Comprar um hatch hoje envolve muito mais do que olhar apenas para o preço na etiqueta. Quem está de olho em modelos como o Hyundai HB20 e o Fiat Argo sabe que a decisão final passa por consumo de combustível, espaço interno, nível de conforto, tecnologia embarcada e custo de manutenção. Essa disputa, que movimenta concessionárias em todo o país, traz pontos fortes e limitações que merecem atenção cuidadosa antes da assinatura do contrato.
Hatch: qual entrega mais economia no dia a dia
A economia de combustível é, sem dúvida, um dos fatores que mais pesam na escolha de um hatch. O Hyundai HB20 com motor 1.0 aspirado registra médias bastante competitivas: cerca de 9,5 km/l no etanol e até 14 km/l na gasolina em trajetos urbanos, podendo passar dos 16 km/l em estrada. Já o Fiat Argo 1.0 Firefly não fica para trás. Ele costuma rodar 9,8 km/l no etanol e cerca de 13,5 km/l na gasolina na cidade, alcançando 15 km/l em rodovias.
Na prática, o Argo tende a se mostrar levemente mais eficiente em etanol, enquanto o HB20 leva vantagem no consumo com gasolina. Para quem roda bastante em rodovia, o Hyundai pode representar economia maior a longo prazo, mas para o motorista urbano que abastece com etanol, o Fiat se mostra competitivo.
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Conforto e espaço interno
O conforto é outro aspecto que influencia a escolha do hatch ideal. O Hyundai HB20 foi redesenhado em sua última geração para oferecer bancos mais ergonômicos e posição de dirigir ajustável, o que facilita a vida em viagens longas. O espaço interno, no entanto, ainda é considerado mediano: quatro adultos viajam com tranquilidade, mas o quinto passageiro no banco traseiro sente a limitação.
O Fiat Argo, por sua vez, tem na cabine um dos seus pontos altos. A largura da carroceria garante maior espaço para os ombros e as pernas, sobretudo no banco traseiro. Além disso, a suspensão é ajustada para absorver melhor os buracos e desníveis do asfalto brasileiro, proporcionando um rodar mais macio.
Itens de série e tecnologia embarcada
Nos hatches compactos, a lista de equipamentos pode fazer diferença. O Hyundai HB20 oferece, desde as versões mais básicas, direção elétrica progressiva, ar-condicionado, vidros elétricos dianteiros e central multimídia compatível com Android Auto e Apple CarPlay. Em configurações mais caras, entram itens como piloto automático, airbags laterais e controles de tração e estabilidade.
O Fiat Argo também não decepciona. O modelo vem com direção elétrica, ar-condicionado e vidros elétricos já de fábrica. A central multimídia Uconnect é bem avaliada por sua interface intuitiva e rápida. Nas versões mais completas, o Argo adiciona câmera de ré, sensor de estacionamento, volante multifuncional e até carregador de celular por indução.
Porta-malas e praticidade
No quesito espaço para bagagens, o Hyundai HB20 conta com um porta-malas de 300 litros, suficiente para as compras do dia a dia ou malas de uma viagem em família. O Fiat Argo, por outro lado, oferece 300 litros também, mas com aproveitamento interno ligeiramente melhor devido ao formato da tampa e ao rebatimento dos bancos traseiros.
Para quem prioriza praticidade urbana, os dois modelos se equivalem. Ambos são compactos para estacionar e manobrar em centros movimentados, mas ainda carregam bagagens de forma satisfatória.
Manutenção e custo de propriedade
Outro ponto que o comprador de hatch deve considerar é o custo de manutenção. O Hyundai HB20 tem revisões programadas transparentes e custos alinhados com a média da categoria. A rede de concessionárias da marca sul-coreana também cresceu no Brasil, o que facilita o atendimento.
Já o Fiat Argo se beneficia da tradição da montadora italiana no país. A disponibilidade de peças é ampla, e a mão de obra costuma ser mais acessível, sobretudo fora das capitais. Na prática, manter um Argo pode sair levemente mais barato no longo prazo, especialmente em reparos simples e fora da garantia.
Dirigibilidade e desempenho
No volante, o Hyundai HB20 entrega uma condução mais firme, com respostas diretas da direção elétrica. O motor 1.0 aspirado atende bem ao uso urbano, mas pode demonstrar limitações em subidas carregadas ou ultrapassagens em rodovias. Já o motor 1.0 turbo, nas versões mais caras, traz fôlego de sobra e acelerações mais vigorosas.
O Fiat Argo, com o motor 1.0 Firefly, é elogiado pela suavidade e pela boa distribuição de torque em baixas rotações, o que facilita a condução em trânsito pesado. No entanto, o desempenho é modesto em altas velocidades, exigindo paciência em retomadas.
Qual hatch oferece melhor custo-benefício
Se o objetivo é encontrar o hatch mais equilibrado, vale olhar para o pacote como um todo. O Hyundai HB20 se destaca pelo consumo eficiente, design mais moderno e pacotes de tecnologia robustos. Já o Fiat Argo conquista pelo conforto, espaço interno e custo de manutenção possivelmente mais baixo.
O comprador que roda muito em rodovia, busca central multimídia intuitiva e não abre mão de revisões previsíveis tende a se satisfazer com o HB20. Já aquele que valoriza espaço interno, suavidade ao rodar e economia com manutenção pode se sentir mais confortável com o Argo.
Reflexão final
Na prática, não existe um vencedor absoluto nessa disputa de hatch. O melhor modelo será aquele que se encaixa no estilo de vida e nas prioridades do motorista. Ao considerar não apenas o preço de compra, mas também o consumo, a manutenção, o conforto e a tecnologia, o consumidor tem nas mãos duas opções sólidas e capazes de atender bem no dia a dia. A escolha final, portanto, depende de como cada detalhe pesa na rotina de quem vai assumir o volante.
A publicação foi bem tendenciosa pois,já tive os dois modelos e nada se compara com os itens de série que o HB20 possui.
Para ter todos os itens no Argo certamente teria que adquirir o modelo mais completo.
Sendo que no HB20 esses itens estão disponíveis inclusive nas versões de entrada.
Eu prefiro o HB20, 6 air-bags, multimídia sem fio, com câmera de ré. Não é quebrador, acabamento melhor. Limitador de velocidade, e piloto automático. E ainda 5 anos de garantia! Eu nunca havia repetido um carro, mas ano passado quando a garantia do meu primeiro hb20 acabou depois de 60 com o carro, troquei noutro, para ter mais 5 anos de tranquilidade.
Não houve comparação entre as garantias dos dois, e que é fundamental