Oficialmente, a estimativa é que a nova usina seja capaz de gerar 1 gigawatt (GW) de energia, quantidade suficiente para abastecer uma cidade com um milhão e meio de habitantes
O Governo Federal divulgou, nesta segunda-feira (24/01), o Plano Decenal de Energia (PDE) do Ministério de Minas e Energia, que prevê a obra de uma nova usina nuclear no Brasil. Embora tenha sido divulgado agora, a usina entrará em funcionamento apenas em 2031.
As informações constam no PDE, documento base para o planejamento estratégico para o setor do Governo. Assim, mesmo que o governo não tenha indicado o local de construção da usina, o PDE garante que ela ficará no Sudeste ou Centro-Oeste. Isso confirma a fala do ministro Bento Albuquerque em entrevista concedida em dezembro de 2021 para um canal de televisão, na qual diz que o Rio de Janeiro é um “forte candidato” para situar a quarta usina nuclear brasileira.
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Oficialmente, a estimativa é que a nova usina seja capaz de gerar 1 gigawatt (GW) de energia, quantidade suficiente para abastecer uma cidade com um milhão e meio de habitantes. O governo argumenta no PDE que o Brasil é privilegiado também na disponibilidade de urânio, principal fonte para uma usina nuclear, e compreende toda a tecnologia necessária, desde a mineração até a montagem.
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Com duas unidades de usina nuclear, Angra 1 e 2, em Angra dos Reis (RJ), a matriz energética nuclear corresponde, hoje, a menos de 3% de toda a energia gerada e consumida no Brasil.
Quanto à usina nuclear de Angra 3, de 1,405 GW, a previsão do governo é que o projeto comece as operações comerciais no final do ano de 2026, utilizando toda a capacidade no ano seguinte.
A obra de Angra 3 precisou ser interditada após denúncias de corrupção e devido ao cenário fiscal comprometido. Porém, atualmente, o governo está em busca de parceiros e de um método para fazer com que seja possível a volta da construção.
Sempre esteve presente nos planos de Bento Albuquerque, um dos ministros do governo, que houvesse mais foco na construção de usinas nucleares. Entretanto, de acordo com o jornal O Globo, até o momento não existia a formalização de uma nova usina a médio prazo.
Exploração de Urânio
A exploração do urânio, principal combustível para uma usina nuclear, é monopólio da União, o que significa um empecilho na construção dessas usinas no país. Contudo, o ministro de Minas e Energia deseja alterar essa lei.
Para que isso seja possível, é necessário intensificar a exploração do urânio, que só é permitida à iniciativa privada se ele estiver associado em grande quantidade a algum outro elemento, assim como ocorre no Ceará, em Santa Quitéria.
Para acabar com o monopólio da União sobre a exploração da energia nuclear, vontade já expressada pelo ministro Bento Albuquerque, seria necessário alterar a Constituição Federal. Ainda, o PDE calcula que a potência instalada para geração de energia elétrica crescerá em 37% nos 10 anos seguintes, emplacando 276 gigawatts em 2031, com as fontes eólica e solar ganhando notoriedade, ao passo que a fonte hídrica terá sua parcela diminuída a menos da metade. O documento do governo estima que o parque gerador do país aumentará 75 GW em 2031.