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Governo quer desburocratizar o setor portuário e implantar contratos temporários em portos públicos

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 09/06/2020 às 08:33
portos, economia, portuário, governo
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Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que portos organizados no Brasil enfrentam problemas burocráticos e de ociosidade

Ainda neste ano, o governo quer efetivas uma agenda de desburocratização do setor portuário, com novos modelos de contratação em portos públicos. De acordo com auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a conclusão que se teve foi que os portos organizados no país enfrentam problemas burocráticos e de ociosidade.

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O que se busca, sobretudo pela Secretaria de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, é o resgate dos contratos temporários, usados anteriormente, mas derrubado por decisões judiciais.

Uma das recomendações da auditoria – que ainda precisa passar pelo plenário da Corte – é para que o governo crie mecanismos de contratação que viabilizem a exploração de áreas operacionais dos portos organizados para as quais o arrendamento não seja adequado, a exemplo do contrato de uso temporário.

Diogo Piloni, secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, diz que “Estamos avaliando levantar isso para status legal, essa e outras simplificações”.

Segundo o Estadão, a solução é pensada num contexto de números preocupantes para o segmento público de portos. A auditoria do TCU identificou uma taxa média de ociosidade geral dos principais portos organizados de 56%. Para os técnicos da Corte, um dos limitadores para a exploração desses espaços é o fato de o arrendamento – “com todas as suas dificuldades” – ser a única forma de contratação entre a autoridade portuária e os terminais.

Esse tipo de contrato é apontado como rígido (tem até 35 anos de vigência) e incapaz de conferir aos terminais arrendados e à autoridade portuária a flexibilidade exigida pelo dinamismo dos fluxos comerciais do setor de portos. Além disso, seu processo licitatório é visto como extremamente demorado, já que pode levar mais de dois anos entre o início dos estudos e a assinatura do contrato.

No modelo de contrato usado pelo governo no passado, uma área poderia ser entregue sem licitação por até 60 meses (5 anos). As condições eram de que a empresa não tivesse arrendamento no porto e que a carga a ser movimentada não estivesse consolidada no local. Posteriormente, a operação poderia, então, passar por um processo de licitação.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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