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Fundadores vendem bilhões em ações e marcam o fim da fase ‘revolucionária’: Nubank entra na era dos lucros e corta vantagens dos clientes

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 08/09/2025 às 16:28
O Nubank não está prestes a quebrar, mas a venda bilionária de ações pelo fundador e pela cofundadora sinaliza o fim da fase “revolucionária” da fintech. O banco entrou de vez na fase “bancão”, focado em lucro e corte de benefícios, deixando para trás a imagem de startup que conquistava clientes a qualquer custo.
O Nubank não está prestes a quebrar, mas a venda bilionária de ações pelo fundador e pela cofundadora sinaliza o fim da fase “revolucionária” da fintech. O banco entrou de vez na fase “bancão”, focado em lucro e corte de benefícios, deixando para trás a imagem de startup que conquistava clientes a qualquer custo.
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Segundo Alex Coimbra, a venda bilionária de ações por David Vélez e Cristina Junqueira sinaliza que o Nubank deixou de ser startup disruptiva e entrou de vez na era dos lucros.

O Nubank não está em risco de falência, mas o recado é claro: a fase em que a fintech conquistava clientes a qualquer custo ficou para trás. No dia 15 de agosto de 2025, poucos dias após anunciar lucro recorde de US$ 700 milhões, o CEO David Vélez vendeu 33 milhões de ações e embolsou US$ 432 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões). Pouco depois, a cofundadora Cristina Junqueira também reduziu sua participação.

Segundo Alex Coimbra, analista do setor financeiro, essas operações representam o marco da transição do Nubank de startup “queridinha” para um verdadeiro bancão, focado em lucros e corte de benefícios. Para os clientes, isso significa um novo relacionamento com a instituição.

Por que os fundadores venderam as ações?

Oficialmente, a justificativa foi “planejamento patrimonial”, explicação comum nesse tipo de movimentação.

Vélez também é signatário do The Giving Pledge, iniciativa de bilionários como Bill Gates e Warren Buffett para doar parte de suas fortunas, o que indica que parte dos recursos pode ser destinada à filantropia.

Ainda assim, o mercado interpretou o movimento como um sinal de maturidade e cautela.

Quando insiders realizam lucro no auge da valorização, a leitura é que o ritmo de crescimento explosivo pode não se repetir.

A mudança de fase do Nubank

Segundo Alex Coimbra, o Nubank vive a transição de startup para bancão.

Fase 1 (startup): captar clientes oferecendo cartão sem anuidade, cashback generoso e atendimento inovador, ainda que isso significasse queimar caixa.

Fase 2 (bancão): com capital aberto na bolsa, a prioridade passou a ser entregar lucro e cortar custos, mesmo que isso signifique reduzir vantagens para os clientes.

O exemplo mais claro é o Nubank Ultravioleta, cartão de crédito premium que perdeu benefícios relevantes e se tornou mais parecido com os concorrentes.

O banco que antes se destacava pela inovação agora se consolida como instituição tradicional.

O que muda para os clientes?

Para quem usa o banco no dia a dia, o impacto é direto.

A solidez financeira aumenta, já que o foco em lucros fortalece a estrutura da instituição. Por outro lado, as vantagens exclusivas diminuem. Cashback, benefícios premium e isenções tendem a ficar mais limitados.

A concorrência entre bancos digitais e tradicionais se acirrou.

Já há opções com programas de pontos mais robustos, cartões com cashback maior e investimentos mais rentáveis.

O consumidor agora precisa comparar ativamente produtos como cartões, caixinhas, CDBs e seguros, em vez de assumir que o Nubank oferece sempre a melhor condição.

Nubank na era dos lucros

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Para Alex Coimbra, o Nubank não acabou, mas o “Nubank revolucionário” chegou ao fim.

A empresa que nasceu com discurso de disrupção e benefícios generosos agora busca consolidar lucros bilionários e garantir retorno a investidores.

A venda bilionária de ações pelos fundadores foi o sinal definitivo dessa mudança de era, marcando o adeus à fase de startup e a chegada do Nubank ao patamar de grande banco consolidado.

Na sua visão, o Nubank ainda vale a pena como banco principal ou os cortes de benefícios fazem você buscar alternativas? Você acredita que a instituição vai manter sua relevância no mercado? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive essa mudança na prática.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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