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Governo Federal se prepara para protocolar ação no STF contra o projeto de privatização da Eletrobras

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 05/05/2023 às 21:53
A AGU do Governo Federal já está com a ação de inconstitucionalidade produzida e deve entregar ao STF nos próximos dias. O objetivo é contestar o projeto de privatização da Eletrobras, iniciado no Governo Bolsonaro.
Fonte: O Dia

A AGU do Governo Federal já está com a ação de inconstitucionalidade produzida e deve entregar ao STF nos próximos dias. O objetivo é contestar o projeto de privatização da Eletrobras, iniciado no Governo Bolsonaro.

Para essa sexta-feira, (05/05), a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Governo Federal já estão se preparando para protocolar uma ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o projeto de privatização da Eletrobras. Iniciado no Governo Bolsonaro, o projeto vem causando discussões em todo o país. Agora, o Governo Lula busca a retomada da parte majoritária da União na participação da companhia de energia nacional.

Ação do Governo Federal contra o projeto de privatização da Eletrobras no Governo Bolsonaro deve chegar ao STF nos próximos dias

O Governo Federal está determinado a recuperar o controle da Eletrobras e já tem uma ação pronta para contestar o modelo de privatização da empresa no Supremo Tribunal Federal (STF).

A Advocacia-Geral da União (AGU) está encabeçando a iniciativa para devolver à União o poder de controle da empresa, mesmo sem deter a maioria das ações ordinárias com direito a voto.

A operação que cedeu o controle da Eletrobras à iniciativa privada foi concluída em junho de 2022, quando houve um aumento de capital da empresa, mas apenas o mercado participou.

O Governo Federal, por meio da União, BNDES e BNDESPar, reduziu sua fatia societária de 62% para pouco mais de 40%, e nenhum outro acionista chega perto dessa participação.

As fontes do governo diretamente envolvidas com o assunto afirmam que a ação de inconstitucionalidade será protocolada ao STF nos próximos dias.

O objetivo é recuperar o poder de controle da Eletrobras, uma das maiores empresas do setor elétrico brasileiro, que é estratégica para o país.

A ação promete ser um marco importante na disputa pela Eletrobras e deve gerar muita repercussão.

Será essencial acompanhar os desdobramentos dessa iniciativa do governo brasileiro nos próximos dias e ver como a iniciativa privada reagirá a essa tentativa de retomada do controle da empresa pelo Estado.

Modelo de privatização proposto pelo Governo Federal é a principal crítica do Governo Federal ao projeto 

O modelo de privatização da Eletrobras, aprovado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, previu que a empresa atuaria como uma “corporation”.

Isso significa que o direito de voto de todos os acionistas ou blocos de acionistas ficaria limitado a 10%, tanto em votações quanto em indicações de membros do conselho de administração.

Essa restrição estava na lei do projeto de privatização da Eletrobras e nas regras da capitalização, com o objetivo de impedir grandes investidores, nacionais ou estrangeiros, de assumir o controle da empresa.

No entanto, o atual Governo Federal planeja mexer nessa cláusula e recuperar o controle da empresa por meio da ação da AGU ao STF.

A ideia é impor o conceito de proporcionalidade nas decisões da empresa, permitindo que a União, mesmo com uma participação menor, possa recuperar o controle da Eletrobras, uma das maiores empresas do setor elétrico do país.

Ao recuperar o controle da Eletrobras, o governo brasileiro teria mais poder para definir a estratégia da empresa e tomar decisões importantes para o setor elétrico do país.

Sobre a Eletrobras

A Eletrobras é uma empresa de capital aberto e de economia mista, controlada pelo governo brasileiro, que atua no setor elétrico. Fundada em 1962, é responsável por grande parte da geração, transmissão e distribuição de energia elétrica no país, sendo uma das maiores empresas do setor no mundo.

O futuro da Eletrobras e do setor elétrico brasileiro é um tema de grande importância para a economia do país, afetando o desenvolvimento industrial nacional. Agora, o Governo Federal seguirá ao STF para reverter os danos do projeto de privatização da companhia.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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