Lula promete novos mercados e volta a criticar sanções dos EUA. Presidente afirma que buscará ampliar acordos comerciais e reforça que soberania brasileira não é negociável diante de restrições impostas por Washington
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil irá buscar novos mercados para compensar as barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos. Durante discurso, Lula criticou duramente as sanções, classificando-as como injustificadas e motivadas por razões políticas e ideológicas. Ele destacou que a soberania brasileira é “intocável” e que o país continuará negociando com nações dispostas a manter relações comerciais equilibradas.
Segundo Lula, medidas unilaterais como as aplicadas contra o Brasil prejudicam o comércio global e ameaçam o multilateralismo. Ele disse que não pretende entrar em conflito direto com os EUA, mas que, se necessário, o governo buscará alternativas de exportação para países como Índia, China, Rússia e membros do BRICS.
Críticas às sanções e defesa da democracia brasileira
Lula afirmou que não existem razões comerciais legítimas para que o Brasil seja alvo de sanções norte-americanas, lembrando que, nos últimos 15 anos, os EUA acumularam superávit de mais de US$ 410 bilhões na balança comercial bilateral. Ele também rebateu acusações sobre desrespeito aos direitos humanos e garantiu que o país mantém um Judiciário independente e alinhado às regras democráticas.
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O presidente ressaltou que julgamentos de envolvidos nos ataques de 8 de janeiro seguem princípios constitucionais e que esse processo é prova de maturidade democrática. Em tom crítico, acusou Washington de criar “imagens de inimigos” para justificar conflitos internacionais.
Estratégia de diversificação comercial
Lula informou que o Brasil abriu 400 novos mercados em dois anos e meio e que continuará expandindo acordos de exportação. Citou como exemplo recente a venda de carne bovina e miúdos para as Filipinas e adiantou que já tem agendas comerciais marcadas com a Índia e o Vietnã. O objetivo é ampliar o leque de parceiros, reduzir dependência de poucos mercados e fortalecer a posição brasileira no comércio global.
O presidente também defendeu o mercado interno como alternativa em caso de retração nas exportações. Segundo ele, o Brasil tem potencial para absorver parte da produção que hoje vai para o exterior, garantindo renda e estabilidade para produtores e trabalhadores.
Relação com os EUA e o papel do multilateralismo
Apesar das críticas, Lula disse que não pretende romper laços comerciais com os Estados Unidos, mas exigiu “respeito mútuo” e tratamento equilibrado. Ele alertou que ações como as sanções atuais fragilizam o sistema multilateral de comércio, já enfraquecido desde a saída dos EUA das negociações da OMC em 2008.
O presidente destacou que o Brasil busca fortalecer o BRICS como fórum de cooperação e que o bloco poderá discutir estratégias conjuntas para enfrentar medidas unilaterais. “O mundo é grande e está disposto a negociar com o Brasil”, afirmou.
Lula encerrou seu discurso pedindo agilidade ao Congresso na votação de medidas para minimizar os impactos das sanções. Ele reforçou que o país seguirá priorizando o diálogo, mas não hesitará em agir para proteger seus interesses econômicos e políticos.
Você concorda com a estratégia do governo de buscar novos mercados como resposta às sanções dos EUA? Acredita que essa medida fortalece ou enfraquece o Brasil no cenário internacional? Deixe sua opinião nos comentários.
Adolf trump age como um naz ista econômico. Eu não compro mais nada de empresas americanas.
Concordo com o livre comércio. A medida adotada pelo governo brasileiro somente fortalece o país no cenário internacional.