Trump corta US$ 7,5 bi em subsídios para energia renovável em vários estados: impacto em projetos solares, eólicos e política ambiental
Nesta sexta-feira (3), segundo dados da revista Exame, o Governo Trump anunciou um corte bilionário de US$ 7,5 bilhões em subsídios para energia renovável, afetando diretamente 223 projetos solares e eólicos em 16 estados. Essa decisão marca uma reorientação drástica na política ambiental dos Estados Unidos.
Governo Trump corta subsídios para energia renovável: impacto imediato nos estados
O cenário energético dos Estados Unidos sofreu uma reviravolta em 3 de outubro de 2025, quando o Governo Trump oficializou o cancelamento de mais de US$ 7,5 bilhões em subsídios destinados à energia renovável.
A medida, divulgada pelo Departamento de Energia, afeta diretamente 223 projetos solares e eólicos em 16 estados. A justificativa oficial aponta falta de viabilidade econômica e retorno insuficiente para os cofres públicos.
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Segundo o comunicado, 321 subvenções foram canceladas, representando uma economia estimada de US$ 7,56 bilhões para os contribuintes americanos. Os projetos estavam vinculados a agências como:
- Demonstração de Energias Limpas
- Eficiência Energética e Energias Renováveis
- Modernização de Redes Elétricas
- Projetos de Pesquisa Energética Avançada
O Departamento de Energia afirmou que os projetos apresentavam baixa relevância para atender à demanda energética nacional. Além disso, 26% dos subsídios cancelados foram concedidos entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, período entre a eleição e a posse de Trump.
Corte bilionário afeta projetos solares e eólicos em estados norte-americanos
Os cortes atingem diretamente estados como Califórnia, Nova York, Illinois, Oregon, Washington e outros. Esses estados concentram grande parte dos investimentos em energia renovável, especialmente em usinas solares e eólicas offshore.
“A falsa iniciativa do ‘Novo Pacto Verde’ será cancelada”, declarou Russell Vought, diretor do Escritório de Administração e Orçamento, em referência ao plano climático da administração Biden. Segundo dados da fonte, a medida é vista por especialistas como uma retaliação política, já que os estados afetados são majoritariamente democratas e lideram iniciativas de transição energética.
Energia renovável em risco: impactos nos projetos solares e eólicos
A decisão do Governo Trump afeta diretamente a expansão de fontes limpas de energia. Os projetos solares e eólicos cancelados estavam em fase de desenvolvimento ou implantação, com potencial para abastecer milhões de residências e reduzir emissões de carbono.
Principais impactos:
- Interrupção de obras em usinas eólicas offshore na costa leste
- Suspensão de projetos solares em diversos estados
- Redução da capacidade instalada de energia limpa nos próximos anos
- Desestímulo à inovação tecnológica no setor energético
Além disso, empresas e investidores que apostavam na transição energética enfrentam agora incertezas regulatórias e financeiras, o que pode comprometer a competitividade dos EUA no mercado global de energias limpas.
Governo Trump prioriza combustíveis fósseis e energia nuclear
Desde sua posse, o Governo Trump tem priorizado mineração de carvão, fraturamento hidráulico e energia nuclear avançada. A justificativa é atender à crescente demanda energética dos centros de dados que suportam o desenvolvimento da inteligência artificial.
Trump afirmou que os Estados Unidos precisará ampliar significativamente sua geração de eletricidade nos próximos anos, podendo até triplicá-la, destacando a necessidade de fontes confiáveis e de alta densidade energética.
Essa mudança de foco representa um retrocesso na política ambiental, com impactos diretos na meta de neutralidade de carbono e nos compromissos internacionais assumidos pelos EUA.
A medida gerou forte reação de ambientalistas, governadores democratas e especialistas em energia. Muitos acusam o Governo Trump de politizar a transição energética, penalizando estados opositores e favorecendo setores tradicionais. A decisão também levanta preocupações sobre o cumprimento das metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris, do qual os EUA voltaram a fazer parte em 2021.
Projetos solares e eólicos buscam alternativas após corte bilionário
O corte bilionário pode desacelerar o avanço da energia renovável nos EUA, comprometendo metas climáticas e a liderança tecnológica do país. No entanto, estados como Califórnia e Nova York já anunciaram que buscarão financiamento alternativo para manter seus projetos ativos.
Empresas privadas, fundos de investimento e organizações internacionais podem desempenhar papel crucial na manutenção dos projetos solares e eólicos, mesmo diante da retirada de apoio federal.
Além disso, há expectativa de que o Congresso, especialmente senadores democratas, proponha medidas para restaurar parte dos incentivos por meio de legislações estaduais ou federais.
O futuro da energia renovável nos Estados Unidos
O anúncio feito em 3 de outubro de 2025 pelo Governo Trump representa um marco na política energética dos Estados Unidos, com implicações profundas para o setor de energia renovável. O corte bilionário de US$ 7,5 bilhões em subsídios afeta diretamente projetos solares e eólicos em estados democratas, gerando controvérsias e preocupações ambientais.
A decisão reforça a prioridade do governo por combustíveis fósseis e energia nuclear, enquanto enfraquece iniciativas sustentáveis que vinham ganhando força nos últimos anos. Para o futuro, será essencial acompanhar como os estados afetados e o setor privado reagirão, buscando alternativas para manter viva a transição energética.
A energia renovável continua sendo uma aposta estratégica para o desenvolvimento sustentável, e sua defesa exige articulação política, inovação e engajamento da sociedade.