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Mesmo com saúde debilitada, Papa Francisco participa da celebração pascal no Vaticano e clama por paz na Faixa de Gaza, pedindo a libertação de reféns e o fim imediato da guerra
Mesmo em recuperação de uma pneumonia grave, o Papa Francisco, de 88 anos, apareceu na sacada da Basílica de São Pedro neste domingo de Páscoa. Diante de milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, ele participou brevemente da tradicional celebração, enquanto um assessor leu a bênção “Urbi et Orbi”. A participação foi curta, mas carregada de significado diante da condição de saúde do pontífice.
Papa pede cessar-fogo no Oriente Médio
Durante a mensagem, o Papa pediu um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. Ele condenou a “deplorável situação humanitária” causada pela guerra de 18 meses entre Israel e o Hamas.
O pontífice afirmou: “Expresso minha proximidade aos sofrimentos… de todo o povo israelense e do povo palestino”. Além disso, apelou para o grupo Hamas libertar os reféns ainda mantidos em cativeiro.
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O Papa aproveitou a ocasião para condenar o crescimento do antissemitismo no mundo e reforçou suas críticas às ações militares israelenses. Antes de sua internação de cinco semanas no Hospital Gemelli, em Roma, Francisco já havia chamado a situação em Gaza de “muito séria e vergonhosa”.
Na mensagem de Páscoa, ele declarou: “Apelo às partes em conflito: declarem um cessar-fogo, libertem os reféns e venham em auxílio de um povo faminto que aspira a um futuro de paz”.
Convalescença e atividades recentes
Desde que recebeu alta do hospital em 23 de março, o Papa está sob recomendação médica de dois meses de repouso. Mesmo assim, tem feito aparições esporádicas.
No domingo, foi substituído pelo Cardeal Angelo Comastri na presidência da missa. Recentemente, também visitou uma prisão em Roma, mas não realizou o tradicional ritual da lavagem dos pés. Quando questionado por jornalistas sobre sua saúde, respondeu: “Estou vivendo da melhor maneira possível”.
Encontro com vice-presidente dos Estados Unidos
Ainda no domingo, o Papa teve uma reunião privada com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance. Eles trocaram saudações de Páscoa.
No sábado anterior, Vance já havia se encontrado com o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, e com Paul Richard Gallagher, secretário da Santa Sé para relações com os Estados.
A visita aconteceu dois meses após tensões entre Francisco e o governo Trump. O Papa havia criticado os planos americanos de deportar milhões de imigrantes e de cortar programas sociais.
Francisco também rejeitou a tentativa de Vance de usar antigos ensinamentos católicos para justificar essas políticas. Em resposta, publicou uma carta aberta aos bispos católicos dos EUA, defendendo que a Igreja pense em todos, e não apenas nos mais próximos.
Com informações de Al Jazeera.
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