Em Minas Gerais, produtores rurais ganham certificação oficial por práticas regenerativas que fortalecem o solo, valorizam o café e impulsionam a sustentabilidade no futuro do agronegócio brasileiro
O futuro do agronegócio em Minas Gerais ganha um novo marco com o lançamento da certificação de Agricultura Regenerativa, anunciada pelo Governo do Estado durante a Semana Internacional do Café 2025, realizada no último dia 6 de novembro, segundo uma matéria pubicada.
A iniciativa, criada pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e oficializada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), reconhece propriedades que cuidam da terra de forma responsável, recuperando solos, preservando a biodiversidade e adotando técnicas produtivas sustentáveis.
Desde 2018, o programa Certifica Minas já validou mais de 9,6 mil propriedades rurais, distribuídas em 15 categorias distintas, consolidando o estado como referência em práticas agropecuárias éticas e transparentes.
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Agora, com a nova categoria regenerativa, Minas reafirma seu papel pioneiro na agricultura verde e competitiva, alinhando-se às tendências globais de consumo consciente e produção sustentável.
Certificação de agricultura regenerativa e valorização do café mineiro
A nova certificação representa uma oportunidade inédita para produtores que buscam aliar rentabilidade e responsabilidade ambiental.
De acordo com Luiza de Castro, diretora-geral do IMA, o reconhecimento agrega valor aos produtos mineiros, especialmente ao café, um dos principais símbolos econômicos do estado.
O selo garante diferencial competitivo nos mercados que valorizam práticas sustentáveis, além de reforçar o compromisso de Minas com a rastreabilidade e a transparência da cadeia produtiva.
Integrado à plataforma SeloVerde MG, o Certifica Minas comprova a adoção de boas práticas sociais, ambientais e trabalhistas.
Essa abordagem reforça que o futuro do agronegócio depende da união entre conservação do solo e eficiência produtiva, elementos que sustentam a imagem de um agro cada vez mais consciente e tecnicamente qualificado.
Sustentabilidade, inovação e regeneração do solo
Segundo Maíra Ferman, coordenadora da Superintendência de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, o programa incentiva sistemas agrícolas resilientes, que conciliam manejo sustentável do solo, uso racional da água e recuperação da biodiversidade.
Essa metodologia reduz custos com insumos e fortalece a imagem dos produtos mineiros, gerando credibilidade junto a consumidores e empresas comprometidos com o meio ambiente.
Além de apoiar práticas regenerativas, a certificação amplia o acesso dos agricultores a mercados especializados, que valorizam a origem e o impacto ambiental positivo da produção.
O modelo de certificação lançado em Minas traduz na prática o conceito de futuro do agronegócio: uma economia rural sustentável, inclusiva e preparada para enfrentar os desafios climáticos que afetam a produtividade global.
Como obter o selo e fortalecer o futuro sustentável do agro mineiro
Para conquistar a certificação, o produtor deve apresentar ao IMA um requerimento com os documentos de posse da terra e identificação pessoal.
Entre os critérios avaliados estão: uso racional da água, conservação do solo, cumprimento das normas trabalhistas e sociais, boas práticas de produção e gestão eficiente da propriedade.
Todo o processo é auditado, garantindo que apenas propriedades alinhadas às exigências técnicas recebam o selo.
O agricultor também pode contar com o suporte técnico da Emater, que oferece consultoria para adequação e acompanhamento das etapas do programa.
As normas completas e o formulário de solicitação serão publicados oficialmente no site do IMA em 2026.
Essa estrutura reforça que o futuro do agronegócio passa por uma relação de confiança entre governo, produtores e consumidores, consolidando um modelo produtivo mais verde e competitivo.
A criação da categoria de Agricultura Regenerativa consolida Minas Gerais como protagonista na agenda ambiental e econômica do campo.
Ao unir certificação, tecnologia e respeito à terra, o estado dá um passo essencial rumo a um agro que produz mais, impacta menos e prepara o caminho para o verdadeiro futuro do agronegócio.



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