A General Motors (GM) está liderando as novas tecnologias de motores elétricos e aplicando investimentos bilionários na tentativa de alcançar a líder deste segmento: Tesla, do multimilionário Elon Musk.
Enquanto os consumidores do país estão se despedindo tristemente do Volkswagen Gol, o século XXI está avançando sem saudades do passado. À medida que os motores elétricos substituem os de combustão interna, montadoras, desenvolvedores e fornecedores buscam meios de reduzir custos, massa e até mesmo fricção em uma segunda geração de motorizações deste tipo, obtendo no aprimoramento da eletrônica uma solução para, inclusive, expandir a potência.
GM busca ultrapassar Tesla no setor de eletromobilidade
Sefundo Mark L. Reuss, presidente mundial da General Motors (GM), quando se trata de carros elétricos, é necessário mais dinheiro para gerar eficiência, que é a chave para a lucratividade neste novo negócio. Apesar de outros especialistas discordarem do executivo, é ele quem assina o cheque de US$ 35 bilhões, que em conversão direta equivale a quase R$ 185 bilhões, com o qual a GM visa ultrapassar a Tesla, líder do segmento, na virada da eletromobilidade.
O executivo destaca que mesmo com um ganho de 3% em termos de eficiência, haverá uma economia significativa para as montadoras. Só será possível atingir a mesma rentabilidade que possuímos hoje, com os motores a combustão, quando for possível atingir a paridade de custos.
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A fabricação de uma segunda geração de motores elétricos é o começo de uma longa viagem. Apenas no estado de Michigan, nos Estados Unidos, onde fica a sede da GM, serão realizados investimentos da ordem de US$ 6,6 bilhões na expansão da linha de montagem de picapes elétricas e no desenvolvimento de células para baterias até 2024.
Tecnologia de acionamento dinâmico dos motores elétricos
A Tula Technologies, startup do Vale do Silício que desenvolveu o sistema de desativação de cilindros utilizado por diversas picapes grandes e SUVs vendidos nos Estados Unidos, agora está desenvolvendo um sistema semelhante para economia de energia com motores elétricos.
Com o nome de acionamento dinâmico do motor, ele pulsa energia para o propulsor, desativando e ativando o componente milhares de vezes por segundo. Segundo o John Fuerst, vice-presidente sênior da empresa, para a indústria, qualquer vantagem neste sentido, por menor que seja o percentual, significa uma redução no custo de fabricação das baterias, em termos de kWh.
Utilizando um Chevrolet Bolt, por exemplo, o pacote custa US$ 7,2 mil, o que em conversão direta equivale a R$ 37.700. Desta forma, se houver possibilidade de otimizar o consumo de eletricidade em 3%, isso representará uma economia de US$ 216, o equivalente a R$ 1.130 por conjunto.
GM aposta no desenvolvimento de motores elétricos 50% menores
Em um motor elétrico que atinge 20 mil RPM, o estator, o rotor e os ímãs permanentes devem ser extremamente resistentes e não há exagero em afirmar que há mais engenharia neste conjunto quanto à construção de um coletor de admissão. Entretanto, de acordo com o diretor-geral de eletrificação e células de combustível da GM, Tim Grewe, desde o Chevrolet Volt de 2011, que ainda era um carro híbrido, a empresa otimiza a operação de seus ímãs ao mesmo tempo em que reduziu sua dependência de alguns materiais, como os metais raros.
Tim atua no desenvolvimento deste tipo de tecnologia desde o EV1, no final dos anos 90. Para Grewe, neodímio, térbio e disprósio são elementos químicos que poucas pessoas conhecem, mas segue reduzindo pela metade o uso destas matérias-primas. Também avança no campo computacional 3D e, desta forma, levou seus motores Ultium a uma nova geração.
A Bosch, uma das maiores e mais qualificadas fornecedoras automotivas do mundo, conseguiu reduzir o tamanho de uma unidade elétrica pela metade, integrando o próprio motor, o inversor e a transmissão.