1. Início
  2. / Economia
  3. / Governo ignora pressão dos EUA, abre 400 novos mercados e ameaça cortar dependência comercial que movimentou US$ 410 bilhões
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 2 comentários

Governo ignora pressão dos EUA, abre 400 novos mercados e ameaça cortar dependência comercial que movimentou US$ 410 bilhões

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 13/08/2025 às 20:33
Sanções dos EUA empurram Brasil para acordos no BRICS, abrindo 400 novos mercados e reacendendo disputa geopolítica
Sanções dos EUA empurram Brasil para acordos no BRICS, abrindo 400 novos mercados e reacendendo disputa geopolítica
  • Reação
  • Reação
2 pessoas reagiram a isso.
Reagir ao artigo

Lula promete novos mercados e volta a criticar sanções dos EUA. Presidente afirma que buscará ampliar acordos comerciais e reforça que soberania brasileira não é negociável diante de restrições impostas por Washington

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil irá buscar novos mercados para compensar as barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos. Durante discurso, Lula criticou duramente as sanções, classificando-as como injustificadas e motivadas por razões políticas e ideológicas. Ele destacou que a soberania brasileira é “intocável” e que o país continuará negociando com nações dispostas a manter relações comerciais equilibradas.

Segundo Lula, medidas unilaterais como as aplicadas contra o Brasil prejudicam o comércio global e ameaçam o multilateralismo. Ele disse que não pretende entrar em conflito direto com os EUA, mas que, se necessário, o governo buscará alternativas de exportação para países como Índia, China, Rússia e membros do BRICS.

Críticas às sanções e defesa da democracia brasileira

Lula afirmou que não existem razões comerciais legítimas para que o Brasil seja alvo de sanções norte-americanas, lembrando que, nos últimos 15 anos, os EUA acumularam superávit de mais de US$ 410 bilhões na balança comercial bilateral. Ele também rebateu acusações sobre desrespeito aos direitos humanos e garantiu que o país mantém um Judiciário independente e alinhado às regras democráticas.

O presidente ressaltou que julgamentos de envolvidos nos ataques de 8 de janeiro seguem princípios constitucionais e que esse processo é prova de maturidade democrática. Em tom crítico, acusou Washington de criar “imagens de inimigos” para justificar conflitos internacionais.

Estratégia de diversificação comercial

Lula informou que o Brasil abriu 400 novos mercados em dois anos e meio e que continuará expandindo acordos de exportação. Citou como exemplo recente a venda de carne bovina e miúdos para as Filipinas e adiantou que já tem agendas comerciais marcadas com a Índia e o Vietnã. O objetivo é ampliar o leque de parceiros, reduzir dependência de poucos mercados e fortalecer a posição brasileira no comércio global.

O presidente também defendeu o mercado interno como alternativa em caso de retração nas exportações. Segundo ele, o Brasil tem potencial para absorver parte da produção que hoje vai para o exterior, garantindo renda e estabilidade para produtores e trabalhadores.

Relação com os EUA e o papel do multilateralismo

Apesar das críticas, Lula disse que não pretende romper laços comerciais com os Estados Unidos, mas exigiu “respeito mútuo” e tratamento equilibrado. Ele alertou que ações como as sanções atuais fragilizam o sistema multilateral de comércio, já enfraquecido desde a saída dos EUA das negociações da OMC em 2008.

O presidente destacou que o Brasil busca fortalecer o BRICS como fórum de cooperação e que o bloco poderá discutir estratégias conjuntas para enfrentar medidas unilaterais. “O mundo é grande e está disposto a negociar com o Brasil”, afirmou.

Lula encerrou seu discurso pedindo agilidade ao Congresso na votação de medidas para minimizar os impactos das sanções. Ele reforçou que o país seguirá priorizando o diálogo, mas não hesitará em agir para proteger seus interesses econômicos e políticos.

Você concorda com a estratégia do governo de buscar novos mercados como resposta às sanções dos EUA? Acredita que essa medida fortalece ou enfraquece o Brasil no cenário internacional? Deixe sua opinião nos comentários.

Inscreva-se
Notificar de
guest
2 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Eduardo
Eduardo
13/08/2025 21:29

Adolf trump age como um naz ista econômico. Eu não compro mais nada de empresas americanas.

Luiz Roberto
Luiz Roberto
13/08/2025 21:16

Concordo com o livre comércio. A medida adotada pelo governo brasileiro somente fortalece o país no cenário internacional.

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x