GWM Haval H9 desafia a Toyota Hilux SW4 no mercado de SUVs de luxo 4×4. Confira diferenças em preço, motor, tecnologia e espaço interno
O mercado de carros de luxo no Brasil acaba de ganhar um novo protagonista: o GWM Haval H9, lançado oficialmente neste mês. O modelo chega para disputar espaço diretamente com a Toyota Hilux SW4, SUV 4×4 consagrado e líder de vendas em sua categoria.
Porém, a grande questão é: o que cada um realmente oferece? Além disso, quanto custam, como se diferenciam e por que, afinal, esse comparativo é tão relevante para os consumidores brasileiros?
Assim, neste artigo, analisamos ponto a ponto os dois modelos, comparando não apenas motor e desempenho, mas também dimensões, equipamentos, consumo, design e proposta de mercado. Dessa forma, você terá uma visão clara e objetiva sobre qual SUV de luxo 4×4 pode ser a melhor escolha.
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Preço e posicionamento no mercado
A GWM decidiu atacar a concorrência com uma estratégia agressiva de custo-benefício. O Haval H9 chega ao país custando R$ 309 mil na versão única, valor cerca de R$ 110 mil abaixo do Toyota Hilux SW4 mais simples com sete lugares. Após 20 de setembro, o preço sobe para R$ 319 mil, mas ainda se mantém competitivo diante do rival japonês.
Enquanto isso, a Toyota aposta em sua longa reputação e rede consolidada de pós-venda, fatores que historicamente influenciam a decisão de compra no segmento de carros de luxo 4×4.
Motor e desempenho: força versus tradição
No coração do H9 está o 2.4 turbodiesel GW4D24, capaz de entregar 184 cv e 48,9 kgfm de torque, acoplado a um câmbio automático de nove marchas. O SUV acelera de 0 a 100 km/h em 12 segundos, alcançando 165 km/h de velocidade máxima. O consumo homologado é de 9,1 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada.
Já a Toyota Hilux SW4 mantém seu conhecido 2.8 turbodiesel 1GD-FTV, atualizado em 2025 para atender às regras do Proconve L8. O motor entrega 204 cv e 50,9 kgfm de torque, ligado a um câmbio automático de seis marchas. No desempenho, leva vantagem: faz de 0 a 100 km/h em 11,8 segundos e chega a 180 km/h, com consumo de 9,3 km/l urbano e 10,5 km/l rodoviário.
Tamanho e proporções: quem leva vantagem no espaço?
O GWM Haval H9 se destaca pelo porte imponente: são 4,95 m de comprimento, 1,97 m de largura e 1,93 m de altura, com 2,85 m de entre-eixos, o maior da categoria. O porta-malas varia de 88 litros com sete lugares ativos até 1.580 litros com todos os bancos rebatidos.
Por outro lado, o Toyota Hilux SW4, é mais compacto, medindo 4,79 m de comprimento, 1,85 m de largura e 1,83 m de altura, com entre-eixos de 2,74 m. O porta-malas vai de 180 litros (sete lugares) até 716 litros com bancos rebatidos.
Desta forma, o H9 entrega mais espaço interno e bagagem, mas o SW4 segue como opção mais equilibrada para quem busca versatilidade.
Interior e equipamentos: inovação contra tradição
Se há um ponto em que o Haval H9 tenta se diferenciar, é no pacote tecnológico. O SUV traz bancos dianteiros com massagem, aquecimento e ventilação, painel digital de 10,25’’, multimídia de 14,6’’ com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, carregador por indução de 50W, teto solar panorâmico e sistema de som de 640W.
Além disso, oferece recursos avançados de segurança com pacote ADAS 2+, seis airbags, frenagem autônoma e monitoramento de tráfego cruzado.
O Toyota Hilux SW4, embora bem equipado, exibe sinais de defasagem no design interno, pouco renovado desde 2016. Ainda assim, oferece câmeras de 360º, sete airbags, ar-condicionado automático de duas zonas, bancos dianteiros com ajustes elétricos e o sistema Toyota Safety Sense, que agrega recursos como alerta de colisão e controle adaptativo de velocidade.
Carros de luxo e SUVs 4×4: perfis diferentes de consumidor
O embate entre GWM Haval H9 e Toyota Hilux SW4 vai além das fichas técnicas.
Assim, o consumidor que valoriza inovação, tecnologia embarcada e custo-benefício tende a se sentir atraído pelo H9. Já quem busca tradição, confiabilidade e revenda consolidada dificilmente abrirá mão da SW4.
Portanto, o mercado de esportivos e SUVs 4×4 de luxo no Brasil ganha uma disputa interessante, marcada pelo choque entre a novidade chinesa e a tradição japonesa.