os testes iniciais indicam que a composição da pedra inclui silicato, ferro e manganês, o que poderia corresponder à estrutura de uma granada demantoide ou até mesmo de uma olivina (também chamada de peridoto), embora a hipótese de se tratar de vidro vulcânico ou escória industrial ainda seja a mais provável.
O geólogo Jim Smallwood, ouvido pela imprensa local, explicou que a região do leste do Texas abriga depósitos antigos formados por atividades vulcânicas.
“Não podemos descartar que se trate de um vidro natural formado por calor extremo há milhares de anos”, afirmou. Segundo ele, a aparência translúcida e a dureza da peça justificam o espanto dos primeiros avaliadores.
“Mesmo que não seja uma gema preciosa, é um achado geológico fascinante, porque o tamanho é absolutamente fora do padrão. São 500 quilates em uma única peça, algo que dificilmente se forma por acaso”, completou Smallwood.
O valor milionário é uma hipótese, mas não está descartado
Enquanto o laudo final não é divulgado, colecionadores e entusiastas já especulam sobre o possível valor da pedra. Se for confirmada como uma gema natural, o que seria algo inédito para aquela região, o preço de mercado poderia ultrapassar US$ 2 milhões.
O cálculo se baseia na cotação de gemas de alta pureza, como esmeraldas, turmalinas ou granadas raras, que chegam a custar entre US$ 10 mil e US$ 15 mil por quilate. Nesse cenário, uma pedra de 500 quilates se tornaria uma das maiores e mais valiosas já descobertas acidentalmente nos Estados Unidos.
“Para cada 100 mil gemas avaliadas, talvez uma tenha tamanho e coloração como essa”, comentou o especialista em gemologia David Federman, da Gemworld International. “Mesmo que seja uma formação vítrea, o exemplar tem valor científico e estético. É uma peça que qualquer museu adoraria ter.”
Entre o sonho e a ciência
Enquanto espera o resultado das análises, Arturo mantém a pedra guardada em segurança. Em entrevista à CBS19, ele afirmou que não pretende vendê-la até entender o que realmente tem em mãos. “Pode ser uma pedra preciosa ou só um pedaço de vidro, mas é minha sorte que estava enterrada no quintal”, brincou.
Casos como esse não são raros: em vários países, fragmentos de minerais industriais antigos são confundidos com gemas por sua coloração e brilho. Contudo, a dimensão da peça encontrada por Arturo — equivalente a uma bola de tênis é considerada excepcional.
Mesmo que não se trate de uma gema natural, a descoberta tem valor científico por levantar novas hipóteses sobre o subsolo da região. “Esses achados casuais ajudam a entender processos geológicos locais e reacendem o interesse público pela mineralogia”, observou Anna Blomquist, especialista em gemas e professora da University of Texas at Austin.
Um lembrete de que o extraordinário ainda pode estar sob nossos pés
Independentemente do resultado final, o episódio se tornou símbolo de como o acaso pode revelar fragmentos da história geológica do planeta.
“Há algo poético em encontrar uma pedra dessas no quintal”, disse Blomquist. “É como se a Terra nos lembrasse de que ainda guarda mistérios sob a superfície.”
Enquanto o laudo oficial não é divulgado, a pedra verde de 500 quilates segue em análise e sob rigoroso controle. Se confirmada como uma gema natural, entrará para a lista das maiores descobertas acidentais do século. Mas mesmo que não seja, continuará sendo um marco de curiosidade e fascínio — prova de que o extraordinário pode surgir onde menos se espera.


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