1. Início
  2. / Economia
  3. / Governo estuda mudanças que podem baratear a CNH no Brasil: ensino a distância e novas regras para aulas práticas estão em debate
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 1 comentários

Governo estuda mudanças que podem baratear a CNH no Brasil: ensino a distância e novas regras para aulas práticas estão em debate

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 03/09/2025 às 16:09
Governo estuda mudanças que podem baratear a CNH no Brasil ensino a distância e novas regras para aulas práticas estão em debate
Governo estuda mudanças que podem baratear a CNH no Brasil ensino a distância e novas regras para aulas práticas estão em debate
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

Governo estuda medidas para baratear e desburocratizar a CNH, incluindo ensino a distância para aulas teóricas e flexibilização das práticas. Entenda o que pode mudar.

Tirar a primeira habilitação no Brasil é um desafio cada vez maior para a população. O custo médio para conquistar a CNH nas categorias A e B gira em torno de R$ 3.000, podendo chegar a R$ 5.000 em alguns estados. Para milhões de brasileiros, esse valor representa quase três salários mínimos, o que torna o documento inacessível.

Segundo o Serviço Nacional de Trânsito (Senatran), cerca de 20 milhões de brasileiros dirigem sem habilitação, reflexo direto dos custos elevados e da burocracia do processo. Além disso, dados oficiais mostram uma queda na emissão da primeira CNH: de 2,8 milhões em 2022 para 2,5 milhões em 2024 — uma redução de 7,5%.

Governo discute soluções

Com o objetivo de democratizar o acesso à habilitação, o Ministério dos Transportes apresentou em audiência pública, no dia 2 de setembro, um conjunto de propostas que prometem baratear e agilizar o processo de emissão da CNH.

As medidas foram apresentadas pelo secretário nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, e fazem parte de uma estratégia de modernização que busca alinhar o Brasil a práticas já utilizadas em outros países.

YouTube Video

Ensino a distância para aulas teóricas

Um dos pontos centrais do debate é a adoção do ensino a distância (EAD) para as aulas teóricas. Hoje, os candidatos precisam comparecer presencialmente às autoescolas para cumprir a carga horária obrigatória.

Com a digitalização, seria possível assistir às aulas em casa, no celular ou computador, reduzindo deslocamentos, custos operacionais e até desistências. A proposta deve gerar impacto direto no valor final da habilitação, já que diminui a necessidade de infraestrutura física das autoescolas.

Flexibilização das aulas práticas

Outra proposta em análise é a flexibilização da oferta de aulas práticas. Atualmente, a lei exige 20 horas mínimas de prática em autoescola, o que encarece o processo.

O novo modelo permitiria que instrutores autônomos credenciados também pudessem dar aulas, aumentando a concorrência e reduzindo preços. Além disso, o governo avalia revisar a carga horária mínima, dando mais liberdade ao candidato para decidir quando está pronto para o exame prático.

Essa mudança também pode gerar empregos e abrir espaço para profissionais independentes que desejam atuar como instrutores credenciados.

Consulta pública e participação da sociedade

O Ministério dos Transportes informou que a proposta ainda será submetida a consulta pública, permitindo que cidadãos, especialistas, autoescolas e entidades de classe deem sugestões antes da versão final do projeto.

Essa abertura é vista como essencial para garantir que a reforma contemple as necessidades dos motoristas, mas também mantenha o compromisso com a segurança no trânsito.

YouTube Video

O impacto esperado

Se aprovadas, as medidas devem ter impacto direto em três frentes:

  1. Econômica: Redução dos custos para tirar a CNH, tornando o documento mais acessível para milhões de brasileiros.
  2. Social: Inclusão de motoristas que hoje estão à margem por não conseguirem arcar com o valor da habilitação.
  3. Setorial: Ampliação do número de profissionais habilitados em áreas como transporte de cargas e passageiros — setores que enfrentam escassez de trabalhadores.

Atualmente, estima-se que falte 65% de mão de obra no transporte de cargas e 55% no transporte de passageiros. A democratização da CNH pode ajudar a reduzir esse déficit.

Desafios pela frente

Apesar do otimismo, o projeto enfrenta desafios. Representantes de autoescolas já demonstraram preocupação com a adoção do EAD e com a possibilidade de instrutores autônomos concorrerem diretamente com os centros de formação.

Outro ponto é a necessidade de garantir que a flexibilização não comprometa a qualidade da formação dos motoristas, fator essencial para manter a segurança viária e reduzir acidentes.

Aplicativo CPG Click Petroleo e Gas
Menos Anúncios, interação com usuários, Noticias/Vagas Personalizadas, Sorteios e muitos mais!
Inscreva-se
Notificar de
guest
1 Comentário
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Cicero
Cicero
03/09/2025 16:33

Eu acho que tá muito caro porque pelo menos nos Estados Unidos fazer uma habilitação lá poucos dias recebe aqui tem tanta coisa que você paga e sai um absurdo

Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos acessíveis, bem apurados e de interesse coletivo. Para sugestões de pauta, correções ou contato direto: deborasthefanecruz@gmail.com

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x