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GWM POER P30 estreia no Brasil a R$ 220 mil, mas especialistas alertam que pode repetir fracasso da Fiat Titano em picapes médias

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 13/09/2025 às 19:54
A GWM POER P30 estreia no Brasil por R$ 220 mil, mas especialistas como Fernando Dupas alertam que a picape pode repetir o fracasso da Fiat Titano no segmento de picapes médias, por limitações de motor e rede de concessionárias.
A GWM POER P30 estreia no Brasil por R$ 220 mil, mas especialistas como Fernando Dupas alertam que a picape pode repetir o fracasso da Fiat Titano no segmento de picapes médias, por limitações de motor e rede de concessionárias.
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A GWM POER P30 chega ao mercado brasileiro com preço agressivo e pacote robusto de equipamentos, mas especialistas como Fernando Dupas alertam para riscos de repetir os erros da Fiat Titano.

A chegada da GWM POER P30 ao Brasil acende uma dúvida imediata: será que a nova picape chinesa conseguirá se firmar ou vai repetir o fracasso da Fiat Titano? O modelo estreia com preço inicial de R$ 220 mil nos primeiros dez dias de vendas, mirando diretamente concorrentes tradicionais como Toyota Hilux, Ford Ranger e Nissan Frontier. O atrativo é claro, mas os pontos de fragilidade levantam dúvidas sobre sua aceitação.

Segundo o especialista Fernando Dupas, a estratégia é muito semelhante ao que aconteceu com a Titano em 2023: motor a diesel limitado, promessa de robustez em vez de desempenho e rede de concessionárias insuficiente. Esse conjunto de fatores já foi testado e não deu certo, o que gera cautela em relação à POER P30.

O que a GWM POER P30 oferece no Brasil

A GWM POER P30 estreia no Brasil por R$ 220 mil, mas especialistas como Fernando Dupas alertam que a picape pode repetir o fracasso da Fiat Titano no segmento de picapes médias, por limitações de motor e rede de concessionárias.

A GWM POER P30 foi lançada com motor 2.0 turbodiesel de 184 cavalos e 480 Nm de torque, acoplado a um câmbio automático de nove marchas.

O conjunto prioriza durabilidade, mas não entrega a força e a agilidade exigidas pelo público que compra picapes médias.

Por outro lado, o modelo se destaca no pacote de equipamentos.

A POER P30 oferece sistemas ADAS de assistência à condução, cabine moderna e itens de conforto dignos de versões topo de linha, normalmente vistos apenas em rivais que custam de R$ 300 mil a R$ 400 mil.

Essa é a principal aposta da GWM: oferecer mais por menos.

O paralelo inevitável com a Fiat Titano

O histórico da Fiat Titano é inevitavelmente comparado ao da nova GWM POER P30.

Em 2023, a Fiat trouxe ao Brasil uma picape chinesa com preço competitivo, mas que falhou em pontos cruciais.

A Titano enfrentou críticas pela baixa potência, dificuldades de reposição de peças e falta de apelo junto ao público do interior e do agronegócio.

Segundo Fernando Dupas, a grande lição é clara: não basta preço agressivo, é preciso estrutura para atender o cliente. E justamente aí está o desafio da GWM.

O desafio da rede de concessionárias

A GWM ainda não possui rede capilarizada no interior do Brasil, onde está concentrada a maior parte da demanda por picapes médias.

Esse fator pode ser decisivo, já que produtores rurais e frotistas precisam de manutenção rápida e acesso fácil a peças.

A Fiat, mesmo com rede nacional consolidada, não conseguiu emplacar a Titano.

Se a POER P30 enfrentar os mesmos obstáculos sem o suporte de uma rede estruturada, a rejeição pode ser ainda mais rápida.

A estratégia de preço agressivo

O preço inicial de R$ 220 mil é o grande chamariz da GWM POER P30, mas a dúvida é se esse valor se manterá.

Caso o preço suba após o período promocional, a picape perde seu principal diferencial competitivo e pode se tornar apenas mais uma opção de nicho em grandes capitais.

Outro risco é a percepção de mercado.

Se a POER P30 não alcançar bons volumes de vendas, pode ser vista como produto encalhado, repetindo a imagem negativa da Titano e trazendo insegurança ao consumidor brasileiro quanto à confiabilidade da marca.

Vale a pena comprar a GWM POER P30?

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A resposta ainda não é definitiva. Para quem busca equipamentos de última geração a preço mais baixo, a GWM POER P30 pode ser um bom negócio.

Mas para o público tradicional das picapes médias, que valoriza rede de assistência ampla, potência elevada e pós-venda eficiente, as limitações são claras.

Segundo Fernando Dupas, o sucesso da POER P30 dependerá de dois fatores: manter o preço competitivo e expandir a rede de concessionárias para o interior do país.

Sem isso, o risco de repetir a história da Titano é grande.

A GWM POER P30 chega com promessas ousadas, mas enfrenta os mesmos desafios que derrubaram a Fiat Titano: rede limitada, motor pouco competitivo e desconfiança do público que sustenta o segmento.

Se a GWM não agir rápido para consolidar sua estrutura, a POER P30 pode se transformar em mais um mico no mercado brasileiro.

Você acredita que a GWM POER P30 tem chance de se firmar contra Hilux e Ranger ou será mais um fracasso como a Titano? Deixe sua opinião nos comentários — sua experiência pode enriquecer ainda mais esse debate.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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