Chinês (Simplificado) 
Chinês (Tradicional) 
Inglês 
Francês 
Alemão 
Italiano 
Japonês 
Norueguês 
Espanhol 
4 min de leitura
0 comentários
GNA firma acordos para desenvolver projetos de energia e gás no Porto do Açu. Investimentos podem chegar a R$ 20 bilhões, com destaque para terminal de GNL e gasoduto estratégico.
A Gás Natural Açu (GNA) anunciou novos projetos de energia e gás com previsão de R$ 20 bilhões em investimentos no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, consolidando o local como um polo estratégico para o setor energético nacional.
A formalização do plano ocorreu na última segunda-feira, 28/07, com a assinatura de uma carta de intenções junto ao Ministério de Minas e Energia (MME), durante a inauguração da usina GNA II. O objetivo é ampliar a infraestrutura de gás natural e criar uma nova rota de suprimento, fortalecendo a segurança energética do país e impulsionando a transição para uma matriz mais limpa.
Terminal de GNL e gasoduto nacional estão entre os destaques dos projetos
Entre os principais investimentos anunciados pela GNA, está o estudo para instalação de um terminal onshore de Gás Natural Liquefeito (GNL) no Porto do Açu, um projeto inovador no Brasil. A estrutura, em terra firme, será conectada à rede nacional de transporte de gás por meio de um novo gasoduto, em parceria com a Nova Transportadora do Sudeste (NTS).
-
Importação de diesel russo cresce 229% e afeta diretamente vendas da Petrobras no Brasil
-
Estudo da ANP aponta três novos blocos no pré-sal da Bacia de Campos
-
Petrobras aumenta produção de petróleo e gás em 8% no 2º trimestre
-
Cada dia parado custa R$ 4 milhões: adiamento do IBAMA trava a exploração de petróleo na Margem Equatorial, o “novo pré‑sal” do Brasil, diz FUP
Essa conexão será feita através do Gasoduto de Integração do Norte Fluminense (GASINF), com capacidade prevista para movimentar até 16 milhões de metros cúbicos de gás por dia, atendendo termelétricas e novas demandas regionais, inclusive com gás extraído do pré-sal. A proposta também contempla a importação de GNL por meio do porto.
O acordo entre a GNA, a NTS e a Transportadora Associada de Gás (TAG) foi pensado para criar uma infraestrutura sólida, capaz de atender ao crescimento da demanda energética do país nos próximos anos. Segundo Emmanuel Delfosse, diretor-presidente da GNA, essas iniciativas são estratégicas:
Os estudos para viabilidade técnica e econômica dos projetos já estão em andamento, mas sua implantação dependerá da aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e dos respectivos conselhos administrativos das empresas envolvidas.
Porto do Açu será referência em energia limpa e inovação tecnológica
A transformação do Porto do Açu vai além da infraestrutura de gás. Segundo Rogério Zampronha, CEO da Prumo Logística — empresa controladora da GNA, junto com bp, Siemens AG, Siemens Energy e SPIC Brasil — o local será referência em inovação energética.
“Nos próximos quatro anos, vamos transformar o Porto do Açu no porto da transição energética. Serão R$ 20 bilhões em novos investimentos que colocarão o Rio de Janeiro e o Brasil na liderança da transição energética”, afirmou.
O executivo ainda destacou o interesse crescente de empresas internacionais. Até agora, sete empresas já assinaram contratos vinculantes com o objetivo de instalar operações no complexo portuário. Estão previstas atividades relacionadas à geração eólica offshore, produção de hidrogênio verde e fabricação de combustíveis sustentáveis voltados para a descarbonização da aviação e do transporte marítimo.
GNA II entra em operação e amplia capacidade energética nacional
Durante a cerimônia de inauguração da usina termelétrica GNA II foram assinados os acordos que oficializam os novos projetos de energia e gás natural no Porto do Açu. A planta opera com ciclo combinado — tecnologia que utiliza turbinas a gás e a vapor — e já está preparada para operar com até 50% de hidrogênio no futuro, reforçando o compromisso com a sustentabilidade.
A construção da GNA II demandou R$ 7 bilhões em investimentos, com R$ 3,9 bilhões financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A usina se soma à GNA I, aumentando a capacidade total do complexo para 3 GW, tornando-o um dos maiores empreendimentos privados de geração a gás natural da América Latina.
Os novos projetos da GNA foram apresentados como parte do Plano Nacional Integrado das Infraestruturas de Gás Natural e Biometano (PNIIGB), que integra o programa Gás para Empregar, do governo federal. Além disso, os empreendimentos foram incluídos no Novo PAC, programa que visa acelerar obras de infraestrutura com impacto direto no crescimento econômico.
Esse alinhamento com políticas públicas aumenta as chances de aprovação e aceleração dos projetos, garantindo apoio institucional e maior previsibilidade para investidores.
A estratégia da GNA no Porto do Açu é um reflexo do novo momento do setor de gás e energia no Brasil. A combinação entre inovação, infraestrutura e parceria com o poder público abre caminho para uma matriz energética mais segura, limpa e eficiente.
Além disso, os investimentos trarão benefícios diretos para a economia local, com geração de empregos, movimentação de empresas internacionais e fortalecimento da indústria nacional de energia.
-
-
2 pessoas reagiram a isso.